Rosana Braga
Existem 3 comportamentos que a maioria das pessoas comete e que acabam com
aquela sensação de prazer e felicidade nos seus relacionamentos. Você certamente já
ouviu falar sobre eles, mas o que vou tentar trazer de inédito é a forma de explicar
como e por que eles atrapalham tanto a sua vida amorosa.
A ideia é que você compreenda de um jeito completamente novo e claro o que é que
você está fazendo e como fazer diferente! Bem, os 3 vícios são:
1) Não se autorizar
Você não se apropria de si mesma, não se torna autora da sua própria história. Fica
insegura e com medo de ser você, de expor suas vontades, de falar o que quer, sente
e pensa. Você conhece alguém e se mostra a mulher mais legal e compreensiva do
mundo. Até aí tudo bem, porque quando a gente quer conquistar alguém, a gente
deixa mesmo vir à tona o que tem de melhor. E tudo certo. Só que, diante de algo
que o outro faz e que você não concorda ou não gosta, você se retrai. Se desautoriza,
se tira o direito de mostrar sua opinião. Algumas mulheres, ao contrário, mas que
ainda se trata do mesmo vício, mostram de um jeito agressivo, impondo-se demais,
querendo mostrar tanta segurança que assustam, afastam os homens. Ou seja, ficam
no famoso 8 ou 80. Não conseguem ser espontâneas e seguras de verdade, confiando
que o homem certo é aquele que vai se encaixar naturalmente. Não! Elas forçam a
barra, ficam ansiosas, tensas, tentando se comportar do jeito que acham que o outro
vai gostar. São fakes, e não porque são falsas ou porque não são bacanas. Sim, são
muito bacanas, mas estão morrendo de medo de errar de novo, de perder de novo, de
não dar certo de novo. e saem de suas medidas verdadeiras. Quando você se livra
desse vício, você simplesmente deixa rolar, principalmente porque você sabe o que
quer. Exatamente o que quer e o que não quer.
2) Acreditar na história errada
Rosana, mas de que história você está falando? Eu estou falando da história mais
importante da sua vida! Da sua história!!! Isso mesmo, de tudo o que você se conta
sobre o que aconteceu desde o dia em que você nasceu até o dia de hoje. Tudo o que
você lembra ou que lhe contaram ou que você soube de alguma maneira. Não importa. O que importa é o significado que você tem dado para isso tudo,
especialmente para tudo o que aconteceu na sua vida amorosa até hoje: se teve
muitos ou poucos relacionamentos, se já se sentiu amada ou não, se ainda tem
mágoas, se tem medos, frustrações. Enfim, o que e como você se conta a sua história
amorosa? Se hoje você tivesse 97 anos e estivesse na varanda da sala da sua casa,
com sua neta adolescente ao seu lado, e ela a perguntasse sobre como foi sua vida
amorosa, e você tivesse de contar o que viveu até esse momento, o que você
contaria? De que forma? Com que palavras? Com que sentimentos? Com que
arrependimentos, com que dores, com que alegrias? O que sua neta aprenderia? Que
sensação ela teria sobre o amor, os homens e os relacionamentos? Talvez você esteja
focada no que não aconteceu do jeito que você gostaria. E mais do que isso, talvez
você esteja focada em apontar culpados, seja acusando a si mesma, seja acusando as
pessoas com quem se relacionou ou até outras pessoas indiretamente.
Você só vai conseguir viver o amor que merece quando aprender a honrar a sua
história. A ressignificar, a recontar os fatos da sua vida e as relações que viveu de um
jeito completamente diferente, cheio de gratidão e respeito. Quando conseguir ser
grata a tudo e a todos que passaram por sua vida. Porque foi graças aos erros que
cometeu que pode aprender a fazer diferente. Enquanto você se contar a história
errada e acreditar nela, vai continuar vivendo histórias erradas e reforçando a crença
de que você tem o dedo podre para o amor, que não tem sorte, que tem alguma coisa
errada com você, e claro. tudo isso vai fazer com que sua autoestima se torne cada
vez menor e que você goste cada vez menos de quem você está se tornando e do
resultado que cada história de amor que você vive tem.
3) Mentir pra si mesma!
Provavelmente você nem se dá conta de que faz isso. E claro que não faz por mal.
Você quer ser feliz, quer se sentir bem e confortável com o que acontece na sua vida.
Veja bem, o que você faz é confiar no que lhe contaram, no que você ouviu durante
toda a sua vida sobre amor, homens e relacionamentos. Você confiou em algumas
pessoas que eram muito importantes para você e tudo bem. É assim mesmo. Quando
criança, você não tinha condições de discernir, de escolher, de interpretar. Então,
você assimilou as verdades de outras pessoas. Pessoas que a amavam e a amam e
que querem o seu bem, que queriam lhe proteger. Mas o fato é que você cresceu e
ganhou condições cognitivas, físicas e psicológicas para criar as suas próprias
verdades. Mas sabe qual é a grande sacanagem? É que ninguém avisa que é hora de
abandonar as velhas verdades que nos contaram e criar as nossas próprias, baseadas
nos fatos e não em ideias pré-prontas. E daí a gente vai carregando as tralhas alheias
misturadas com as tralhas que a gente mesma vai criando e isso vai virando um caos, uma bagunça que vai deixando a gente frágil, vulnerável, desconfiada.
É isso, o terceiro vício é essa mania de desconfiar, de achar que vai ser traída ou
abandonada a qualquer momento. De achar que vai deixar de ser amada por alguma
razão injusta. E daí você usa tudo isso contra si mesma e faz interpretações
distorcidas, parciais, cheias de medos que não são seus ou de medos que já não
fazem mais sentido.
Porque, ok, se você fosse abandonada aos 5 anos de idade, provavelmente não teria
como sobreviver, não tinha condições pra isso. Mas agora? Convenhamos. Agora você
sobrevive, sim. E pode até se tornar melhor e mais forte. Porque agora você tem
condições de compreender, de discernir, de aprender e amadurecer. Agora você pode
e deve lidar com a verdade, com a sua verdade, com a sua fé e com a certeza de que
qualquer história que tenha terminado, mesmo depois de você fazer o seu melhor,
terminou por uma única razão: era mesmo a hora de terminar.
E não existe liberdade maior do que quando a gente sente e entende, com cada célula
do nosso corpo, que uma história dura o tempo exato que tem de durar. E que tudo é
exatamente como tem de ser. E que só acontece o que tem de acontecer. E que a
pessoa certa é sempre a pessoa que chega e a pessoa que vai embora é sempre a
pessoa que tem de ir.
é o máximo da evolução humana! Então, que eu e você consigamos treinar todos
os dias. Porque a sua compreensão sobre esses vícios juntamente com seu
amadurecimento emocional é o que vai possibilitar o fim de tudo o que anda
atrapalhando sua felicidade no amor.
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