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domingo, 22 de agosto de 2010

CAPÍTULO III

Nos momentos de perigo é fundamental manter a paz de espírito,embora o ideal fosse conseguir a ausência do corpo...Como era possível estar em paz quando uma mulher, atirada em cima de uma cama bem doente,com um filho recém nascido chorando de fome,frio e uma outra menina de um ano e meio também muito doente com febre alta...Essa era a situação de Isoí no começo de sua maternidade.Num único cômodo,morrendo de pneumonia dupla e com dois filhos ainda bebês para alimentá-los,trocá-los,enfim,protegê-los daquele agosto gelado e úmido!Se não fosse a ajuda de vizinhos ela com certeza não sobreviveria.Mas a providência divina sempre dá um jeito.A vizinhança era gente boa e todos se uniram para lhes alcançar um prato de comida,fazer mamadeira para os bebês e trocá-los,fazer a injeção de antibióticos nela e na menina,enfim,alcançar a medicação para combater a sua pneumonia e a bronquite da menina.Por isso esses percalços da vida no início de sua experiência de mãe foi crucial para que ela se tornasse muito revoltada com o tipo de vida que levava e com a maternidade propriamente dita.Eu a compreendia muito,quando ela me relatava essas situações tristes.E por isso a desculpava por todos os absurdos que ela fazia com a vida e com os filhos.Procurava vê-la como uma "menina violentada"em todos os seus sonhos íntimos...e,para se defender dessa violência ela respondia com brutalidade e ignorância.Tem uma tese que toda pessoa que sofreu violência se torna amarga,de mal com vida...Essa foi a mãe que conheci.Às vezes ela me surpreendia cantarolando alguma música.Tinha uma voz linda! As suas amizades tornaram gente da família,pois ela os convidara para "compadres".Alguns me batizaram em casa, outros na Igreja.A tia Eva não podia ser madrinha de ninguém pois era separada do marido e a Igreja,naquela época,não permitia.Minha tia Eva era uma pessoa incrível!Sempre de bom humor,fazia dos problemas uma verdadeira comédia.Estava pronta para qualquer programa.Não tinha tempo feio.Ela estava sempre alegre,bem maquiada,bem perfumada,enamorada da vida!Pois,o vizinho de Isoí que era o "ferreiro"cuja a esposa era alcoólatra,ficara viúvo.E tia Eva não perdeu tempo, já juntara os "trapinhos" com ele.Isoí ficou furiosa com essa atitude de tia Eva.Ficaram de mal por algum tempo.Depois resolveram fazer as pazes.Isoí já estava morando em outro lugar,agora com dois cômodos.

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