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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O noivado de minha mãe...

A mãe continuava cuidando de suas irmãs mais novas,meu avô já se mostrava muito doente...as manias eram tantas que minha bisavó sempre interagia junto às netas,principalmente minha mãe,que era a filha "bastarda",istó é,ele simplesmente a detestava.Meu avô queria muito bem as outras filhas,mas minha mãe ele a maltratava tanto que às vezes ele a corria de casa... Já tinha todos os sinais de DEMÊNCIA! E minha bisavó ainda rogava-lhe muitas pragas.Dizia que já estava chegando o momento do castigo final..."morrer louco" num hospício!Depois de muito sofrimento,meu avô finalmente estava fora de controle e andava feito um "bicho"pelos matos arrancando maricá e outros arbustos com as mãos.Estava irreconhecível,sujo,barbudo,cabeludo e com os olhos de uma ferocidade incrível...Minha mãe chorou muito ao vê-lo nesse estado,quando os policiais descobriram-no,era uma fera ferida e acuada que amedrontava a todos.Botaram-lhe uma "camisa de força" e despacharam-no no primeiro trem de Santa Maria para Porto Alegre,onde seria internado no Hospital de Doentes Mentais,o São Pedro.A mãe foi até a estação para acompanhá-lo,mas não deixaram ela chegar perto dele...só se ouvia os gritos estridentes que ecoavam por toda a Estação Férrea!De volta para a casa o esquema mudou,ela e suas irmãs mais novas foram morar com os irmãos casados.A mãe foi para casa de tia Joana e as outras foram morar com a bisavó,pois o tio Walter não tinha espaço para elas,enfim,ele não queria se responsabilizar pelas meninas "mimadas"que eram muito desobedientes...A mãe então se instalou na casa da Tia Joana, sua irmã mais velha,começou outra jornada: cuidar dos sobrinhos,pois eram muitos e pequenos...a tia tinha um filho em cada ano!Às vezes recebiam notícias do meu avô através de cartas que o hospital mandava,e,todas as cartas a mãe tinha esperanças da sua recuperação.Um dia veio a notícia fatal...ele falecera e fora enterrado como um mendingo,pois a família ficou sabendo quase uma semana após a morte...eles não tiveram outra alternativa e enterraram-no sem nenhuma cerimônia,como um doente abandonado!A mãe ficou muito emocionada com a notícia que meu pai,já oficialmente seu namorado,e,estava no Quartel, iria para a Guerra na Itália e resolvera ficar noiva aos 14 anos..Ele colocou uma aliança na mão dela e partiu...talvez não voltasse mais!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Menina sobrevive à queda de avião...

http://www.youtube.com/watch?v=bLZQO7Yjmdc

domingo, 21 de fevereiro de 2010

CICLOS DA VIDA

Esse texto diz tudo!

Ciclos em nossas vidas

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final..
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração..
.... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era e se transforme em quem é.

Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..

E lembra-te :

“Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão”
(Fernando Pessoa)

Esse texto de Fernando Pessoa traduz exatamente o meu pensamento em relação as perdas da vida...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Hora cruel...

No meio das tarefas domésticas,a mãe lembrou de momentos muito cruéis...os últimos dias de minha avó Maria.Ela contou com detalhes que minha avó morreu de Tuberculose que naquela época era incurável.Dizia ela: tua avó definhava na cama,ficou pele e osso,muito fraquinha...Tua bisavó dava a ela diariamente gemada de ovo de pato com vinho do Porto,diziam que era um excelente fortificante,mas,mesmo assim ela estava muito debilitada,pois "vomitava" muito sangue.Eu ficava com ela o tempo todo,limpando-a...Um dia ela acordou bem disposta,querendo levantar da cama e me disse que era para eu casar com o teu pai,ele seria um ótimo marido.Me pediu várias vezes para eu jurar que me casaria com ele,eu apenas confirmei que iria cumprir o seu desejo,contrariando o meu pai,que já nem vinha mais para casa.Teu avô era um homem muito ruim...dizia ser de princípios,de caráter e etc...Tua bisavó dizia que ele era um "louco" e,que um dia ele iria para um "hospício",pois era um perigo estar no convívio das pessoas.Ela tinha ódio dele e lhe rogava muitas "pragas".Ela dizia que não iria morrer sem vê-lo internado num "Manicômio"...Mas voltando a doença da tua avó,ela ficou um bom tempo se definhando na cama até que chegou a hora fatal...eram seis horas...Era a hora da AVE MARIA,nós todos fazendo preces diante do seu leito,quando ela abriu os olhos por um instantes deu um largo sorriso e fechou-os para nunca mais abrí-los...Foi muito triste e muito lindo ao mesmo tempo!Eu tinha doze anos naquela época.Fiquei cuidando do meu pai e de duas irmãs mais novas,pois eu era a primeira filha do segundo casamento de tua avó. Sim,tua avó ficou viúva muito nova e se casou novamente.Do primeiro casamento ela teve um casal de filhos,que são os teus tios Walter e Joana.Esses se criaram com a tua bisavó que não aprovava o casamento de tua avó. Ela dizia que teu avô era descendente de cigano,segundo ela, um povo traiçoeiro e ruim...Mas tua avó se apaixonara por ele e em seguida engravidou de mim,aí o "bicho" pegou...Diante desse fato,além de namorar às escondidas ,havia uma barriga que iria crescer...Foi nesse momento que ela entrou em desespero e se envenenou.Ela tomou uma boa quantia de "soda cáustica" e caiu desmaiada na frente de um quartel...Foi minha sorte e dela,pois nos socorreram imediatamente.Um soldado que estava na frente do quartel levantou ela e procurou socorro."Quando não é a hora...e quando Deus risca ninguém rabisca...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Burocracia...

Hoje,dia 18/02- perdi a tarde inteira registrando meu blog para Ad Sense...é muito complicado!Ninguém merece ficar adivinhando asquelas letrinhas dos códigos para registros de senhas e, quando dá errado...fiquei com vontade de quebrar o teclado,kkkkkkkkkkkk!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Continuando...

Minha mãe foi uma pessoa muito importante na minha vida...ela teve muita influência no meu sucesso e nos meus fracassos...Mas,como eu digo: ela não era nem boa nem ruim.Era fruto de uma infância e juventude muito sofrida,e,continuando com alguns capítulos de sua história,uma vez ela estava passando roupas,engomando o uniforme de meu pai,me olhou e começou a contar sobre o seu namoro com o meu pai...Ela disse:começamos a namorar muito cedo.Eu tinha oito anos e ele quinze...era empregado da minha avó,ele ajudava a vó no bar e na pensão.Tua bisavó tinha bar e pensão,isto é,ela cozinhava para o bar e tinha clientes que compravam suas refeições através das "viandas ou marmitas".E teu pai ajudava a entregar as roupas que ela lavava e as marmitas com almoço e janta...Nós morávamos nos fundos de tua bisavó e ali começamos a nos olhar enfim...Um dia, eu estava bem nos fundos do quintal de tua avó,pois os terrenos eram enormes e um fazia fundos com outro e a frente deles era para ruas paralelas,quer dizer nós morávamos em ruas diferentes,mas,nos avizinhávamos através dos fundos dos terrenos.Haviam muitos pés de laranjas,bergamotas,enfim,era um grande pomar!Eu estava justamente urinando perto de uma pitangueira e casualmente teu pai estava cortando lenha por ali e ele me viu, me atirou uma pedra,dizendo que ali não era banheiro...Eu fiquei tão indignada com ele...não queria mais vê-lo...tinha vontade de esganá-lo.Penso que foi daquela raiva que nasceu o amor!Um fato interessante e grotesco de se iniciar um romance,mas,naquele tempo tudo era possível...Começaram a se gostar no momento que brigaram ou melhor que travaram uma relação de repúdio um com o outro.Ela continuou a me contar detalhes que ninguém da casa sabia do namoro,apenas minha avó Maria,sua mãe,que desconfiava da presença do meu pai sempre no fundo do quintal,varrendo ou limpando o pomar...Um dia tua avó adoeceu muito e ela me falou do meu namoro com o teu pai.Fiquei sem saber o que dizer,então ela me tranquilizou.Me disse que era a favor do nosso namoro,pois teu pai apesar de não ter família era um rapaz muito bom e que iria ser um excelente marido...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Continuando...

Minha mãe era mesmo uma "figuraça",me ensinou a Retidão: EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA...Me ensinou a Lógica e a Hierarquia: POR QUE EU DIGO QUE É ASSIM E PONTO FINAL...QEM É QUE MANDA AQUI?Me deu muita Motivação: CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA CHORAR...Me ensinou a Contradição: FECHA A BOCA E COME...Me ensinou a ser Paciente: ESPERA SÓ O TEU PAI CHEGAR EM CASA...E foi assim que me educou para a vida,mas ela não teve culpa,ela nos passou a educação que ela teve.Era uma mulher muito sofrida,maltratada,rejeitada,enfim todo o tipo de trauma ela teve na sua infância.Um dia,sentou-se perto da minha cama onde ardia em febre e começou a relatar fatos absurdos de sua infância...fatos de violência,pragas e perseguição.Dizia ela:eu tinha oito anos quando vi minha mãe com o rosto sangrando havia apanhado do meu pai novamente...Minha avó que era um pouco bruxa,queria matá-lo com um machado na mão...que angústia!Ela querendo arrombar a porta onde nós todos estávamos sendo massacrados pelo meu pai...eu gritava muito,por isso apanhava mais...Outra vez,conseguimos escapar dele e fomos dormir num matagal e ele nos procurou toda a noite como um cachorro nos farejando e nós com sede,fome e frio passamos a noite numa mata fechada,onde havia bichos do mato que ameaçavam nos atacar...Minha avó sempre foi contra o casamento de minha mãe com o meu pai...ele era um cigano moreno com cara de ruim!E minha avó dizia que ele iria morrer louco de tanta judiaria que ele nos fazia...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

RESPOSTAS...

Em resposta à pergunta que me fizeram,lembro a figura de minha mãe...mulher forte,guerreira e muito massacrada pela vida.Ela descarregava suas frustações nos filhos,principalmente em mim que era mulher e uma menina muito doente.Lembro do jeito que ela me educou...me ensinou a ser muito "submissa". Ela nunca teve a liberdade que tanto queria.Tinha "asco" vergonha de ser mulher.Dizia que vida de mulher é sofrimento puro,dizia que numa próxima encarnação queria ser homem...Ah! minha mãe!Hoje lhe tenho pena!E,gostaria mesmo que o tempo voltasse para que eu pudesse lhe transmitir o quanto sou feliz sendo mulher.Tudo que sempre precisei saber,aprendi com minha mãe.Apesar de suas lições de revoltas e insatifações, estou viva até hoje.Nos dias atuais a educação dos filhos é bem diferente...por exemplo: minha mãe me ensinou a valorizar o sorriso - "ME RESPONDE DE NOVO E EU LHE ARREBENTO OS DENTES!"