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terça-feira, 20 de outubro de 2015

QUAL É SEU CHARME?

Qual é seu charme?
:: Rosana Braga ::


É praticamente unânime a percepção das pessoas de que tem algo nelas que não está direito, não está bom.
Como se fosse uma parte torta. Pode ser o nariz, a orelha, as pernas, os pés, enfim, cada um tem sua queixa.
Uma ou várias. E pode ser bem difícil, algumas vezes, aceitar alguma parte de nosso corpo que não está
conforme a mídia dita como modelo ou até mesmo algo de que nós mesmos não gostamos em nós.
Claro que não precisamos gostar de absolutamente tudo. Mas será mesmo que existe alguém totalmente
satisfeito com seu próprio corpo? Ou melhor, será mesmo que existe algum corpo completamente perfeito? Pra
começar, o que é a perfeição, considerando que vivemos repetindo que ela não existe, exceto no Criador?
Será mesmo que faz sentido sofrermos ou nos depreciarmos por conta de algo que não nos parece como deveria
ser? Esse julgamento pode render algo de positivo ou criativo? Cada vez mais, tenho certeza de que não!
E essa reflexão me veio ainda mais clara porque recentemente visitei um ponto turístico muito famoso no mundo
inteiro justamente por ser torto. Por não ser certo, direito ou perfeito. Mas é exatamente sua 'tortice' que a faz
tão encantadora. Trata-se da Torre Pisa, na região da Toscana - Itália.
O mais interessante é que há quem acredite que a Torre foi construída propositalmente torta, mas o fato é que se
trata de um erro. Ela foi construída num terreno instável e até tentaram reparar essa instabilidade com algumas
medidas de engenharia durante a construção, mas não deram certo e a Torre terminou inclinando ainda mais,
durante algum tempo.
Hoje, estável, tornou-se cartão postal da cidade e visitada por milhares de pessoas todos os anos, rendendo lucro
para trabalhadores, comerciantes e moradores do local. E a reflexão que me vem é: e se os idealizadores da
Torre não tivessem aceitado a sua 'tortice' e a tivessem destruído? E se tivessem insistido em construí-la num
outro local para que pudesse ser direita, reta? Será que sua fama seria a mesma? Será que os ganhos seriam
tantos?
Usando essa mesma reflexão, fiquei me perguntando: quantas coisas em nós mesmos despendemos tanto
esforço para tentar arrumar quando, na verdade, poderiam ser nossos diferenciais? Algumas pessoas até sofrem
e se revoltam pelo fato de alguma parte sua não ser igual a dos outros ou por não corresponder ao modelo de
reto ou direito, perdendo a chance de enxergar o charme que existe em sua tortice.
Mais do que isso, raramente conseguimos perceber que é na instabilidade que mais amadurecemos, que mais
descobrimos sobre nós mesmos. É num momento de fazer ajustes e adequações que mais podemos reconhecer
nossos talentos e nosso potencial. E isso acontece especialmente no amor.
Quando doemos por causa de um relacionamento que acaba, de um amor não correspondido, de uma traição, é
quando mais podemos nos dar conta do que existe de iluminado e também de escuro em nós. É quando temos
mais condições e até disponibilidade de enxergar o que fizemos de 'certo' e o que fizemos de 'torto' e quanto isso
mostra quem a gente é. Quem a gente quer ser. O que a gente tem de diferente e que pode encantar o mundo ao
nosso redor.
Minha sugestão é para que você comece a aceitar mais o que existe de 'torto' em você. Não para se acomodar ou
para ser menos do que você pode, mas para transformar o torto em beleza, em charme. Pra reconhecer a sua
singularidade e a sua capacidade de ser feliz sendo você mesmo, sendo do seu jeito. Assim, ser você pode pode
se tornar uma experiência bem mais interessante, leve e gostosa.
Aventureira, boazinha, sedutora... Quem é você na sua vida amorosa?

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