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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CAPÍTULO IV

A vida seguia seu curso...Em outro lugar Isoí e Nestor se estabeleciam com sua família que estava prestes a aumentar.Um casal de filhos e mais uma gravidez era a família de Isoi naquele momento.Residiam num cômodo de duas peças,na Rua Sepé Tiaraju,no bairro Alto Teresópolis.A vizinhança quase todos oriundos do antigo bairro,Medianeira,de onde foram despejados,mantiam as velhas amizades.Tudo transcorriam na mais absoluta paz,Isoí tinha uma "babá"para ajudá-la a cuidar das crianças,principalmente da mais doente,que era "eu".Isoí agora com três filhos quase não tinha problemas...Um dia a babá foi embora,então ela precisava dos vizinhos para ajudá-la a cuidar das criança.Havia um casal de velhos portugueses que moravam ao lado e que desfrutavam de uma enorme simpatia de Isoí.Esse casal de portugueses eram ótimos vizinhos,moravam com o filho casado,Sr.Leopoldo,que trabalhava na mesma Empresa de Nestor,ou seja,na Carris Portoalegrense.Toda a vez que Isoi tinha algo a fazer no centro da cidade deixava as crianças aos cuidados dos vovôs.A vovó era costureira.Sempre fazia bonecas de pano para eu brincar.Eram lindas!Eu tinha uma coleção de bruxinhas de pano feitas por ela.Um dia senti uma aproximação suspeita do vovô,Sr.Antoninho.Ele me enchia de presentes...Muitos doces,chocolates,balas,rapaduras,etc...Eram muitos presentes!Além das bonecas,muitos doces.Eu gostava...Tinha cinco anos!Um dia,Isoí precisou sair com os dois meninos e me deixou aos cuidados dos vovôs.Lembro como se fosse hoje,fiquei com essa lembrança na minha memória que não apagou nenhum detalhe.Vovô me chamara no quarto onde estava deitado para me dar "presentes"que eram bobons e doces em geral.Entrei em seu quarto e ele me convidara para deitar em sua cama e eu inocentemente deitei...De repente senti algo muito estranho.Ele tirava minha calcinha e algo me incomodava muito...Eu não sabia o que era.Sentia uma dor incômoda nas partes íntimas e comecei a me debater para aliviar aquele incômodo.Era algo que me forçava...mas,não fazia a menor idéia do que estava acontecendo.Sei que era "nojento"e desconfortável.Até que ouvi a voz de minha mãe,que havia retornado.Pulei da cama e vi o "membro ereto"de Seu Antoniho que me assustou muito.Jamais vou esquecer essa cena!Desse em dia em diante,não fui mais a mesma criança.Tinha pesadêlos durante a noite.Chorava sem motivos...E tinha muito medo do Seu Antoninho.Não chegava perto dele,mesmo que ele me oferecesse os tais "presentinhos".Isoi nem desconfiara desse meu "pavor"...Sofri muito!Mas,como dizer isso aos meus pais?Cresci com esse "trauma"que me prejudicou em tudo.Tinha medo,muito medo da vida...O castigo veio muito rápido para esse"monstro",ele caira de um andaime,onde trabalhava como ajudante de pedreiro e morrera...Mesmo com a sua morte não tive alívio dos tormentos que me acompanharam até minha adolescência.E,ainda tive outro azar de ser violentada psicologicamente por um Padre no Confessionário de uma Igreja.Foi a minha primeira confissão antes de fazer a Comunhão e havia um Padre gordo que me induzira eroticamente a contar-lhe o que os meninos faziam comigo...Eu, surpresa com essas insinuações,não sabia o que responder,já que naquele tempo, Isoi,minha mãe,não permitia que eu chegasse perto de meninos,nem dos meus irmãos.Fiquei novamente "enojada"e com pensamentos horríveis!Essa confissão reforçava mais e mais os problemas de timidez excessiva e de relacionamentos com os familiares e colegas de escola.Tornei-me uma menina muito triste e calada!

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