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domingo, 20 de dezembro de 2015

VOCÊ JÁ TEVE ALGUM SONHO PREMONITÓRIO?

Você já teve algum sonho premonitório?
 :: Silvia Malamud ::

 Sempre que sonha com determinado assunto, a sua mente associa com algo específico que irá ocorrer e muitas vezes tal situação acaba acontecendo de fato? Existem pessoas, por exemplo, que quando sonham com dentes caindo ou sendo arrancados, de algum modo sabem que muito provavelmente alguém próximo ou da família brevemente irá morrer, isso independente de se estar doente ou não, são avisos que vem como símbolos através dos sonhos e que dependendo do conhecimento do sonhador, os eventos geralmente acontecem. Mas por que será? Já parou para pensar sobre o porquê e como que as nossas mentes poderiam captar tais informações? O que estaria acontecendo com o nosso psiquismo enquanto dormimos a ponto de por vezes acordarmos sabendo exatamente quais foram os recados dados, mesmo quando eles vêm por meio de símbolos? Além disso, mesmo se não compreendemos o conteúdo de um sonho perturbador, se nós treinarmos e fizermos uma boa análise sobre os nossos sonhos, certamente encontraremos respostas surpreendentes sobre nós mesmos, sobre a humanidade e além. Para chegarmos a algumas conclusões sobre como que as nossas mentes funcionam captando informações no universo dos sonhos, vamos recorrer às teorias baseadas na Física Quântica, Jung e outros: De acordo com as perspectivas da Física Quântica, quer estejamos dormindo ou não, a todo momento somos bombardeados por uma série de ondas de informações. A diferença é que quando acordados, inconscientemente costumamos negar este tipo de acesso, enquanto que ao dormimos nossas mentes permanecem sem filtro algum, funcionando como antenas parabólicas que captam e irradiam inúmeros conteúdos. O único modo de não acessar conhecimentos e mesmo premonições advindas do universo dos sonhos é se a sua mente estiver racional demais ou excessivamente ativada em meio às preocupações do dia a dia e/ou emocionais. As dificuldades também imperam quando você deixa de acreditar que esta preciosa ferramenta de descobertas é possível. Baseados nesses modelos de interferência, a ideia de desenvolver mais lucidez nos sonhos e de buscar de modo consciente mais respostas para o nosso desenvolvimento fica mais tentadora, concorda? Que tal começar um projeto neste sentido e verificar pela sua própria experiência como tudo isso pode ser possível? Início deste projeto - Regras básicas: - Anote tudo o que lhe vier à mente, seus sonhos, as imagens, símbolos, palavras e sensações que vem deles ou que surgem em sua mente diariamente e sempre ao acordar - Busque entender os símbolos e os seus significados, pesquise sua própria compreensão e se tiver dificuldade procure em livros ou com alguém competente. Percurso de ativação de consciência e lembrança dos sonhos:
1 - Durante o dia, sature sua mente com pensamentos e ideias sobre os temas que serão pesquisados quando você for dormir.
2 - Antes de dormir foque a atenção em seus temas ao mesmo tempo em que energiza seu corpo com o desejo intenso de obter as respostas.
3 - Logo ao acordar, ainda no seu silêncio interior, não levante de imediato e se dê um tempo para receber as imagens e acontecimentos que lhe apareceram durante o sono.
 4 - Relembre e perceba as sensações e sentimentos provocados em você.
 5 - Anote qualquer tipo de informação que lhe vier.
 6 - Reflita se os acontecimentos captados podem ter alguma relação com os seus temas ou se podem conter alguma informação relacionada ao seu estado atual de vida.
7 - Abra espaço e receba as valiosas informações que vieram para você.
Use e abuse desta poderosa ferramenta que todos nós temos. Nossos sonhos são portas de acesso para aprendizados infinitos.

O AMOR QUE VOCÊ RECEBE NÃO É IGUAL AO AMOR QUE VOCÊ DÁ!

O amor que você recebe não é igual ao amor que você dá!
:: Rosana Braga ::

Que você e todo mundo quer ser feliz no amor, isso é óbvio! E até deveria ser óbvio também se sentir merecedor dessa felicidade na área afetiva. Mas, pelas mais diferentes e inimagináveis razões, muita gente, bem lá no fundo, não se sente merecedora! E o maior problema, na verdade, talvez nem seja não se sentir. Porque pra isso existe solução. O maior problema é a pessoa achar que merece, mas viver como se não merecesse. Ou seja, nem saber que está agindo como alguém que aceita migalhas, que implora amor, que não coloca limites para o outro, que não sabe dizer 'não', que desconsidera seus desejos, engole sapos atrás de sapos e está sempre se sentindo inferior, menos do que os outros. É a típica pessoa insegura, com baixa autoestima, mas que veste uma máscara de forte, segura e confiante e vai vivendo aos trancos e barrancos. Só que sua aparência não é suficiente para que ela pare de se sentir sempre com uma dor no peito, com uma tristeza que faz doer a garganta, com uma sensação de que o melhor da vida está a uma distância impossível de alcançar. Pois é, se você se sente assim, a questão é uma só: enquanto você não enxergar a si mesmo, incluindo suas qualidades e suas limitações, acolhendo, respeitando e amando quem você é, ninguém mais vai saber fazer isso. Simplesmente porque as pessoas nos tratam exatamente como a gente mesma se trata. É inconsciente e infalível! Se você vive se criticando, se julgando e se rotulando, se vive com medo de falar o que pensa, de incomodar ou de se colocar e ser humilhado, então é assim, exatamente assim que a pessoa com quem você se relacionar vai tender a tratar você. Essa é a mensagem que ela recebe sem nem perceber. É isso que ela termina vendo em você, apesar de sua aparência talvez forte e segura. E, no final das contas, é para isso que servem os relacionamentos: para nos mostrar de que forma temos nos tratado. Porque a qualidade do amor que recebemos é exatamente a mesma qualidade do amor que damos a nós mesmos. Mas a maioria das pessoas ainda acredita que recebe o mesmo amor que dá aos outros. Não! A gente recebe o mesmo amor que dá a si mesma. Essa é a matemática. Essa é a fórmula. Você pode tratar o outro super bem, ser uma pessoa carinhosa, atenciosa e fiel. Mas se você não se tratar super bem, não ser carinhosa, atenciosa e fiel a si mesma, aos seus sentimentos e desejos, ao que pensa e quer, então o outro não saberá como lhe tratar diferente disso. E quer saber? Bem lá no fundo, você já sabia disso! Você sabe que quando se valoriza e se respeita, o outro fica a fim, admira quem você é e, se não rolar namoro, rola ao menos uma gratificante e prazerosa amizade! Daquelas que fazem o encontro valer a pena pelo simples fato de te mostrar que se não foi dessa vez, você está ainda mais e mais perto de viver o amor que você deseja com quem tem absolutamente tudo a ver com você!

ABUNDÂNCIA - PARTE I

Abundância - Parte I ::
Thais Accioly ::

Quando o tema abundância é trazido à tona nas redes sociais, como por exemplo, no Facebook ou no Instagram, posts comuns sobre abundância alertam 'é preciso estar aberto ao fluxo da abundância', ou então que, 'crenças limitantes podem fazer com que você não esteja recebendo o que é seu por direito'. E perguntas ficam no ar... se há mesmo um fluxo de abundância, por que abarca a alguns e não a todos? Ou ainda, existem mesmo crenças limitantes? Sobre as crenças limitantes, sim, elas existem e, via de regra, estão associadas à baixa autoestima, a acharmos que tudo é difícil ou permeadas por sentimentos de vitimização ou mágoa. Mas o que fazer a respeito? Será que clamar por seu direito, dizer, e fazer exercícios mentais, ou catárticos, repetir dezenas de vezes eu sou merecedor/a, fará de você uma pessoa que viva em abundância? Bem, temo dizer que não. Por outro lado, será que se você mentalizar todas as noites imaginando ter um milhão de dólares na sua conta corrente pela manhã, isso acontecerá? A resposta para essa pergunta também será não, não acontecerá. Segundo o físico quântico e autor de livros Amit Goswami, a parte que em nós gera e atrai a vida que temos não é a mente racional ou a mente consciente, mas sim, nossa parte inconsciente, ou seja aquilo que em nós só é acessível através da meditação, com o silêncio da mente racional. Para entender quais as crenças que têm dificultado uma vida mais abundante, é preciso olhar profundamente para dentro, com lucidez e sem julgamentos, numa atitude meditativa e de imensa compaixão. Portanto, apenas mentalizar a abundância não a promoverá, apenas pensar e refletir sobre, também não. As crenças e atitudes só mudam com abordagens que vão para além da racionalidade. Pode-se utilizar a meditação, além da reflexão, para que juntas possa haver a ampliação do autoconhecimento, mas depois, é preciso o cultivo de ações práticas para que as mudanças de hábitos e de crenças sejam reais. Ou seja, se os sonhos de abundância são profissionais será, muitas vezes, preciso investir em estudo técnico, superior ou de pós graduação, ou na aprendizagem de uma nova língua, por exemplo. Ou seja, é preciso se preparar para a busca daquilo que se quer. E aqui entramos em outro assunto, para além das crenças existem os hábitos. Há pessoas que têm a crença de que tudo será mágico e rápido e o hábito de procrastinar, afastando-se de tudo que dê trabalho ou que exija comprometimento. Essa é uma fórmula básica para não se ter muito sucesso ou boa reputação profissional. Será, também, que se toda essa riqueza estiver em suas mãos você estará disposto a lidar com os efeitos colaterais dessa posse toda? Sim, há ônus em todo o tipo de experiência. Ter dinheiro é ótimo, em grande quantidade, melhor ainda, mas é fato que cuidar e manter o dinheiro ou patrimônio, gera muita ansiedade e estresse. Porque de uma forma geral tudo o que é material é perecível e mutável, e cria estruturas que limitam a liberdade humana. Tudo isso acaba por criar uma sensação de instabilidade, ansiedades e preocupações constantes. Pode ser que o que busca abundância queira enriquecer depressa, com pouco esforço, e sonhe com maneiras fáceis como mentalizar e pensar num valor x que gostaria de ter na conta, como citei anteriormente, mas não reflete sobre o quanto terá que trabalhar e por quanto tempo, para ter, e depois, para manter a conta assim recheada, ou ainda, quanto ficará escravo em fazer ou em produzir sempre mais para manter suas necessidades saciadas e deveres financeiros saldados.
O sucesso pode ter inúmeros inconvenientes. O primeiro é que ele pode viciar e após um sucesso quer-se outro e outro infinitamente, não se sentindo jamais satisfeito. Além das responsabilidades que a figura pública assume com as pessoas que lhe seguem, para o bem e para mal, pois é fato que a figura de sucesso será copiada. Criando muitas vezes carmas de difícil solução. E o amor? Ah... amor é sempre bom! Mas quem pede por parceria amorosa, está pedindo por amor mesmo? Ou quer apenas alguém para companhia, para satisfazer suas vontades, para ficar à sua disposição? Se for isso, bem, isso não é amor. Isso pode ser carência e ter um relacionamento assim é pedir dores de cabeça que não acabam. Assim, antes de pedir por abundância de algo é bom saber bem por que e para que. Promover o autoconhecimento é essencial para viver uma vida com amplas possibilidades de realização, seja em que campo da vida for. E para isso, a Terapia Floral pode ser um ótimo recurso, pois, as essências florais podem alicerçar a jornada do autoconhecimento e a revisão das crenças, além de nos apoiar para empreendermos as mudanças necessárias em nossas vidas, em busca de uma vida de maior bem-estar e sentido. Há inclusive um Programa da Abundância, de 22 dias, criado pela Sabina Petit, produtora das Essências Florais do Pacífico e professora autorizada pelo Deepak Chopra, que envolve a revisão de Crenças e que por isso é promotor de autoconhecimento, e de autodesenvolvimento revendo crenças e padrões, enquanto faz-se uso de uma fórmula de essências florais do Pacífico acompanhada de uma composição de óleos essenciais, usado para massagem corporal, o Abundance Oleo, que considero muito interessante.

ENERGIAS PARA 2016

Energias para 2016
Autor: Maria Silvia Orlovas

Em 2016, seremos regidos pelo Sol, que traz uma energia de luz, prosperidade e abundância. Mas qual será o sentido de se pensar em um ano regido por essa luz em meio a tantos problemas políticos, financeiros, ecológicos e existenciais? Já me fiz essa pergunta algumas vezes desde que comecei a pensar nas previsões e energias para o próximo ano. Entidade cósmica que rege o nosso sistema planetário, o astro gerador da vida à vitalidade, alegria e sucesso. Então há de se pensar que 2016 será um ano com um impulso para fazer a vida dar certo, mesmo com todos os desacertos que 2015 nos deixa como herança. Outra referência importante para o próximo ano será a regência do arquétipo do número do ano, o 16, que corresponde à Torre. Isso faz muito sentido, já que tudo o que está acontecendo no externo faz parte daquilo que vibra dentro de cada um de nós. E parece difícil alguém contestar o fato de que estamos em uma fase de desconstrução. Se antes achávamos que um partido político poderia resolver a desigualdade social, hoje já estamos bem cientes de que sem o envolvimento de cada um de nós em uma vida com menos excessos de um lado, e mais amor e compartilhamento do outro, de nada adiantam bandeiras politicas e regimes conceitualmente diferentes. O que precisa realmente ser diferente é a nossa atitude, a nossa postura frente a tudo na vida, pois a política deve seguir um parâmetro de ética, respeito, solidariedade e consciência do outro. Nesse sentido, peço a Deus que ilumine, através do Astro-Rei, a mente e o coração não só dos políticos como de todos nós. Não estamos mais no tempo de cobrar dos outros, nem daqueles que estão no poder, uma atitude com mais lisura, se nós não temos esse comportamento na nossa vida pessoal. Vamos lembrar que "eles" são o reflexo do eu... Assim, o Arcano 16 - A Torre - vem destruindo os castelos que ainda sobraram em pé em 2015. Mas isso não é mau, ao contrário, é o caminho da solução. Quando não sobra pedra sobre pedra, quando as estruturas estão comprometidas, somos impulsionados a fazer tudo diferente e construir, inclusive, sobre novos alicerces. Se no âmbito externo, as energias estão tensas; na vida de cada um de nós, essa condição se repete. Vamos ver muitas coisas se desintegrarem, vamos sentir um impulso incompreensível de rever valores e aquelas almas despertas que já assumiram a prática da verdade, então, viverão suas crises pessoais, questões de trabalho, definição de caminhos de vida de forma muito intensa, mas ao mesmo tempo, libertadora. Podemos sentir isso claramente quando observamos o número de pessoas que está querendo mudar de vida, de cidade, de trabalho, relacionamento etc.. Observamos uma tendência cada vez mais forte, que é o questionamento dos jovens que estão buscando formas de viver menos apegadas ao consumo, com preocupações com ecologia, saúde, alimentos naturais, práticas de esporte, yoga etc.. Estamos sentindo a emanação deste vento verde na busca crescente por reciclar, trocar e sair da necessidade do consumo do novo. Hoje, diferentemente do que já foi no passado, o jeito de vestir reflete muito mais a tribo à qual se pertence do que o ideal estético de algum estilista. As pessoas estão querendo ficar livres... No meio de tantas transformações que provocam desequilíbrio, minha sugestão é tomar cuidado com o foco. O Sol é luz e direcionamento, lembrando que onde há luz, há também a consciência de tudo o que ali existe. Quando um quarto escuro recebe a luz do dia, poderemos ver se está limpo, arrumado, ou sujo, com coisas fora do lugar. Por isso, devemos ficar atentos em onde estamos colocando nossa atenção e observar: qual é nosso foco?
Na somatória do ano (fazendo a conta 2+0+1+6 = 9) encontraremos também o Arcano 9 - O Eremita - que realça a necessidade de reflexão, de se voltar para dentro, olhar para seus valores e crenças, observando o que fortalece sua fé. Se de um lado o Sol nos impulsiona para a ação, O Eremita nos chama à reflexão, e A Torre fala de desilusão. Mas, como ensinam os mestres: "só se desilude aquele que um dia esteve iludido". Então, se você tem planos para 2016, siga com fé, vá fazendo suas investidas, porém, consciente desta mudança do mundo, observando que será impossível não ser tocado por ela. Nessa sintonia me vem a inspiração de que 2016 será regido por Shiva, a energia divina que destroi para reconstruir, como diz o verso desta música: "Dança Shiva, dança a criação, nos teus passos a recriar meu ser. Dança Shiva e limpa escuridão, minha alma vibra pra te receber... Shiva Sai Ram, Shiva Sai Ram, Shiva, Shiva, Shiva Lingan Sai Ram".

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

QUANDO A VIDA DIZ NÃO

Quando a vida diz não
 por Alex Possato


Um dia, fomos crianças. E como as crianças reagem, quando são contrariadas? Umas, batem o pé. Protestam. Brigam. Outras, se calam… mas, por dentro, odeiam. Querem matar. Raras são aquelas que levam numa boa… Hoje, nós somos adultos. Crescemos. Adquirimos pelos, rugas, cabelos brancos, quilômetros rodados, algumas vitórias, e muitas desilusões. A vida nos contraria, a todo tempo. Seja porque nosso amado não responde da forma como gostaríamos. Seja porque os projetos não vão para frente. Ou, às vezes, nem mesmo conseguimos projetar alguma coisa. Ouvimos muitos nãos. Não de alguém querido. Não do bolso vazio. Não do corpo. Não do trabalho. Não até do caminho espiritual. Almejamos a paz, o amor, a prosperidade, a iluminação, saúde, companheirismo, um trabalho que nos dê prazer, uma vida tranquila, seja lá o que for, assim como, algum dia, quisemos um brinquedo novo, ou o elogio do papai, o abraço da mamãe… E talvez a vida tenha dito: não! Muitas pessoas adultas, mas muitas mesmo, reagem aos nãos da vida com a estratégia aprendida quando criança. Parte deste adulto parou no estado emocional infantil. Daquela criança que batia o pé. Ou se encolhia em si mesma, cheia de mágoa e projetos de vingança: um dia ela vai ver! Inteligência emocional e libertação Um dos maiores passos que alguém pode dar rumo ao seu próprio desenvolvimento como ser humano e como ser espiritual é olhar definitivamente para este lado birrento que talvez ainda exista em si. E o impulsiona a tomar atitudes e estratégias na vida somente para que esta criança seja vista, ouvida, validada. Esta criança não é mais você, mas você ainda continua buscando aprovação, conforto, proteção… seja nos seus relacionamentos, seja no seu trabalho, seja no seu caminho espiritual… E se você fugiu para dentro da caverna, talvez esteja revivendo aquela criança que não quis ou não soube como reagir. Lá atrás… muito tempo atrás! O passado não existe. É passado. Embora, para o cérebro humano, tudo aquilo que é relembrado, pensado, se transforma no aqui e agora. Vira presente. Ou seja: você só não consegue se libertar do passado porque ainda tem fatos não compreendidos e não aceitos dentro de si. Consciente e inconscientemente, sua mente dá vida a eles. Dá vida aos fantasmas. E estes fatos não desgrudam de si porque existem mágoas, cobranças, dores. Sentimentos e emoções plenamente corretos, pois você viveu situações onde houve feridas. E só você pode saber o grau das feridas que possui. Porém, isso já faz muito tempo, não é mesmo? Por isso, mais do que pensar e justificar a sua vida atual devido às heranças dolorosas do passado, é necessário reviver estas mágoas e dores emocionais, compreendê-las, e libertá-las. Nada é possível fazer pelo passado. O passado não pode ser mudado. Por pior ou melhor que ele tenha sido, não há nada a fazer. Busque terapia. Vá atrás de terapeutas que o auxilie a reviver estas emoções, em ambiente seguro, e liberá-las. Talvez você não saiba, mas tudo o que você atrai na sua vida tem a ver com os sentimentos que carrega em si. Se sente-se abandonado, atrairá relações afetivas que irão abandoná-lo. Se sente-se impotente, atrairá situações profissionais e financeiras que trarão situações complicadas, demonstrando que você não tem poder sobre nada. Se imagina ser doente – fisicamente, emocionalmente, financeiramente… atrairá inúmeras formas de doenças: do corpo, do bolso, das relações, da mente…
E isso não é ruim. Ao contrário. É ótimo. Embora num primeiro olhar pareça complicado, tal qual aquela prova de álgebra ou equação do segundo grau que não conseguíamos resolver na escola, é a grande oportunidade de olhar para o estudo que ainda não compreendemos, estudar, e tirar a nota média para passar na prova. Isso se chama inteligência emocional: aprender a lidar com nossas emoções reprimidas. Que se transformarão em força e sabedoria, após “passarmos na prova”. Imagine você sabendo lidar com o seu medo de abandono? Medo da pobreza? Sentimento de exclusão? Vitimismo? Sensação de dependência? Confusão interna? Medo da raiva? Ou da morte? Ou das perdas? Tudo isso se faz vivenciando as emoções. Não existe caminho intelectual para saber lidar com as emoções. Você é um ser que pensa, mas principalmente, um ser sensível. A sensibilidade tem sido muito desprezada neste mundo masculinizado, mental, pragmático, focado em metas, prazos e resultados… Se, por um lado, esta fase foi importante para alavancar o conhecimento e modernizar nosso mundo, por outro lado, acabamos castrando nosso lado feminino, sensível, intuitivo e emocional que, quando saudável, sabe lidar perfeitamente com as emoções. Sabe se conectar com a sabedoria universal. E sabe sorrir e aguardar, quando a vida diz não. Quem sabe esteja na hora de equilibrarmos nossas polaridades? Aprendendo a lidar tanto com a mente racional, como com a mente emocional? Para, então, caminharmos para além desta mente, entendendo que emoções e pensamentos são volúveis, mutáveis, instáveis… e que talvez possa existir algo além disso, infinito, presente, estável… nosso verdadeiro ser, onde o espírito repousa eternamente em si mesmo…

O PONTO CEGO

O ponto cego
por Adriana Garibaldi


Todos carregamos um ou vários pontos cegos em nossa personalidade. Ângulos escuros que
desconhecemos.
Acreditamos piamente que somos capazes de nos avaliar de modo correto, que sabemos
exatamente quem somos, nossos sentimentos e desejos ocultos, nossas deficiências.
Contudo, existem muitos pontos cegos em nós e nos surpreendemos ao constatar o montante que
em nós somos incapazes de enxergar.
Ver os traços que nos desagradam nos outros é fácil, mas enxergá-los em nós mesmos é bastante
cheio de contradições, não por autocomplacência ou por nos imaginarmos como seres perfeitos,
criaturas resolvidas, mas porque de fato existe aquela cegueira que nos impede de fazer uma
avaliação clara a respeito de muitos de nossos aspectos mais profundos e desconhecidos.
Quando nos referimos ao nosso lado sombra, logo imaginamos ser como um monstro de sete
cabeças que se esconde nas profundezas da nossa alma prestes a nos atacar. No entanto, nosso
lado sombra representa a totalidade de nossos pontos cegos, aquilo que não vemos, que fica na
sombra da consciência e, não necessariamente, exprime uma faceta perversa. Pode nossa sombra
bem ser aquela parte que nos impulsiona ao progresso, despertando-nos e nos cutucando. Uma
parte oculta que nos cabe desvendar, olhando para nossos próprios mistérios e riquezas, valores e
também deficiências, sem temê-las.
Abraçar nossa sombra é integrá-la à nossa parte consciente, permitindo-nos usufruir de todo o
potencial de experiência que faz parte da nossa totalidade ainda desconhecida e profundamente
rica.
As contingências da vida funcionam como gatilhos que acionam os registros ocultos, tendências e
sistemas de crenças que precisam ser revistos e analisados com o propósito de reformulá-los.
Temos plena consciência que o grande cabedal de conhecimentos adquiridos por nós em vidas
sucessivas compõem nossa bagagem emocional, psíquica e espiritual em que aquisições nobres
coabitam com algumas falhas e desvios de personalidade que viemos carregando por séculos a fio
sem termos a lucidez necessária para olharmos para isso tudo com objetividade. Um ponto cego
ou vários pontos cegos que precisaremos ver.
A nossa vida é como uma peça de tapeçaria que confeccionamos ponto a ponto, laço a laço, nó a
nó.
Os pontos representam as nossas ações conscientes, nossos esforços individuais em nos
conhecer e acertar o passo à procura de nosso crescimento individual.
Os laços refletem as relações interpessoais, envolvimentos afetivos felizes, interações proveitosas
em que a nossa afetividade é construída em vínculos genuínos de intercâmbio fraterno.
E os nós? Ah, os nós... Os nós são nossa pedra de tropeço, nossos desafios, nossos inimigos
declarados ou não, enfim, a bagagem cármica que nos instiga e às vezes nos combate. Uma
parcela de experiência em princípio desconfortável, porém, imensamente proveitosa ao nosso
crescimento, já que através dela somos capazes de entrever nossos pontos cegos, nossa sombra,
em todas as nuances e matizes desde o mais escuro ao mais claro.
Aquelas criaturas difíceis que habitam em nosso espaço, sem dúvida, são nossos mais
competentes professores com os quais podemos aprender a arte da paciência e do respeito às
diferenças, são eles que nos ajudam no caminho da autopercepção.
Ampla escola de sabedoria onde aprendemos a desfazer os nós apertados de dor que nos
aprisionam mutuamente, libertando-nos a nós e aos outros, por médio do amor e do perdão, capaz
de trazer claridade e paz às nossas vidas.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

QUAL É SEU CHARME?

Qual é seu charme?
:: Rosana Braga ::


É praticamente unânime a percepção das pessoas de que tem algo nelas que não está direito, não está bom.
Como se fosse uma parte torta. Pode ser o nariz, a orelha, as pernas, os pés, enfim, cada um tem sua queixa.
Uma ou várias. E pode ser bem difícil, algumas vezes, aceitar alguma parte de nosso corpo que não está
conforme a mídia dita como modelo ou até mesmo algo de que nós mesmos não gostamos em nós.
Claro que não precisamos gostar de absolutamente tudo. Mas será mesmo que existe alguém totalmente
satisfeito com seu próprio corpo? Ou melhor, será mesmo que existe algum corpo completamente perfeito? Pra
começar, o que é a perfeição, considerando que vivemos repetindo que ela não existe, exceto no Criador?
Será mesmo que faz sentido sofrermos ou nos depreciarmos por conta de algo que não nos parece como deveria
ser? Esse julgamento pode render algo de positivo ou criativo? Cada vez mais, tenho certeza de que não!
E essa reflexão me veio ainda mais clara porque recentemente visitei um ponto turístico muito famoso no mundo
inteiro justamente por ser torto. Por não ser certo, direito ou perfeito. Mas é exatamente sua 'tortice' que a faz
tão encantadora. Trata-se da Torre Pisa, na região da Toscana - Itália.
O mais interessante é que há quem acredite que a Torre foi construída propositalmente torta, mas o fato é que se
trata de um erro. Ela foi construída num terreno instável e até tentaram reparar essa instabilidade com algumas
medidas de engenharia durante a construção, mas não deram certo e a Torre terminou inclinando ainda mais,
durante algum tempo.
Hoje, estável, tornou-se cartão postal da cidade e visitada por milhares de pessoas todos os anos, rendendo lucro
para trabalhadores, comerciantes e moradores do local. E a reflexão que me vem é: e se os idealizadores da
Torre não tivessem aceitado a sua 'tortice' e a tivessem destruído? E se tivessem insistido em construí-la num
outro local para que pudesse ser direita, reta? Será que sua fama seria a mesma? Será que os ganhos seriam
tantos?
Usando essa mesma reflexão, fiquei me perguntando: quantas coisas em nós mesmos despendemos tanto
esforço para tentar arrumar quando, na verdade, poderiam ser nossos diferenciais? Algumas pessoas até sofrem
e se revoltam pelo fato de alguma parte sua não ser igual a dos outros ou por não corresponder ao modelo de
reto ou direito, perdendo a chance de enxergar o charme que existe em sua tortice.
Mais do que isso, raramente conseguimos perceber que é na instabilidade que mais amadurecemos, que mais
descobrimos sobre nós mesmos. É num momento de fazer ajustes e adequações que mais podemos reconhecer
nossos talentos e nosso potencial. E isso acontece especialmente no amor.
Quando doemos por causa de um relacionamento que acaba, de um amor não correspondido, de uma traição, é
quando mais podemos nos dar conta do que existe de iluminado e também de escuro em nós. É quando temos
mais condições e até disponibilidade de enxergar o que fizemos de 'certo' e o que fizemos de 'torto' e quanto isso
mostra quem a gente é. Quem a gente quer ser. O que a gente tem de diferente e que pode encantar o mundo ao
nosso redor.
Minha sugestão é para que você comece a aceitar mais o que existe de 'torto' em você. Não para se acomodar ou
para ser menos do que você pode, mas para transformar o torto em beleza, em charme. Pra reconhecer a sua
singularidade e a sua capacidade de ser feliz sendo você mesmo, sendo do seu jeito. Assim, ser você pode pode
se tornar uma experiência bem mais interessante, leve e gostosa.
Aventureira, boazinha, sedutora... Quem é você na sua vida amorosa?

AS ESTRELAS INDICAM O CAMINHO. VOCÊ O PERCORRE E MOLDA O SEU DESTINO

As estrelas indicam o caminho. Você o percorre
e molda o seu destino
:: Graziella Marraccini ::


Você já deve conhecer o ditado: As estrelas indicam mas não obrigam. Nesse período, esse ditado nunca foi tão
apropriado e observado. De fato, devido às turbulências do momento atual, muitas pessoas que me procuram
para uma interpretação astrológica de Previsões Anuais me perguntam quanto Livre-Arbítrio temos para realizar
aquilo que os astros indicam. Geralmente eu respondo que, em minha opinião, nosso Livre-Arbítrio é bastante
reduzido. Mas ele existe! Carl Gustav Jung dizia que Livre-Arbítrio consiste em fazer bem feito aquilo que somos
obrigados a fazer. Concordo.
Creio que o Cosmo nos entrega uma moldura e muitas peças de um quebra-cabeça para que juntemos as pecas e
consigamos criar a nossa vida. No entanto, quando fazemos um quebra-cabeça precisamos tomar como base uma
figura, geralmente aquela representada na caixa de embalagem, não é? Aquela figura, porém, não é na realidade
o nosso quebra-cabeça, mas a sua representação que nos fornece a informação para conseguirmos fazer o nosso
trabalho. Bem, a meu ver, o nosso Mapa Astral representa a figura do nosso quebra-cabeça. Porém, sim, ha um
porém: a figura é representada pela configuração celeste e isso acrescenta uma dificuldade em sua interpretação
e em sua reprodução. Sim, Deus dificultou a nossa tarefa. Ele quer ver nosso esforço pessoal!
No entanto, caro leitor, para interpretar a linguagem dos astros, podemos recorrer a um astrólogo! Você sabia
que na antiguidade, astronomia e astrologia não eram duas ciências separadas? Você sabia que até o século
dezoito a astrologia era ensinada nas faculdades? Foi no período cartesiano que elas se separaram e a partir daí
o homem começou a perder a faculdade da leitura simbólica dos sinais do céu e começou a confiar somente nos
seu raciocínio lógico! A meu ver, o afastamento do homem de sua matriz divina acabou por contribuir na criação
de muito caos e confusão na humanidade. A partir de então, o homem começou a olhar para o chão no lugar de
olhar para o céu! Olhar para o chão, para o detalhe, para o micro, sem perceber a sua relação direta com o céu,
com o todo e com o macro, restringe nosso Livre-Arbítrio. Nem muito Virgem. Nem muito Peixes! Conhecimento e
fé devem caminhar juntos!
Se vocês já leram As Sete Leis da Sabedoria publicadas no meu site com meus comentários sobre as Leis
Herméticas de Hermes Trismegisto - devem ter aprendido que tudo o que acontece na Terra tem sua ressonância
no Céu. Até mesmo a oração Cristã do Pai Nosso ensina: assim na Terra como no Céu! O raciocínio lógico impede
nossa visão holística e quântica do universo e nos afasta da Verdade. Sem essa visão, percorreremos pelo
caminho da vida às cegas, sem propósito e nem destino. Nunca montaremos o nosso quebra-cabeça pessoal!
Atualmente, estamos sob a influência da energia gerada pela tensão existente entre Urano e Plutão (que voltaram
a se enfrentar!) e outra entre Saturno e Netuno. A primeira iniciada, em 2008, volta com força promovendo
novamente muitas perturbações sociais e econômicas, provocando catástrofes naturais ou pelos atentados
terroristas e outros atos de violência. A segunda, que estará vigorando principalmente até o final do ano, promove
uma sensação de desalento e desesperança, devido aos problemas criados pela recessão, causadora de
desemprego e arrocho financeiro. Experimentamos a sensação de insegurança. Várias são as dificuldades que
devemos enfrentar e, dependendo da área de nosso Mapa onde esses aspectos astrológicos irão cair, diferentes
serão as medidas a serem tomadas.
Devemos nos desesperar, arrancar os cabelos ou nos queixar aos deuses? Não, caro leitor! Não devemos perder a
fé! Deus colocou sobre nossas cabeças as estrelas para nos indicar o caminho a seguir. Os Rei Magos fizeram isso
quando desejaram encontrar o menino Jesus! Tenha certeza, caro amigo, que com a ajuda do autoconhecimento
oferecido pela consulta astrológica (Previsão Anual ou Revolução Solar), você poderá encontrar as alternativas
que o ajudarão a sair das dificuldades, sejam elas econômicas, de saúde, de relacionamentos ou outros ainda!
Confie no recado do céu e confie no seu astrólogo para interpretar a sua linguagem!

PRAZER E DOR: A ETERNA GANGORRA DA VIDA

Prazer e Dor: a eterna gangorra da Vida
por Valéria Bastos


Como lidar com isso que parece tão difícil de mudar? Essa dinâmica na vida de experimentar prazer
e dor, inclusive, nas mesmas situações. Em um momento nos alegramos, é tudo o que queremos;
em outro, queremos fugir, acabar com tudo, desaparecer. A mesma pessoa, o mesmo vínculo é
capaz de nos causar essas emoções tão antagônicas e não conseguimos deter esse processo.
Prazer e dor são energias conflitantes, que se reforçam mutuamente. Quanto mais prazer, mais
apego ao que gostamos. Isso leva inevitavelmente ao medo e ao sofrimento de perder esse "bem
precioso". Uma vez que nada dura para sempre, é questão de tempo. A mudança chega e traz a
dor com ela, pois as circunstâncias da vidas mudam a todo momento e não podemos detê-las. Aí
vem a aversão, a fuga, o não querer sentir, a raiva, as compulsões e tentativas de se livrar
daquilo que nos machuca.
Um dia amor, outro dia ódio, um dia alegria, outro tristeza. E vamos seguindo nessa gangorra da
vida, nesses altos e baixos, sendo arrebatados pelos ventos e tempestades emocionais, sem
conseguir atracar em lugar seguro. Quanto mais a intenção de conter essa dinâmica, mais preso
se torna a ela. Como esse mecanismo é parte da vida, do fluir e contrair, do nascer e morrer de
todas as coisas, é impossível dominá-lo e tentar deter. O que nos resta é aceitar o que vem,
aceitar o que vai. Assim como as ondas do mar, contemplar a natureza da vida e encarar os fatos
com mais naturalidade ao invés de querer mudar o que é. Isso traz um profundo sentimento de paz
interior. Aceitar as coisas como são é sinal de amadurecimento emocional e espiritual. Abrir mão
do controle e do desejo de ter as coisas do seu próprio jeito é uma forma de exercitar a tolerância
e aceitação dos movimentos da vida, do ritmo e escolha do outro, do jeito de ser de cada um, do
tempo de despertar que está ao alcance de todos, apesar de ser muito distante para a grande
maioria.
Isso é um fato: nossa condição humana revela exatamente onde estamos. Não há a quem cobrar
essa fatura pois somos nós que nos colocamos onde estamos. Transferir o problema para o outro
é ilusão e perda de tempo. O problema é interno e cabe a cada um olhar, entender, assimilar,
reconhecer e transmutar. É um eterno caminhar, pois a consciência tem graus infinitos; a cada
passo, um novo desafio, pois eles são muitos. Querer saltar os obstáculos da vida para fugir da
dor não resolve. Eles permanecem guardados, arquivados e virão à tona no devido tempo. E o que
é pior, chegam causando estragos! O que se reprime, torna-se sombra. Àquilo que resiste,
persiste. Essa combinação da sombra com as repetições dos padrões comportamentais e
emocionais formam cristalizações difíceis de serem dissolvidas. Por isso dizemos o que queremos,
mas não praticamos essa intenção. Há uma tremenda distância entre entender mentalmente o
problema e o que precisa ser mudado e a mudança em si. De teoria o mundo está cheio. O
treinamento vai além das palavras, rótulos, repetições verbais. Um passo, depois outro, pensar
diferente, fazer diferente, ser diferente, sentir, falar e agir diferente. Assim a mudança acontece.
Falar apenas, não adianta.
Daí, se a mesma situação surgir, veja claramente as emoções e sentimentos que ela causa. Se é
prazer, desfrute-o no momento presente, viva-o, sinta-o, mas não pense no outro dia, como será,
o que vai acontecer depois... Você não tem o outro dia, você só tem o agora. Então, fique aqui
com ele, sem querer fugir. Se conseguir fazer assim, boa parte do sofrimento desaparece. Muito
da dor tem a ver com a mente projetada no passado ou futuro, querendo respostas e garantias de
que o que é bom vai durar para sempre e o que é ruim nunca mais vai acontecer. Isso é
ingenuidade, pois o controle não existe quanto se trata da existência. Nem ao menos conseguimos
controlar nossa própria respiração. A maioria do tempo ela acontece alheia à nossa vontade.
Quando dormimos, nem ao menos nos damos conta que respiramos e temos um coração batendo.
Estamos literalmente sonhando o tempo todo. E dentro do sonho, também sonhamos que não
vamos sofrer, que vamos atravessar o rio da ignorância para a sabedoria sem passar pelas
tormentas e angústias que fazem parte do despertar. Se a tristeza chega, ela traz em si um
ensinamento. Então, aceite-a também pois ela pode ser uma bela amiga quando lhe revela algo
importante a respeito de si mesmo. Sinta a dor sem preferências, sabendo que assim como os
bons ventos passam, as tempestades e tormentas também vão passar. Nada dura para sempre,
lembra?
Aceite o que vem, aceite o que vai. Ontem lá em cima, agora aqui em baixo. É assim, um eterno
surgir e desaparecer. Vida e morte juntas, no mesmo momento. É tão natural isso quando olhamos
a natureza, as árvores, o mar, o rio, o sol, a lua. Somos tudo isso também, não somos algo
separado de tudo o que nos cerca. E contemplando a trajetória do sol desde o alvorecer ao
entardecer, é possível perceber a naturalidade desse movimento. Assim também pode ser
conosco. Brilhar, aparecer, crescer, apagar, desaparecer e voltar a brilhar. Não prazer, não dor,
não apego, não aversão. Apenas aquilo o que é, no aqui e agora.

O CAMINHO DO MEIO E O PRAZER DE VIVER...

O caminho do meio e o prazer de viver
por Rodrigo Durante


Na estressante rotina de nossas vidas, quase nunca temos tempo ou todas as condições
necessárias para fazer tudo o que gostaríamos. Vamos estabelecendo prioridades muitas vezes ao
ponto em que negligenciamos completamente aquilo que nos dá prazer para cumprirmos com o
nosso dever.
Para agravar mais a situação, existem ainda mecanismos internos que construímos em milênios de
encarnações neste planeta extremamente repressores, senão totalmente proibidores do prazer.
Dogmas religiosos, rejeições e autodesvalorização, culpas e autocondenação, desmerecimento,
raiva de si mesmo, carências afetivas, autoinferiorização, vergonha, medos, traumas, enfim, tudo
isso que em algum momento de nossa existência podemos ter sentido e ficou registrado em nosso
inconsciente serve de combustível para este poderoso mecanismo autossabotador atuar na
manifestação de nossa realidade.
Pelos mais variados e até por vezes nobres motivos, vamos dando prioridade às urgências, às
nossas contas, às tarefas domésticas e mesmo com muita boa vontade em cumprir com nossas
obrigações, às vezes chegamos a um ponto onde nos sentimos sufocantemente sobrecarregados
com uma vida que limitou-se à resolução de problemas e atenção única e exclusiva à necessidade
dos outros. Nossos prazeres e alegrias de antigamente parecem um sonho cada vez mais distante,
assim como qualquer nova oportunidade de fazer algo agradável. Entramos numa rotina de
encontrar apenas caminhos fechados para aquilo que nos faz bem, enquanto os caminhos para o
cumprimento das obrigações vão ficando cada vez mais complicados e desgastantes. Tudo nos
parece um fardo, recusamos convites para coisas boas, apenas para evitar o transtorno enquanto
buscamos transformar nossa raiva em disposição para enfrentarmos as lutas da vida. Assim, nosso
descontentamento aumenta, parece que quanto maior a provação, maior nossa disposição em
cobrar "dos céus" por alguma solução.
Vamos nos perdendo neste novo personagem triste e limitado que rejeita totalmente seu presente,
criando inconscientemente o hábito de ser feliz em um futuro imaginado. Nosso mundo mental se
torna mais atrativo que o físico, despercebidamente tirando-nos da realidade que fomos Criados
para viver. As origens disto estão em nós mesmos e são tão profundas que nem percebemos o
quanto nós colaboramos para permanecer neste padrão.
É desnecessário dizer a infinidade de complicações que sofremos por causa disso, desde angústias
insones a problemas físicos que podem até nos levar à morte. Também pudera, se é isso mesmo
que estamos fazendo com a gente: matando-nos aos poucos. Aprisionamos nosso coração em
barreiras imaginárias à realização, negamo-nos o direito a felicidade, a expressão de nosso Ser e a
quem realmente somos. Não há alma que queira ficar em um mundo destes onde tudo nos é
proibido.
Criamos a separação e a reforçamos a cada dia com todas as justificativas possíveis, sempre
buscando restaurar a superioridade de nosso ego. Para manter um mínimo de autoestima, criamos
um sistema de crenças onde nos sentimos especiais por sermos tão resignados, esforçados e
batalhadores, até criticamos aqueles que têm uma vida mais fácil que a nossa. As críticas
externas são uma maneira dos inseguros que se prenderam em uma realidade ruim e sustentada
por crenças de se sentirem mais certos a respeito de si mesmos.
Por mais estranho que isso pareça, a aceitação incondicional dos deveres é parte integrante da
cura. Viemos cumprindo com nossa parte diligentemente, enquanto interiormente, criávamos
esistências a estas obrigações tão distantes do que gostaríamos de estar fazendo e, assim,
gerando negatividades e mais sufocos a cada dia, mesmo que inconscientemente. Tornamo-nos
explosivos, frágeis e sensíveis à menor oscilação em nossa rotina já tão sacrificadamente levada
adiante. Qualquer lâmpada que queima em casa já nos parece de uma dificuldade enorme, algo
que irá nos causar muito mais problemas. Então nos fechamos em nossa insalubridade espiritual e
adoecemos, em um chamado desesperado de nossa alma para nosso despertar.
Infelizmente, precisamos chegar no limite para olharmos para dentro, para libertar, resgatar e
reintegrar os pedacinhos de nossa alma que foram ficando pelo caminho. É assim que vamos
restaurando nossa identidade, nossas preferências e vontades que muitas vezes ficaram
escondidas em camadas e camadas de privações. Para quem passa por isso, mesmo para aqueles
que de tanta repressão nem sabem mais o que gostariam de fazer, existe uma prática muito boa
para restaurarmos o gosto pela vida e permitirmos que a chama em nosso coração se acenda
novamente, além de abrir novamente os caminhos para que a vida nos traga cada vez mais
experiências gostosas de participar: é transformar uma atividade simples em uma experiência
espiritual.
Primeiramente, reserve um tempo para si. Pode ser o intervalo para um cafezinho no meio da tarde
em sua empresa. Respire fundo, sinta seu corpo, sinta o quanto você merece este tempo. Ofereça
um café a si mesmo reverenciando o ser Divino que você é. Sinta cada aspecto deste café, o
aroma, a temperatura, o sabor, o ambiente protegido, a cadeira para você sentar, enfim, tudo de
bom deste momento. Parabenize-se pelo dinheiro que você tem na carteira para comprar este
café. Sinta como é bom fazer algo por si mesmo, sinta gratidão por você poder fazer o que você
quer. Sinta gratidão por um momento como este em sua vida, tão bom e tão acessível. Sinta
gratidão por todos os sincronismos que o universo organizou para lhe proporcionar este momento.
Sinta como seu Ser é capaz de lhe trazer muitas coisas boas sem que você precise se esforçar
para isso. Agora, sinta gratidão por você ser você, exatamente do jeito que você é. Sinta como o
universo e você estão ligados, foi isso que lhe proporcionou toda esta experiência. Que tal foi
tomar este cafezinho nesta nova dimensão? Já relaxou e voltou ao seu Eu natural, não foi? Pode
fazer isso com tudo, andando na rua e reparando no verde da sua cidade, prestando atenção em
como o sol aquece a sua pele, sentindo uma brisa fresca no rosto ou apenas respirando. Tudo isso
nada mais é do que aprender a relaxar e a usar a mente a nosso favor. Com o passar dos dias
este hábito cultivado de estar presente vai se tornando mais natural e espontâneo. O tempo e
agrados que você reserva a si podem ser cada vez maiores, um cinema, um presentinho, uma
Terapia Multidimensional...
No entanto, outros desafios podem surgir. Nesta etapa, é normal criarmos uma aversão a limites,
alguns trabalhos ou situações "obrigatórias", aquelas que a vida nos apresenta sem nos pedir
permissão. O medo ainda pode nos obrigar a controlar as coisas, ainda sugere que existe algo no
futuro que pode nos fazer voltar a sermos como antes, infelizes ou que não possa ser amado.
Então, acontece algo que temos que lidar um pouco diferente do que imaginávamos e
imediatamente rejeitamos a situação, já nos desesperamos, afloram raivas, inseguranças, revoltas,
vitimismo e lá se vai nossa paz de espírito novamente, desta vez não pela autonegação, mas pelo
medo de nos perdermos novamente.
E, assim, este novo ciclo pode se perpetuar, os medos e raivas com que enfrentamos o momento
presente vão criando um futuro muito distante do desejado. Ainda não percebemos que o único
motivo para nossa insatisfação é nossa recusa em aceitar e amar.
Para seguirmos adiante no processo, é necessário, então, reconhecer um medo oculto de aceitar
que a vida é exatamente aquilo que se apresenta a nós no momento presente. Um medo de que
se vivermos o aqui-agora com todo nosso amor e atenção estaremos abrindo mão de um futuro
que nossa mente considera o que há de melhor para nós. Há uma dúvida torturante sobre o que
realmente temos controle e, neste caso, nitidamente o medo tem vencido a razão. Pois se o
futuro depende de como vivemos o nosso presente, é óbvio que se abrirmos mão da ilusão de
controle que nosso mental traz e nos dedicarmos com o máximo de nosso potencial de amor e
aceitação ao aqui e agora, por mais insignificante que esta tarefa possa parecer, nosso futuro
será o melhor que jamais pudemos sonhar.
Existe um equilíbrio a ser encontrado entre o aceitar e o querer. Quem só faz o que quer resistindo
àquilo que a vida inesperadamente lhe traz acaba preso ao próprio vazio interno em um caminho
infinito de busca por si mesmo fora de si, como um cachorro correndo eternamente atrás do
próprio rabo, cada vez mais cansado, agressivo e infeliz. E não falo apenas de tarefas ou
situações que a vida nos traz, mas também de alguns momentos sozinhos, do silêncio, da falta do
que fazer... tudo isso nos serve de lição para nos aprofundarmos em nosso âmago e buscarmos
nossa essência novamente.
Nosso mecanismo de busca da felicidade através da satisfação de desejos é tão limitado e inferior
à plenitude do Ser que quem vive apenas para satisfazer-se apresenta nítidos sintomas de
imaturidade e desequilíbrio espiritual, de máscaras, orgulhos e defesas vaidosas para seus medos
ocultos. Ainda assim, como a palavra já diz, a plenitude engloba também este mecanismo de
desejar e conseguir, pois a plenitude do Ser é a própria Unidade, não julga, não rejeita, não
separa... nada fica de fora. Por isso, nossas preferências pessoais não devem ser negadas, pois
são sagradas como qualquer outra parte da Criação.
O segredo para encontrar o equilíbrio está, então, em abrir o coração para tudo o que a vida nos
apresenta, sem nos negar o prazer das pequenas efemeridades do dia a dia. Estando conscientes
de que nada disso curará feridas ou preencherá algum vazio existencial, será através da busca da
satisfação destes pequenos prazeres que nosso coração nos guiará para a verdadeira felicidade.
Talvez ainda tenhamos algum aprendizado entre uma alegria e outra, mas a vida tem seus
mecanismos para nos despertar, não precisamos nos preocupar gastando uma energia enorme
buscando fazer o trabalho que cabe à própria vida fazer. Viver com cem por cento de fé e cem
por cento de entrega já é o suficiente, aliás, é o melhor que podemos fazer.
E, assim, vamos a cada dia aprendendo a amar mais e mais. Não devemos temer as surpresas da
vida, precisamos compreender que as dificuldades ou mesmo os simples deveres de nossa rotina
tudo têm a ver com o nosso propósito, eles estão cheios de lições importantes que nos fazem
amadurecer, transcender limitações, tomar conhecimento de nossas capacidades, expandir nossa
consciência além de nos colocar em um novo patamar de amor, sabedoria e realização. Cada
imprevisto que nos cutuca em um medo ou ferida é uma oportunidade de expandir nossos
horizontes, de dissolvermos nossas barreiras e nos tornarmos novamente Unos com tudo o que há.
Os desejos neste estado tornam-se um pouco diferentes pois na Unidade não temos mais os
vazios necessários para gerá-los. Podemos, então, considerar os desejos como simples escolhas.
Na plenitude do Ser, tudo é bom, tudo é a própria vivificação do paraíso e não há mais
necessidade de escolher nada. Porém, neste mundo ela ainda existe, temos que escolher se
viramos à direita ou à esquerda, o menu do jantar, as roupas que vamos vestir, o novo emprego
que estão nos oferecendo e um monte de outras coisas. A maquinação e estratégias do mental,
no entanto, vão perdendo suas funções na medida em que vamos alinhando nosso sistema de
crenças e modos de agir com a Presença Divina em nosso coração. As escolhas tornam-se cada
vez mais sentidas do que pensadas, a própria vida nos apresenta as opções e tudo o que temos
que fazer é sentir e escolher.
Equilíbrio é tudo na vida, é o que nos mantém na direção certa e de menor resistência: o caminho
do meio. É onde mais somos ajudados e onde mais estamos em condições de ajudar o próximo,
cumprindo assim com nosso dever como seres humanos. O ser humano foi criado para a vida em
sociedade, para um servir ao outro, não ao ego do outro, mas ao Uno, ao Todo, a Criação. A boa
ação é instintiva em nós, diferente da maldade que é gerada sempre de um medo ou ignorância, a
bondade é nosso estado de maturidade natural. Fora deste equilíbrio, nossos interesses e ações sempre tenderão para o ego, para o benefício próprio inconsciente, para a separação. O caminho do meio permite a pura ação, Deus se manifestando através de nós. Dever e prazer, então, passam a andar sempre juntos pois, se feito com o coração em aceitação e entrega, o dever também se torna um prazer, sendo mais uma oportunidade para amar. Namastê!

ROMANCE,UMA BUSCA DE SONHOS QUE PODE NOS AJUDAR A DESPERTAR

Romance, uma busca de sonhos que pode nos ajudar
a despertar
por Isha


Cada vez que pensava que ia ser "feliz para sempre" em uma relação, esta sensação nunca durava
mais que seis semanas, às vezes um pouco mais. Próximo deste tempo sempre começavam as
queixas: "por que não pôs a tampa da pasta de dentes?", "se ele realmente me ama por que não
presta mais atenção em mim?".
Logo todas as expectativas se transformam em sonhos destroçados e, em pouco tempo,
começamos a ver coisas que não gostamos, ou em outras palavras - e o que eu considero a
contribuição mais importante disto - começamos a ver a nós mesmos. E aí vai minha pergunta:
"Como pode amar o outro se não ama a si mesmo?". A resposta é: não pode, pelo menos não pode
amar incondicionalmente.
Você não pode amar alguém incondicionalmente até que não sinta amor incondicional por si
mesmo, porque, em última instância, terminará julgando o outro nas mesmas coisas que julga em si
mesmo, não aceitará as coisas no outro que não aceita em si mesmo. Isto não significa que todas
as relações são em vão ou que deixemos de tentar, não é isto o que estou dizendo, mas sim
significa que temos que prestar atenção à relação mais importante que temos em nossas vidas: a
relação conosco mesmos e recordar que aquelas coisas, que não gostamos de nosso espelho mais
próximo, estão provavelmente em nós mesmos, em algum lugar.
Com frequência, a relação conosco mesmos a postergamos até depois de termos cumprido nossa
relação com o resto do mundo. Pensamos que amar a si mesmo é egoísta. No entanto, até que
não aprendamos a amar a nós mesmos, nossas relações estarão cheias de necessidade e
codependência. É a necessidade que nos leva à conexão, quando sentimos que precisamos de
alguém (ou algo) para sermos felizes, isso nos atrai ao outro. E a isso agregamos o controle,
achamos que devemos controlar quem nos sentimos atraídos, por esta necessidade e porque
nossa felicidade depende de sua presença, assegurar-nos que cumprirão com nossas
necessidades.
É assim que o controle dá lugar à manipulação e a todos os truques que nos garantam, de acordo
com o aprendido, obter aquilo que queremos. Mas onde está o amor nisso tudo? Manipulação e
controle não procedem do amor, mas estão cheios de medo. Estamos jogando estes jogos, tudo
para encobrir o medo ao abandono e à rejeição.
Quando você ama a si próprio, suas relações são honestas e transparentes, não há medo de
perder e você pode ser real e se mostrar exatamente como é, o que dá ao outro a liberdade para
fazer o mesmo.
Esta honestidade é a base de uma verdadeira relação de amor e assim não é o medo o que rege a
relação, mas a aceitação e a verdade. E com isto vem uma grande liberdade e a capacidade de
desfrutar realmente da presença dos demais. Achamos que se não controlamos nosso apego
vamos perder, mas na realidade acontece o contrário, quando o amor é sem condições, inclusive
se o outro não está a seu lado, se sentirá mais próximo dele do que nunca.
Este é o poder do amor incondicional, da verdade, da honestidade, da segurança interna que
cresce a cada dia e não apenas nas relações românticas, mas nas relações com todos e seu
entorno. Outro passo para uma melhor qualidade de vida em paz, em amor, em alegria e em
liberdade.

COMO O TERAPEUTA PODE SE PROTEGER EM TRABALHOS DIFÍCEIS?

Como o terapeuta pode se proteger em trabalhos
difíceis?
por Nathalie Favaron


Tenho observado que ao nos conectarmos com as histórias difíceis de nosso sistema, tais como, a
morte prematura de alguém, um acidente fatal, guerras ou suicídios, sentimos imediatamente o
peso desses destinos em nosso próprio corpo.
Se buscarmos inocentemente uma solução para todas essas questões, é provável que teremos um
embate com forças muito superiores a nós.
Nos envolveremos com a ordem divina, o mundo dos espíritos e correremos o risco de ficarmos
presos a estes buracos energéticos que consomem a energia vital.
Como terapeuta, encontro diariamente sistemas presos na dor e na tristeza de fatos dramáticos e
traumas profundos.
Quero, neste artigo, orientar aqueles que se propõem a ajudar alguém na compreensão e cura de
suas dores.
Explico, portanto, como faço e empresto essa ideia até que você possa construir seu modo
pessoal de fazer isso.
Qual o caminho para aliviar a dor de um cliente e não sobrecarregar o terapeuta?
Primeiro, devo buscar em mim a conexão com a vida e a morte.
A minha e daqueles que já se foram, no meu sistema.
Estou tranquila com isso?
Já trabalhei internamente a despedida com aqueles que não estão mais presentes?
Se a resposta for sim, eu posso continuar.
Caso contrário, se a ressonância for muito grande com alguma história que eu carrego, o passo
inicial seria curar isso em mim para, somente depois, buscar auxiliar outra pessoa dentro de seu
drama particular.
Feita essa primeira checagem de segurança, recorro a uma proteção maior que a situação em si.
Quais são as suas egrégoras de proteção? Seus anjos, mentores, recursos?
Busque ter clareza e ligação com algo acima de nós e desse plano físico para apoiar sua energia
pessoal.
Apenas após esse passo é que verdadeiramente me conecto com o campo do cliente.
Ao abrir minha percepção para as histórias, pergunto-me: o que mantém essa pessoa ligada à
vida?
Quais são seus motivos para viver?
Quais são seus objetivos na vida, sua missão, seu propósito divino?
Devemos buscar recursos reais no sistema do cliente que possam dar sentido à escolha essencial
neste tipo de vivência.
A decisão entre ir ou ficar. Entre morrer ou viver. Entre viver a vida morto por dentro ou
aproveitando e desfrutando a cada dia.
Ao permitir que essa decisão surja da alma do seu cliente, com tempo para acolher o movimento e
assistir muitas vezes a luta interna entre seguir aqueles que já morreram ou permanecer na vida
aproveitando o melhor dela, faz deste tipo de sessão um aprendizado para aqueles que se dispõem
a enfrentar o desafio.
Aprender a acompanhar alguém neste embate de alma pode trazer para ambos, cliente e
terapeuta, a chance de dar um novo significado a conexão com a vida e com Deus.
Pode ser um convite para o amadurecimento espiritual e um ganho sem fim para a relação
terapêutica.

SONHAR COM A PRÓPRIA MORTE

Sonhar com a própria
morte
:: Silvia Malamud ::


Sonhar com a própria morte pode ser indício de que
algo precisa ser urgentemente modificado em sua
vida. Alguma coisa importante em você precisa ser
libertada e é tão séria que a sua mente entende como
se fosse a sua própria morte, ou quem sabe, a morte
do personagem que você mesmo criou para lidar com
a vida, mas que já não lhe serve mais.
Por outro lado, se acaso acordar como se o sonho
fosse algo muito real, ainda sentindo medo ou
preocupação, pode ser sinal de que está prestes a
passar por alguma situação onde fatalmente terá que
se desvencilhar de velhos padrões e de questões importantes. Neste caso específico, será exatamente o oposto
de morrer, ou seja, será a cura de uma situação com a possibilidade de passar por um renascimento em sua
vida.
Os mais sensíveis podem ter a mensagem da morte de alguém, já as pessoas mais idosas ou mesmo as muito
adoecidas podem, através de sonhos dessa ordem, estar se preparando para a própria morte.
Existem muitos relatos sobre sonhar com seu próprio enterro, o que também denotaria necessidade de
atenção. Devemos estar cientes de que tudo o que aparece em nossos sonhos somos nós mesmos quem
criamos, então, no caso do sonho com o próprio enterro, podemos pensar que temos vários aspectos que não
estamos dando a devida atenção.
Pesquise e observe de verdade o que lhe traz medo a ponto de você sonhar com a sua própria morte. Lembrese:
A morte como simbolismo também significa transcendência e não obrigatoriamente finitude.
A solução dos seus conflitos está dentro de você e, no caso de sonhar com a própria morte, o pedido é para
que se use toda a energia de vida para fora. Freud relacionava o instinto de morte com a energia investida para
dentro de nós. Nossas potencialidades não experimentadas.
Se pensarmos em algo mais transcendente, também pode ser o acesso a algum recado simbólico que as
nossas mentes quânticas, que tudo sabem e que são atemporais, nos dão. Pode ser um aviso de que uma
grande transformação está prestes a ocorrer em sua vida: mudança de emprego? Separação? Algum novo
encontro inaugurará uma nova vida enterrando de vez a sua vida anterior?
Ao ler estas possibilidades, se acaso passar por algum sonho dessa ordem, sugiro que pare por alguns
instantes e que escute a sua voz interior. Veja o recado que ela lhe oferece. Atente- se, pois algo novo vem na
sua vida ou você precisa fazer alguma alteração em suas atitudes. Seja qual for a resposta, sonhar com a
própria morte sempre é indício de mudança. No geral, é um sinal de vida para quem almeja estar plenamente
vivo. Esse tipo de sonho nos dá o recado de que a vida jamais pode se manter paralisada e que você está
totalmente vivo, e o melhor, em movimento.
Abra espaço para mais esta transformação em sua vida e aprecie a viagem. A aventura das nossas
experiências terrenas fazem o colorido da nossa existência. Aproveite o seu melhor agora, com a consciência
de que algo vai acontecer ou que você vai transformar.

QUAL O MEU LEGADO?

Qual o meu legado?
por Maria Cristina Tanajura

O tempo está passando muito rápido... Sabemos que nem sempre foi assim e muitas teorias
existem para explicar o porquê disso estar acontecendo. Mas o que eu fico pensando é no que
estou fazendo de minha vida, que vai indo nesta correria toda.
Será que eu avalio o que realmente tem valor pra mim e foco minha energia nisto? Ou será que me
perco nas inúmeras alternativas e diferentes caminhos que se apresentam e não faço o que sei
que seria mais importante para que eu pudesse me avaliar como valorosa, independente do
pensamento dos outros a meu respeito?
Sinto que preciso estar atenta a isso, com relação às minhas escolhas e elas acontecem a toda
hora... Vejo este vídeo, ou leio um livro especial que já espera a sua vez há muito tempo? Vou ao
cinema, ou visito uma amiga que já me pediu que passasse lá para conversarmos e que sei estar
precisando muito de atenção neste momento?
Enfim, fazemos muitas escolhas e qual o critério que eu estou usando quando as faço? Penso
apenas no meu prazer pessoal, ou procuro ajudar alguém e assim sinto não apenas uma satisfação
momentânea, mas algo maior, interior, que chega a parecer felicidade?
Certamente vim para este planeta, para este país, para a minha família, por razões sérias e
significativas. Não por um mero acaso. Sendo assim, preciso encarar cada instante que estou por
aqui, com responsabilidade, não esquecendo que tudo o que fizer, ou deixar de fazer, terá uma
consequência que será vivida por mim mesma, em algum lugar.
Os caminhos se apresentam e cada um tem pontos positivos e negativos, para minha apreciação.
Mas já percebi que se eu estiver bem atenta e ligada ao divino, vou tendo sinais de pra onde ir,
do que escolher e principalmente do como agir em cada circunstância.
Não foi sempre assim... Entrei em muitos atalhos, em caminhos que hoje não entraria, mas tenho a
consciência de que naquela época era o melhor que podia fazer. Mesmo sendo errados me
ensinaram. Certamente precisei daquelas experiências, apesar de dolorosas, para aprender, para
crescer um pouco.
Sinto hoje que estar presente no que faço, seja algo muito simples, ou muito difícil e complicado,
é imprescindível para que me perceba realmente vivendo aquela experiência. Os mestres espirituais
de todos os tempos sempre ensinaram isso, mas eu acho que muitos poucos de nós procuramos
viver dessa forma. E eu confesso que ainda estou tentando aprender. Frequentemente me pego
pensando no futuro, preocupada com situações que nem tenho a certeza de que realmente
viverei... Desperdiçando minha energia inutilmente, pois não posso garantir nada, além do que
estou vivendo agora, enquanto escrevo.
Costumo exercitar o estar atento várias vezes durante o dia. Procurando ouvir o canto dos
pássaros - será que estão cantando? O barulho corriqueiro do tráfego, a fala de pessoas ao
longe... Tentando sentir-me, verdadeiramente: Estou alegre, triste, feliz, desanimada? E por que
razões?
Quando consigo viver dessa forma, me sinto mais viva e consistente. Imprimindo uma marca minha
àquele instante, consciente do que estou fazendo e de como estou executando cada ação.
 Chego à conclusão de que não importa tanto a grandiosidade e importância do que realizo, mais o quanto o faço de forma íntegra, leal, honesta, verdadeira. Tudo isso com relação a meus próprios valores. Preciso ter a coragem de ser, de expressar a minha singularidade, mesmo que isso seja apenas uma nuance sutil... Se eu vivo minha verdade, acrescento ao mundo algo especial, que é só meu e que dessa forma, só eu posso fazer! Ser reconhecida, ou não, pouco importa. A fama ou ausência dela não imprimem ao meu fazer qualquer grau de valor. O que eu preciso é ter a responsabilidade de viver a minha vida com lealdade e respeito pelo espírito imortal que sou e que passa pela Terra para aprender a servir melhor. Aí está a minha felicidade. O reconhecimento de que se cuido de um cão, ou de um hospital inteiro, preciso fazê-lo estando integralmente presente em cada atitude que tome, para que minha energia possa imprimir, ali, um pouco de mim... Acredito que isto é pensar em viver deixando um legado, não apenas passando um tempo por aqui e partindo, vazio de contentamento, por não ter realmente vivido, mas apenas existido.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

TÉCNICA DE REGRESSÃO

Retirado do livro "Guia Prático de Regressão a Vidas Passadas", de Florence Wagner McClain, Ed. Siciliano)

Feche os olhos. Fixe sua atenção nas pálpebras. Deixe suas pálpebras relaxarem.

Fixe a atenção no couro cabeludo (pausa). Perceba se há algum músculo tenso. Relaxe o couro cabeludo. Solte cada músculo para que seu couro cabeludo fique completamente relaxado. (pausa)

Fixe sua atenção no rosto (pausa). Perceba se há algum músculo tenso. Relaxe o músculo do rosto.

Fixe sua atenção nos maxilares (pausa). Relaxe o pescoço.

Fixe sua atenção nas mãos. Perceba todos os músculos e nervos da sua mão. Deixe que cada músculo, cada nervo, cada célula, fique completamente relaxado.

Fixe sua atenção no peito (pausa). Deixe que cada célula funcione de forma normal, rítmica. Deixe seu peito completamente relaxado (pausa).

Fixe sua atenção no abdome (pausa). Deixe seu abdome completamente relaxado (pausa).

Fixe sua atenção nas pernas (pausa). Perceba se há algum músculo tenso. Deixe que elas fiquem bem relaxadas.

Fixe sua atenção nos pés. Perceba se há algum músculo tenso (pausa). Relaxe os pés. Deixe que seus pés fiquem totalmente relaxados.

2ª Etapa para o relaxamento

Seus pés não fazem mais parte do seu corpo.

Fique alheio a suas pernas. Faça de conta que elas não pertencem mais ao seu corpo. Avise-me quando estiver conseguido isto. (pausa para a resposta). Muito bem; seus pés, suas pernas e seu abdome não pertencem mais ao seu corpo.

Fique alheio a seu peito. Faça de conta que ele não pertence mais a seu corpo. Levará somente um momento. Ótimo, seus pés, pernas, abdome e peito não pertencem mais a seu corpo.

Agora imagine-se parado em frente ao local onde mora atualmente. Avise-me quando estiver lá. (pausa para a resposta). Ótimo. Agora descreva a fachada. Diga-me o que você veria se estivesse parado em frente ao local onde mora atualmente (pausa para uma pequena descrição). Em que estação do ano estamos? É outono? Bom. É inverno? Levará somente um momento. Descreva as modificações que ocorrem no local e nas redondezas durante o inverno. (pausa para uma pequena resposta).

1ª etapa para a regressão

Imagine-se em frente à porta de sua casa. Imagine-se abrindo a porta. Imagine que a porta se abre para um longo túnel, no fim da qual existe uma luz. Vou contar de 20 a 1. A cada número, imagine-se andando pelo túnel em direção à luz e voltando para o tempo até o período anterior a este. Quando eu chegar ao número 1, você sairá do túnel para a luz, e para a vida anterior a essa.

20 (pausa), 19 (pausa), 18, andando em direção à luz e voltando no tempo para a vida anterior a essa, 17 (pausa), 16 (pausa), 15, andando em direção da luz, e voltando no tempo, 15, 14 (pausa), 13 (pausa), 12, 11, 10, 9...quando eu chegar a 1 você estará na vida anterior a essa, 8 (pausa), 7 (pausa), 6, voltando no tempo, 5 (pausa), 4 (pausa), 3, quando chegar no 1, você sairá do túnel para a luz e para a vida anterior a essa, 2 (pausa), 1. Você está no período anterior a esse.

Mentalmente, olhe através de seus olhos e ouça através de seus ouvidos. Olhe, mentalmente para seus pés. O que você está usando em seus pés? (pausa para a resposta; então continue com as perguntas):
Como está vestido?
Qual a sua idade?
Você é homem ou mulher?
Qual seu nome? (primeiro nome que lhe vem a sua mente)
Descreva o ambiente em que está
Em que parte do mundo você se encontra?
Você sabe em que ano ou época está?
Como é sua mãe?
Como você se sente em relação a ela? Vocês têm um bom relacionamento?
Como é o seu pai?
Como você se sente em relação a ele?
Tem irmãos?
Você tem amigos íntimos?
Examine um dia de sua vida. Levará somente um momento. Como você passa seu tempo?

Adiante-se até o período em que você tinha aproximadamente cinco anos mais, quando contava ____ anos de idade. Levará somente um momento. Você sentirá o tempo passando como a corrente de ar das páginas de um calendário quando folhadas rapidamente. Diga-me assim que estiver lá.
Mentalmente, olhe através de seus olhos e ouça através de seus ouvidos.

Onde você se encontra e que o que está fazendo?
Você é casado (a)?
Tem filhos?
Acredita numa força maior?
Pertence a alguma religião?
Como você se sente em relação à vida espiritual?
Você é feliz?

Examine os 10, 15, 20 anos seguintes (o que for mais adequado para a idade em que a pessoa está, neste ponto da regressão). Conte-me qualquer acontecimento importante ou realização que você gostaria de compartilhar.
Há alguma coisa em especial que gostaria de fazer e não conseguiu?

Há alguma coisa que tenha feito do qual sinta orgulho especial?

(........)

Agora guie a pessoa para outra vida.

Volte no tempo, até o período anterior a este. Levará somente um momento. Diga-me assim que estiver lá. Você chegará mais ou menos aos doze anos.

Faça as mesmas perguntas. Se o tempo permitir, vocês ainda podem visitar outras vidas.

Quando você estiver pronto para encerrar a sessão, diga: Vou contar de 1 a 5. Quando eu disser "cinco" você abrirá os olhos no aqui e agora, sentindo-se alerta e renovado. Traga todas as coisas que possam ser benéficas, deixando para trás as que lhe sejam prejudiciais.

1 - 2 - 3 , quando eu contar até cinco você estará em sua vida atual, como _____________________, sentindo-se renovado e alerta, 4 - 5, olhos

terça-feira, 13 de outubro de 2015

O CAMINHO DO MEIO E O PRAZER DE VIVER

O caminho do meio e o prazer de viver
por Rodrigo Durante


Na estressante rotina de nossas vidas, quase nunca temos tempo ou todas as condições
necessárias para fazer tudo o que gostaríamos. Vamos estabelecendo prioridades muitas vezes ao
ponto em que negligenciamos completamente aquilo que nos dá prazer para cumprirmos com o
nosso dever.
Para agravar mais a situação, existem ainda mecanismos internos que construímos em milênios de
encarnações neste planeta extremamente repressores, senão totalmente proibidores do prazer.
Dogmas religiosos, rejeições e autodesvalorização, culpas e autocondenação, desmerecimento,
raiva de si mesmo, carências afetivas, autoinferiorização, vergonha, medos, traumas, enfim, tudo
isso que em algum momento de nossa existência podemos ter sentido e ficou registrado em nosso
inconsciente serve de combustível para este poderoso mecanismo autossabotador atuar na
manifestação de nossa realidade.
Pelos mais variados e até por vezes nobres motivos, vamos dando prioridade às urgências, às
nossas contas, às tarefas domésticas e mesmo com muita boa vontade em cumprir com nossas
obrigações, às vezes chegamos a um ponto onde nos sentimos sufocantemente sobrecarregados
com uma vida que limitou-se à resolução de problemas e atenção única e exclusiva à necessidade
dos outros. Nossos prazeres e alegrias de antigamente parecem um sonho cada vez mais distante,
assim como qualquer nova oportunidade de fazer algo agradável. Entramos numa rotina de
encontrar apenas caminhos fechados para aquilo que nos faz bem, enquanto os caminhos para o
cumprimento das obrigações vão ficando cada vez mais complicados e desgastantes. Tudo nos
parece um fardo, recusamos convites para coisas boas, apenas para evitar o transtorno enquanto
buscamos transformar nossa raiva em disposição para enfrentarmos as lutas da vida. Assim, nosso
descontentamento aumenta, parece que quanto maior a provação, maior nossa disposição em
cobrar "dos céus" por alguma solução.
Vamos nos perdendo neste novo personagem triste e limitado que rejeita totalmente seu presente,
criando inconscientemente o hábito de ser feliz em um futuro imaginado. Nosso mundo mental se
torna mais atrativo que o físico, despercebidamente tirando-nos da realidade que fomos Criados
para viver. As origens disto estão em nós mesmos e são tão profundas que nem percebemos o
quanto nós colaboramos para permanecer neste padrão.
É desnecessário dizer a infinidade de complicações que sofremos por causa disso, desde angústias
insones a problemas físicos que podem até nos levar à morte. Também pudera, se é isso mesmo
que estamos fazendo com a gente: matando-nos aos poucos. Aprisionamos nosso coração em
barreiras imaginárias à realização, negamo-nos o direito a felicidade, a expressão de nosso Ser e a
quem realmente somos. Não há alma que queira ficar em um mundo destes onde tudo nos é
proibido.
Criamos a separação e a reforçamos a cada dia com todas as justificativas possíveis, sempre
buscando restaurar a superioridade de nosso ego. Para manter um mínimo de autoestima, criamos
um sistema de crenças onde nos sentimos especiais por sermos tão resignados, esforçados e
batalhadores, até criticamos aqueles que têm uma vida mais fácil que a nossa. As críticas
externas são uma maneira dos inseguros que se prenderam em uma realidade ruim e sustentada
por crenças de se sentirem mais certos a respeito de si mesmos.
Por mais estranho que isso pareça, a aceitação incondicional dos deveres é parte integrante da
cura. Viemos cumprindo com nossa parte diligentemente, enquanto interiormente, criávamos
resistências a estas obrigações tão distantes do que gostaríamos de estar fazendo e, assim, gerando negatividades e mais sufocos a cada dia, mesmo que inconscientemente. Tornamo-nos explosivos, frágeis e sensíveis à menor oscilação em nossa rotina já tão sacrificadamente levada adiante. Qualquer lâmpada que queima em casa já nos parece de uma dificuldade enorme, algo que irá nos causar muito mais problemas. Então nos fechamos em nossa insalubridade espiritual e adoecemos, em um chamado desesperado de nossa alma para nosso despertar. Infelizmente, precisamos chegar no limite para olharmos para dentro, para libertar, resgatar e reintegrar os pedacinhos de nossa alma que foram ficando pelo caminho. É assim que vamos restaurando nossa identidade, nossas preferências e vontades que muitas vezes ficaram escondidas em camadas e camadas de privações. Para quem passa por isso, mesmo para aqueles que de tanta repressão nem sabem mais o que gostariam de fazer, existe uma prática muito boa para restaurarmos o gosto pela vida e permitirmos que a chama em nosso coração se acenda novamente, além de abrir novamente os caminhos para que a vida nos traga cada vez mais experiências gostosas de participar: é transformar uma atividade simples em uma experiência espiritual. Primeiramente, reserve um tempo para si. Pode ser o intervalo para um cafezinho no meio da tarde em sua empresa. Respire fundo, sinta seu corpo, sinta o quanto você merece este tempo. Ofereça um café a si mesmo reverenciando o ser Divino que você é. Sinta cada aspecto deste café, o aroma, a temperatura, o sabor, o ambiente protegido, a cadeira para você sentar, enfim, tudo de bom deste momento. Parabenize-se pelo dinheiro que você tem na carteira para comprar este café. Sinta como é bom fazer algo por si mesmo, sinta gratidão por você poder fazer o que você quer. Sinta gratidão por um momento como este em sua vida, tão bom e tão acessível. Sinta gratidão por todos os sincronismos que o universo organizou para lhe proporcionar este momento. Sinta como seu Ser é capaz de lhe trazer muitas coisas boas sem que você precise se esforçar para isso. Agora, sinta gratidão por você ser você, exatamente do jeito que você é. Sinta como o universo e você estão ligados, foi isso que lhe proporcionou toda esta experiência. Que tal foi tomar este cafezinho nesta nova dimensão? Já relaxou e voltou ao seu Eu natural, não foi? Pode fazer isso com tudo, andando na rua e reparando no verde da sua cidade, prestando atenção em como o sol aquece a sua pele, sentindo uma brisa fresca no rosto ou apenas respirando. Tudo isso nada mais é do que aprender a relaxar e a usar a mente a nosso favor. Com o passar dos dias este hábito cultivado de estar presente vai se tornando mais natural e espontâneo. O tempo e agrados que você reserva a si podem ser cada vez maiores, um cinema, um presentinho, uma Terapia Multidimensional... No entanto, outros desafios podem surgir. Nesta etapa, é normal criarmos uma aversão a limites, alguns trabalhos ou situações "obrigatórias", aquelas que a vida nos apresenta sem nos pedir permissão. O medo ainda pode nos obrigar a controlar as coisas, ainda sugere que existe algo no futuro que pode nos fazer voltar a sermos como antes, infelizes ou que não possa ser amado. Então, acontece algo que temos que lidar um pouco diferente do que imaginávamos e imediatamente rejeitamos a situação, já nos desesperamos, afloram raivas, inseguranças, revoltas, vitimismo e lá se vai nossa paz de espírito novamente, desta vez não pela autonegação, mas pelo medo de nos perdermos novamente. E, assim, este novo ciclo pode se perpetuar, os medos e raivas com que enfrentamos o momento presente vão criando um futuro muito distante do desejado. Ainda não percebemos que o único motivo para nossa insatisfação é nossa recusa em aceitar e amar. Para seguirmos adiante no processo, é necessário, então, reconhecer um medo oculto de aceitar que a vida é exatamente aquilo que se apresenta a nós no momento presente. Um medo de que se vivermos o aqui-agora com todo nosso amor e atenção estaremos abrindo mão de um futuro que nossa mente considera o que há de melhor para nós. Há uma dúvida torturante sobre o que realmente temos controle e, neste caso, nitidamente o medo tem vencido a razão. Pois se o esistências a estas obrigações tão distantes do que gostaríamos de estar fazendo e, assim,
gerando negatividades e mais sufocos a cada dia, mesmo que inconscientemente. Tornamo-nos
explosivos, frágeis e sensíveis à menor oscilação em nossa rotina já tão sacrificadamente levada
adiante. Qualquer lâmpada que queima em casa já nos parece de uma dificuldade enorme, algo
que irá nos causar muito mais problemas. Então nos fechamos em nossa insalubridade espiritual e
adoecemos, em um chamado desesperado de nossa alma para nosso despertar.
Infelizmente, precisamos chegar no limite para olharmos para dentro, para libertar, resgatar e
reintegrar os pedacinhos de nossa alma que foram ficando pelo caminho. É assim que vamos
restaurando nossa identidade, nossas preferências e vontades que muitas vezes ficaram
escondidas em camadas e camadas de privações. Para quem passa por isso, mesmo para aqueles
que de tanta repressão nem sabem mais o que gostariam de fazer, existe uma prática muito boa
para restaurarmos o gosto pela vida e permitirmos que a chama em nosso coração se acenda
novamente, além de abrir novamente os caminhos para que a vida nos traga cada vez mais
experiências gostosas de participar: é transformar uma atividade simples em uma experiência
espiritual.
Primeiramente, reserve um tempo para si. Pode ser o intervalo para um cafezinho no meio da tarde
em sua empresa. Respire fundo, sinta seu corpo, sinta o quanto você merece este tempo. Ofereça
um café a si mesmo reverenciando o ser Divino que você é. Sinta cada aspecto deste café, o
aroma, a temperatura, o sabor, o ambiente protegido, a cadeira para você sentar, enfim, tudo de
bom deste momento. Parabenize-se pelo dinheiro que você tem na carteira para comprar este
café. Sinta como é bom fazer algo por si mesmo, sinta gratidão por você poder fazer o que você
quer. Sinta gratidão por um momento como este em sua vida, tão bom e tão acessível. Sinta
gratidão por todos os sincronismos que o universo organizou para lhe proporcionar este momento.
Sinta como seu Ser é capaz de lhe trazer muitas coisas boas sem que você precise se esforçar
para isso. Agora, sinta gratidão por você ser você, exatamente do jeito que você é. Sinta como o
universo e você estão ligados, foi isso que lhe proporcionou toda esta experiência. Que tal foi
tomar este cafezinho nesta nova dimensão? Já relaxou e voltou ao seu Eu natural, não foi? Pode
fazer isso com tudo, andando na rua e reparando no verde da sua cidade, prestando atenção em
como o sol aquece a sua pele, sentindo uma brisa fresca no rosto ou apenas respirando. Tudo isso
nada mais é do que aprender a relaxar e a usar a mente a nosso favor. Com o passar dos dias
este hábito cultivado de estar presente vai se tornando mais natural e espontâneo. O tempo e
agrados que você reserva a si podem ser cada vez maiores, um cinema, um presentinho, uma
Terapia Multidimensional...
No entanto, outros desafios podem surgir. Nesta etapa, é normal criarmos uma aversão a limites,
alguns trabalhos ou situações "obrigatórias", aquelas que a vida nos apresenta sem nos pedir
permissão. O medo ainda pode nos obrigar a controlar as coisas, ainda sugere que existe algo no
futuro que pode nos fazer voltar a sermos como antes, infelizes ou que não possa ser amado.
Então, acontece algo que temos que lidar um pouco diferente do que imaginávamos e
imediatamente rejeitamos a situação, já nos desesperamos, afloram raivas, inseguranças, revoltas,
vitimismo e lá se vai nossa paz de espírito novamente, desta vez não pela autonegação, mas pelo
medo de nos perdermos novamente.
E, assim, este novo ciclo pode se perpetuar, os medos e raivas com que enfrentamos o momento
presente vão criando um futuro muito distante do desejado. Ainda não percebemos que o único
motivo para nossa insatisfação é nossa recusa em aceitar e amar.
Para seguirmos adiante no processo, é necessário, então, reconhecer um medo oculto de aceitar
que a vida é exatamente aquilo que se apresenta a nós no momento presente. Um medo de que
se vivermos o aqui-agora com todo nosso amor e atenção estaremos abrindo mão de um futuro
que nossa mente considera o que há de melhor para nós. Há uma dúvida torturante sobre o que
realmente temos controle e, neste caso, nitidamente o medo tem vencido a razão. Pois se o
futuro depende de como vivemos o nosso presente, é óbvio que se abrirmos mão da ilusão de
controle que nosso mental traz e nos dedicarmos com o máximo de nosso potencial de amor e
aceitação ao aqui e agora, por mais insignificante que esta tarefa possa parecer, nosso futuro
será o melhor que jamais pudemos sonhar.
Existe um equilíbrio a ser encontrado entre o aceitar e o querer. Quem só faz o que quer resistindo
àquilo que a vida inesperadamente lhe traz acaba preso ao próprio vazio interno em um caminho
infinito de busca por si mesmo fora de si, como um cachorro correndo eternamente atrás do
próprio rabo, cada vez mais cansado, agressivo e infeliz. E não falo apenas de tarefas ou
situações que a vida nos traz, mas também de alguns momentos sozinhos, do silêncio, da falta do
que fazer... tudo isso nos serve de lição para nos aprofundarmos em nosso âmago e buscarmos
nossa essência novamente.
Nosso mecanismo de busca da felicidade através da satisfação de desejos é tão limitado e inferior
à plenitude do Ser que quem vive apenas para satisfazer-se apresenta nítidos sintomas de
imaturidade e desequilíbrio espiritual, de máscaras, orgulhos e defesas vaidosas para seus medos
ocultos. Ainda assim, como a palavra já diz, a plenitude engloba também este mecanismo de
desejar e conseguir, pois a plenitude do Ser é a própria Unidade, não julga, não rejeita, não
separa... nada fica de fora. Por isso, nossas preferências pessoais não devem ser negadas, pois
são sagradas como qualquer outra parte da Criação.
O segredo para encontrar o equilíbrio está, então, em abrir o coração para tudo o que a vida nos
apresenta, sem nos negar o prazer das pequenas efemeridades do dia a dia. Estando conscientes
de que nada disso curará feridas ou preencherá algum vazio existencial, será através da busca da
satisfação destes pequenos prazeres que nosso coração nos guiará para a verdadeira felicidade.
Talvez ainda tenhamos algum aprendizado entre uma alegria e outra, mas a vida tem seus
mecanismos para nos despertar, não precisamos nos preocupar gastando uma energia enorme
buscando fazer o trabalho que cabe à própria vida fazer. Viver com cem por cento de fé e cem
por cento de entrega já é o suficiente, aliás, é o melhor que podemos fazer.
E, assim, vamos a cada dia aprendendo a amar mais e mais. Não devemos temer as surpresas da
vida, precisamos compreender que as dificuldades ou mesmo os simples deveres de nossa rotina
tudo têm a ver com o nosso propósito, eles estão cheios de lições importantes que nos fazem
amadurecer, transcender limitações, tomar conhecimento de nossas capacidades, expandir nossa
consciência além de nos colocar em um novo patamar de amor, sabedoria e realização. Cada
imprevisto que nos cutuca em um medo ou ferida é uma oportunidade de expandir nossos
horizontes, de dissolvermos nossas barreiras e nos tornarmos novamente Unos com tudo o que há.
Os desejos neste estado tornam-se um pouco diferentes pois na Unidade não temos mais os
vazios necessários para gerá-los. Podemos, então, considerar os desejos como simples escolhas.
Na plenitude do Ser, tudo é bom, tudo é a própria vivificação do paraíso e não há mais
necessidade de escolher nada. Porém, neste mundo ela ainda existe, temos que escolher se
viramos à direita ou à esquerda, o menu do jantar, as roupas que vamos vestir, o novo emprego
que estão nos oferecendo e um monte de outras coisas. A maquinação e estratégias do mental,
no entanto, vão perdendo suas funções na medida em que vamos alinhando nosso sistema de
crenças e modos de agir com a Presença Divina em nosso coração. As escolhas tornam-se cada
vez mais sentidas do que pensadas, a própria vida nos apresenta as opções e tudo o que temos
que fazer é sentir e escolher.
Equilíbrio é tudo na vida, é o que nos mantém na direção certa e de menor resistência: o caminho
do meio. É onde mais somos ajudados e onde mais estamos em condições de ajudar o próximo,
cumprindo assim com nosso dever como seres humanos. O ser humano foi criado para a vida em
sociedade, para um servir ao outro, não ao ego do outro, mas ao Uno, ao Todo, a Criação. A boa
ação é instintiva em nós, diferente da maldade que é gerada sempre de um medo ou ignorância, a
bondade é nosso estado de maturidade natural. Fora deste equilíbrio, nossos interesses e ações
sempre tenderão para o ego, para o benefício próprio inconsciente, para a separação. O caminho
do meio permite a pura ação, Deus se manifestando através de nós. Dever e prazer, então,
passam a andar sempre juntos pois, se feito com o coração em aceitação e entrega, o dever
também se torna um prazer, sendo mais uma oportunidade para amar.
Namastê!

ROMANCE,UMA BUSCA DE SONHOS QUE PODE NOS AJUDAR A DESPERTAR

Romance, uma busca de sonhos que pode nos ajudar
a despertar
por Isha



Cada vez que pensava que ia ser "feliz para sempre" em uma relação, esta sensação nunca durava
mais que seis semanas, às vezes um pouco mais. Próximo deste tempo sempre começavam as
queixas: "por que não pôs a tampa da pasta de dentes?", "se ele realmente me ama por que não
presta mais atenção em mim?".
Logo todas as expectativas se transformam em sonhos destroçados e, em pouco tempo,
começamos a ver coisas que não gostamos, ou em outras palavras - e o que eu considero a
contribuição mais importante disto - começamos a ver a nós mesmos. E aí vai minha pergunta:
"Como pode amar o outro se não ama a si mesmo?". A resposta é: não pode, pelo menos não pode
amar incondicionalmente.
Você não pode amar alguém incondicionalmente até que não sinta amor incondicional por si
mesmo, porque, em última instância, terminará julgando o outro nas mesmas coisas que julga em si
mesmo, não aceitará as coisas no outro que não aceita em si mesmo. Isto não significa que todas
as relações são em vão ou que deixemos de tentar, não é isto o que estou dizendo, mas sim
significa que temos que prestar atenção à relação mais importante que temos em nossas vidas: a
relação conosco mesmos e recordar que aquelas coisas, que não gostamos de nosso espelho mais
próximo, estão provavelmente em nós mesmos, em algum lugar.
Com frequência, a relação conosco mesmos a postergamos até depois de termos cumprido nossa
relação com o resto do mundo. Pensamos que amar a si mesmo é egoísta. No entanto, até que
não aprendamos a amar a nós mesmos, nossas relações estarão cheias de necessidade e
codependência. É a necessidade que nos leva à conexão, quando sentimos que precisamos de
alguém (ou algo) para sermos felizes, isso nos atrai ao outro. E a isso agregamos o controle,
achamos que devemos controlar quem nos sentimos atraídos, por esta necessidade e porque
nossa felicidade depende de sua presença, assegurar-nos que cumprirão com nossas
necessidades.
É assim que o controle dá lugar à manipulação e a todos os truques que nos garantam, de acordo
com o aprendido, obter aquilo que queremos. Mas onde está o amor nisso tudo? Manipulação e
controle não procedem do amor, mas estão cheios de medo. Estamos jogando estes jogos, tudo
para encobrir o medo ao abandono e à rejeição.
Quando você ama a si próprio, suas relações são honestas e transparentes, não há medo de
perder e você pode ser real e se mostrar exatamente como é, o que dá ao outro a liberdade para
fazer o mesmo.
Esta honestidade é a base de uma verdadeira relação de amor e assim não é o medo o que rege a
relação, mas a aceitação e a verdade. E com isto vem uma grande liberdade e a capacidade de
desfrutar realmente da presença dos demais. Achamos que se não controlamos nosso apego
vamos perder, mas na realidade acontece o contrário, quando o amor é sem condições, inclusive
se o outro não está a seu lado, se sentirá mais próximo dele do que nunca.
Este é o poder do amor incondicional, da verdade, da honestidade, da segurança interna que
cresce a cada dia e não apenas nas relações românticas, mas nas relações com todos e seu
entorno. Outro passo para uma melhor qualidade de vida em paz, em amor, em alegria e em
liberdade.

REAGIR OU ESCOLHER

Reagir ou escolher
:: Rubia A. Dantés ::


Na medida em que nos aprofundamos no caminho do autoconhecimento e, vamos nos tornando mais fortes, vez
por outra nos deparamos com situações das quais temos vontade de fugir... e muitas vezes até fazemos isso
porque ali pode estar representado o que é o nosso maior medo, no momento... no entanto, pode esconder
também mais uma chave no caminho que nos leva de volta para casa.
Olhar para tudo com amor só pode vir a partir do ponto que nos amamos... e esse amor se dá no momento em
que nos conhecemos e nos abraçamos por inteiro, com nossa luz e nossa sombra. Resistir a entrar em contato
com o mundo das sombras é como resistir a entrar em contato com a nossa totalidade.
Pensamos que ao não entrarmos em contato estamos nos vendo livres da sombra; é um equívoco que nos impede
de nos conhecer por inteiro. Com isso, estamos dando o controle das nossas vidas a essa parte que nos leva a
reagir e não a escolher.
Quantas vezes fazemos algo e depois nos arrependemos, e depois fazemos de novo e novamente nos
arrependemos, mas parece que não conseguimos nos controlar em determinadas situações... Isso é só uma
reação automática às nossas memórias que decidem o que podemos e o que não podemos viver e geralmente
essas decisões das memórias só fazem nos limitar e prender até o ponto em que, se não fizermos algo, parece
que não vamos suportar, e o que parece ruim e até negativo, quando olhado de frente, sem medo, muitas vezes
nos revela presentes inesperados.
Taxamos muitas coisas de ruins e outras de boas e tentamos evitar umas e entrar em contato com as outras,
mas... para sermos felizes e inteiros devemos abraçar todas as nossas partes, acolhendo todos os sentimentos,
observar onde eles nos levam e o que precisamos limpar aqui e ali... Todas elas têm um presente para nós.
Se os presentes das partes que consideramos boas são óbvios... os presentes das partes que consideramos ruins
e que preferimos não entrar em contato podem ser surpreendentes.
Imagine, por exemplo, que em algum tempo bem antigo, você viveu uma experiência de manifestar seus Dons ou
de Amor incondicional ou qualquer parte da sua natureza, muito positiva, e que sofreu por isso uma grande dor...
Para evitar repetir a dor, você se protege de sofrer de novo o que o levou a sofrer... Só que a proteção também o
impede de viver o que estava antes da dor.
Mas como a Alma sempre chama, até o ponto em que não mais há jeito de não seguir, quando buscamos Ser,
todo registro que um dia nos afastou de nós mesmos também se manifesta tentando nos fazer voltar ao estado
não desperto.
É nessa hora que temos que ter coragem, força e... com amor e suavidade acolher todas as nossas partes, limpar
as memórias de medo, dor, culpa e trazer à Luz tudo que está sendo escondido pela sombra.
Enquanto estamos sob efeito das memórias, somos um joguete que é levado daqui para ali, porque a nossa parte
consciente é só uma pequena parte se comparada com o inconsciente e, no inconsciente, estão crenças que
brigam entre si comandando uma vida onde somos como robôs que só sabe obedecer o comando que vem das
memórias. Pensamos que estamos no controle quando, somos controlados... não vivemos, apenas reagimos.
Ao trabalhar com a sombra, podemos nos surpreender com os presentes que, então, chegam para nós...
E um dos mais preciosos é que, a partir de então, podemos fazer escolhas mais conscientes e não só, reagir à
vida.
Quando nos dispomos a aceitar e a trabalhar o que nos chega, temos condições de tomar a ação correta, no
momento. Podemos escolher com consciência que caminhos queremos seguir, porque nos conhecemos e
sabemos o que é da nossa natureza e o que não é...

SONHAR COM A PRÓPRIA MORTE

Sonhar com a própria
morte
:: Silvia Malamud ::


Sonhar com a própria morte pode ser indício de que
algo precisa ser urgentemente modificado em sua
vida. Alguma coisa importante em você precisa ser
libertada e é tão séria que a sua mente entende como
se fosse a sua própria morte, ou quem sabe, a morte
do personagem que você mesmo criou para lidar com
a vida, mas que já não lhe serve mais.
Por outro lado, se acaso acordar como se o sonho
fosse algo muito real, ainda sentindo medo ou
preocupação, pode ser sinal de que está prestes a
passar por alguma situação onde fatalmente terá que
se desvencilhar de velhos padrões e de questões importantes. Neste caso específico, será exatamente o oposto
de morrer, ou seja, será a cura de uma situação com a possibilidade de passar por um renascimento em sua
vida.
Os mais sensíveis podem ter a mensagem da morte de alguém, já as pessoas mais idosas ou mesmo as muito
adoecidas podem, através de sonhos dessa ordem, estar se preparando para a própria morte.
Existem muitos relatos sobre sonhar com seu próprio enterro, o que também denotaria necessidade de
atenção. Devemos estar cientes de que tudo o que aparece em nossos sonhos somos nós mesmos quem
criamos, então, no caso do sonho com o próprio enterro, podemos pensar que temos vários aspectos que não
estamos dando a devida atenção.
Pesquise e observe de verdade o que lhe traz medo a ponto de você sonhar com a sua própria morte. Lembrese:
A morte como simbolismo também significa transcendência e não obrigatoriamente finitude.
A solução dos seus conflitos está dentro de você e, no caso de sonhar com a própria morte, o pedido é para
que se use toda a energia de vida para fora. Freud relacionava o instinto de morte com a energia investida para
dentro de nós. Nossas potencialidades não experimentadas.
Se pensarmos em algo mais transcendente, também pode ser o acesso a algum recado simbólico que as
nossas mentes quânticas, que tudo sabem e que são atemporais, nos dão. Pode ser um aviso de que uma
grande transformação está prestes a ocorrer em sua vida: mudança de emprego? Separação? Algum novo
encontro inaugurará uma nova vida enterrando de vez a sua vida anterior?
Ao ler estas possibilidades, se acaso passar por algum sonho dessa ordem, sugiro que pare por alguns
instantes e que escute a sua voz interior. Veja o recado que ela lhe oferece. Atente- se, pois algo novo vem na
sua vida ou você precisa fazer alguma alteração em suas atitudes. Seja qual for a resposta, sonhar com a
própria morte sempre é indício de mudança. No geral, é um sinal de vida para quem almeja estar plenamente
vivo. Esse tipo de sonho nos dá o recado de que a vida jamais pode se manter paralisada e que você está
totalmente vivo, e o melhor, em movimento.
Abra espaço para mais esta transformação em sua vida e aprecie a viagem. A aventura das nossas
experiências terrenas fazem o colorido da nossa existência. Aproveite o seu melhor agora, com a consciência
de que algo vai acontecer ou que você vai transformar.