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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

QUER MUDAR O MUNDO? COMECE POR VOCÊ...



Quer mudar o mundo? Comece por você...
 por Suellen Barone | Publicado em 22/06/2016


Taí uma frase clichê. Quem já não ouviu isso antes?
Quem de nós nunca quis que as coisas fossem diferentes, que as pessoas fossem diferentes, que o mundo mudasse?
"Ah se meu chefe não fosse tão intransigente, se meu marido fosse mais atencioso, se meus pais fossem mais compreensivos"!
Parece que todo mundo quer mudar alguém ou alguma coisa. Mas, como diria Albert Einstein, "loucura mesmo é você fazer as mesmas coisas esperando outros resultados". E o que isso tem a ver com a mudança dos outros?
Explico: quando a gente fica apontando o dedo para os defeitos do outro, para os erros dele, para os seus pontos fracos, isso é projeção. Quando fazemos isso estamos fazendo mais do mesmo. Estamos apontando os erros esperando que a pessoa mude, "conserte". Nós fazemos isso com a crença de que as pessoas se transformem a fim de atender às nossas vontades e expectativas.
É o comportamento padrão. Só que você já deve ter percebido que isso não é muito eficaz, né? Poucas vezes funciona de verdade. O dito cujo com defeito pode até mudar na hora, porque ele quer lhe agradar, mas não consegue manter isso por muito tempo se a vontade não partiu dele. Como não é sincero, nem genuíno, não se sustenta.
Às vezes, coincide de a gente querer que a pessoa mude e ela também sentir essa vontade. Neste caso, ela toma a decisão de mudar porque também está querendo evoluir. Aí, sim, a transformação realmente acontece.
Fato é que ninguém quer receber críticas. Quando criticamos criamos barreiras em vez de pontes. A reação mais imediata, geralmente, é a pessoa criticada não aceitar o dedo que lhe cutuca a ferida. Muito poucas vezes a pessoa aceita o julgamento de bom grado. A forma como você fala, inclusive, influencia muitíssimo no resultado. Ser assertivo nessas horas ajuda bastante.
No final, as pessoas só aceitam expandir sua consciência e mudar quando se sentem motivadas e dispostas.
O que fazer, então? O óbvio. Mas nem sempre o mais praticado. Mudemos a nós mesmos! Acredite ou não, quando você muda, o mundo muda.
E como se faz isso? Alterando o seu diálogo interno, o seu padrão mental. Todo pensamento gera emoções. Essas emoções exalam energia que gera vibrações ao seu redor e as vibrações se materializam!
O Universo é constituído de frequência, energia e vibração. Quando eu mudo a minha vibração, por meio do meu diálogo interno, e começo a me importar comigo, com a minha vida, com as minhas emoções, eu estou cuidando de mim. Quando eu falo mal do outro, quando faço fofocas, quando critico ou reclamo, estou baixando a minha vibração. Experimente passar um dia sem falar mal de nada e sem reclamar. Quando você se incomoda com o outro, é alguma coisa em você que está sendo afetada. Fuja de falar mal, de ficar só nos pontos negativos. Olhe o lado bom. Somos espelho dos nossos pensamentos.
Geralmente, aquilo que você não gosta no outro é porque você está se negando a enxergar em você mesmo. Quando está tão incomodado com o que estão fazendo, tenha certeza de que algo parecido está lhe incomodando no seu interior, só que você não quer ver, então é mais fácil jogar para fora e dizer que o problema não é seu, mas dele.
E como mudar a sua vibração?
Primeiro, mudando os seus pensamentos! Pare de falar mal de si mesmo, ame‐se, pare de se criticar, de se cobrar, se aceite, tenha mais autocompaixão, aceite as suas dificuldades, levante a bola dos seus pontos fortes e, naturalmente, você começará a ser mais auto-compassivo. E quando você muda o outro muda também.
Afinal, se você começou a fazer algo diferente o resultado tem que ser outro, concorda? É quase matemático. A pessoa reagia de uma forma porque ela estava acostumada com um certo você.
Mas quando você muda o seu comportamento, não tem mais como ela reagir da mesma maneira.
E se no fim das contas você mudar e a outra pessoa continuar com o mesmo padrão de comportamento, de duas umas: ou ela se afastará, já que as vibrações não são compatíveis, ou você não se incomodará mais com ela, independente do que ela faça, e isso deixará de ser um problema. Quando estamos bem, tudo muda. O Universo é pura energia.
Quando eu mudo, até quem está longe sente. A questão é que olhamos para o outro querendo que ele mude antes.
Primeiro, sejamos luz!

QUANDO SOFREMOS DESNECESSARIAMENTE



Quando sofremos desnecessariamente - por Bel Cesar


Segundo os ensinamentos tibetanos, os cavalos dividem-­se em quatro categorias: os excelentes,  que  nem  precisam  apanhar  para  seguir  uma  ordem,  pois  já  se  movem com  a  sombra  do  chicote;  os  bons,  que  se  movem  com  uma  leve  chicotada;  os medíocres,  que  não  se  movem  enquanto  não  sentirem  a  dor  da  chicotada;  e finalmente,  os  péssimos,  que  esperam  a  dor  da  chicotada  penetrar  até  o  meio  dos ossos para então se moverem. Quem não se identifica com uma destas quatro categorias no modo como leva a vida para não  repetir  os mesmos  erros  que  causam  sofrimento?  Infelizmente, muitos  de nós sofrem além do necessário para aprender as lições da vida.
No  entanto,  se  quisermos  ser  excelentes  na  arte  de  superar  o  sofrimento, teremos que remover o preconceito de que somos péssimos. Pois, o importante é aprender a estar desperto. Estar desperto é aprender a habilidade de ser sincero consigo mesmo. Ser desperto é estar completo: libertar-­se da tendência de buscar a luz e negar a sombra. Jean­Yves Leloup em seu livro “Além da Luz e da sombra” (Ed. Vozes) escreve: “O que é preciso visar, sempre, é a libertação do contrário. Um dos sinais de maturidade em nossa vida ordinária é quando os  contrários aparecem  como  complementares. Nesta visão, não se necessitam opor anjos e demônios, mas se necessita ultrapassar uns e outros”.
No tradicional  livro  Bardo  Thodol  ­  O  Livro  Tibetano  dos  Mortos,  há  um importante ensinamento  sobre  como  superar  o  julgamento  de  ser  bom  ou  ruim  para  nos libertarmos  do  ciclo  morrer  e  renascer  em  sofrimento:  “Não  olhe  para  nenhum  dos pratos da balança. Vá além do seu karma, seja ele positivo ou negativo. Lembre-­se que a Clara Luz está além das conseqüências dos seus atos”.
Esse  ensinamento nos diz que  sofremos,  não porque  somos  ruins  e merecemos  ser punidos  com  as  “chicotadas”  da  vida,  mas  sim  porque  não  reconhecemos  a  causa verdadeira de nossa dor: estamos apegados ao sofrimento e precisamos aprender a ir além  dele.  Então,  pergunte-­se  agora,  com  toda  sinceridade:  “Será  que  eu  estou sofrendo desnecessariamente”?
A resposta será sim se nos dermos conta de que evitávamos reconhecer que estamos sofrendo neste mesmo instante. Evitamos  reconhecer o sofrimento para não ter que lidar com ele, mas é ao reconhecê-­lo que daremos os primeiros passos para superá­- lo.
A  percepção  da  dor  nos  poupa  de  sentirmos  mais  dor.  Mesmo  que  doa,  é  o  ato  de perceber  a  dor  que  faz  com  que  ela  se  dissolva.  É  sadio  sofrer,  mas  apenas  o necessário, o natural. O que não é sadio é negar a dor ou senti-­la sem querer aceitá-­ la. A  sinceridade  é  um  antivírus  para  as  interferências  interiores  e  exteriores.  Pois quando somos sinceros não damos rodeios. Sermos diretos faz com que nossa energia se torne bem focada para vermos com clareza o que se passa dentro e fora de nós. Assim, não necessitaremos mais nos iludir para  suportar uma situação difícil de  ser aceita.  A sinceridade  nos  dá  coragem  e  abertura  para  lidar  com  qualquer  situação, agradável ou desagradável. Desta forma, nos abrimos para o mundo. A falta de foco é um  modo  de  nos  protegermos  das  exigências  do  mundo,  de adiarmos  o  modo  de como será nossa participação nele.
Se  estivermos  sofrendo  pela  mesma  dor  há  muito  tempo,  já  será  hora  de  nos desapegarmos  dela.  Será  apenas  necessário  sentirmos  a  dor  enquanto  estivermos aprendendo com ela mais a nosso próprio respeito. Uma forma de ampliarmos a visão de nós mesmos.
A natureza da dor de uma emoção é  rápida, dura pouco. Se ela  continuar presente depois de um tempo prolongado é porque a estamos invocando em demasia. É melhor pararmos de invocar essa dor e abrirmo-­nos para o desconhecido, perguntando-­nos: “Como serei sem esta dor”? Muitas vezes, assim que nos sentimos alegres, passamos a sentir insegurança. Quem já  não  disse  para  si  mesmo  a frase,  “É  bom  demais  para  ser verdade”.  Eis  porque preferimos  a  dor:  sentimo- nos  infelizmente  seguros  com  ela.  Sofrer  pode  se tornar um  hábito!  Precisamos,  então,  treinar  para  reconhecer  o  nosso   bem estar.  Treinar para tomar decisões baseados na alegria. Quando  nos familiarizamos  com certa  dor, tornamo-­nos  dependentes  dela  para  nos sentirmos  seguros. Se  quisermos mudar, temos  que  começar  a fazer  algo  diferente em nosso dia-­a-­dia. O poder de decisão de sair de uma dor surge com a percepção de que estamos sofrendo desnecessariamente!
Delza  e Luciane  de  Mello  escreveram  um  livro,  “Ressaca  Emocional”  (Ed.  Novo Milênio),  sobre  o  motivo  porque  as  pessoas  sofrem  mais  que  o  necessário.  Elas escrevem:  “Ao  ressaquista falta prática, falta dedicar-­se a algo, falta encontrar algo que lhe toque o  coração, que o motive a crescer, a ser melhor e maior. Por que as pessoas  sofrem  mais  que  o  necessário?  Porque  elas têm  medo  de  assumir,  muitas vezes  para  si  mesmas,  o  que  elas  realmente  querem,  onde desejam  chegar.  As pessoas  sofrem porque  não  sabem  quem  são  e,  consequentemente,  do  que  são capazes.”
Muitas  vezes  encontramos  justificativas  nobres  para  não  mudar,  quando,  na realidade, estamos é precisando ser mais sinceros com nossa fraqueza. Sofremos  desnecessariamente  porque  somos  inflexíveis,  controladores  e  temos dificuldade para lidar com a imperfeição.
Quando algo que julgávamos  certo e estável desaparece,  como um  relacionamento, um  emprego  ou  nosso  estado  de  saúde,  sentimos  um  grande  vazio. 
Podemos  nos revoltar,  culpar  os  outros  ou  lamentar  nosso  destino,  mas  se não  quisermos  sofrer desnecessariamente  teremos  que  reconhecer  que  erramos  ao  esperar  que  as mudanças em nossa vida fossem previsíveis! É natural contar com um certo grau de previsibilidade para nos sentirmos seguros, mas precisamos aceitar o fato de que não podemos controlar os eventos da vida. Podemos treinar  para  nos  arriscarmos  a  escolher  o  desconhecido  quando  sentirmos curiosidade  por  nossa  própria  capacidade  de  atuação.  Por  exemplo,  nos  propondo: “Quero  só  ver  como  vou  me  oferecer  o  melhor  nesta  situação  desconhecida.  Estou curiosa para ver como não irei me abandonar desta vez”

O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA AUTOESTIMA


O processo de construção da autoestima -  por Patricia Marques Barros |
 Publicado em 23/11/2016

A construção da autoestima é um processo que dura a vida inteira. Ou vidas, para aqueles que acreditam na reencarnação. Claro, pois a autoestima depende do autoconhecimento e este processo não tem fim. Como dizia Sócrates, “conhece‐te a ti mesmo”. Inclusive, o homem é o único ser vivo que tem consciência da própria existência. Sartre dizia que as coisas físicas apenas são “em si mesmas”, mas o homem também é “por si mesmo”. Sartre prossegue afirmando que a existência humana precede sozinha qualquer sentido. O fato de ser é anterior àquilo que sou. “A existência precede a essência”, disse ele. Com “essência” queremos dizer aquilo que está contido em algo, a natureza de uma coisa ou ser. Mas, segundo Sartre, o homem não possui algo como uma “natureza” inata. O homem precisa, portanto, criar a si mesmo. Ele deve criar sua própria natureza, ou “essência”, porque ela não lhe é dada de antemão.
Respeitosamente discordo de Sartre, pois acredito que o ser humano tem uma essência divina. Porém, é inegável a importância do pensamento existencialista. O ser humano tem que fazer escolhas, escolher os caminhos que trilhará na vida. Neste sentido, dizia Sartre que “O homem está condenado a ser livre. Condenado porque ele não criou a si, e ainda assim é livre. Pois, tão logo é atirado ao mundo torna‐se responsável por tudo o que faz”.
A liberdade do homem, no entanto, nos impele a nos tornarmos alguma coisa, a uma existência “autêntica” e verdadeira. (Fonte: “O Mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder)
A auto‐observação leva ao reconhecimento de que todos temos uma “sombra”, conceito de Jung. E abraçar a própria sombra, aceitar‐se profunda e completamente não é um processo rápido ou fácil. O primeiro passo é admitir que tenho características que não aceito em mim mesma. O segundo passo pode ser reconhecer que nenhuma característica é realmente negativa. Se eu sempre reprimi a minha própria raiva, por exemplo, isto faz muito mal. Posso entrar em depressão ou ter episódios de explosão emocional, de agressividade súbita, inesperada. Ou ambos. A raiva é uma reação contra uma injustiça, é uma energia que nos impulsiona a agir. Então, esta é uma energia que pode ser canalizada de modo positivo. Segundo Aristóteles, o ideal é ficar com raiva da pessoa certa, no momento certo, pela razão certa, do jeito certo. É claro que isto não é nada fácil.
Outro exemplo: a repressão da própria sexualidade. Ora, a energia sexual é divina, é a energia da vida! Então, é claro que esta energia, direcionada de forma correta, é positiva, dá bons frutos. A vida surge daí, a espiritualidade e o amor se desenvolvem a partir daí… Muitas vezes somos muito duros com nós mesmos. Cada um de nós precisa aprender a ser seu melhor amigo.
Também é necessário sair do papel de vítima. Existem mais duas facetas da vítima: o algoz e o salvador. Nos relacionamentos vítima – salvador ou vítima – algoz existe dependência. Então o caminho é encontrar a sua força interior, tornar‐se uma pessoa verdadeiramente independente, inteira. Segundo Rilke, nós não devemos fugir da solitude, ou seja, uma solidão na qual nos sentimos completos. Já dizia o poeta, que o ideal é a união de duas solitudes. Mais: acredito que só assim o amor pode dar certo. Que coisa horrível dizer para um(a) namorado(a): “Você é uma parte de mim! Não posso viver sem você!” Isto pode até parecer uma declaração de amor, mas não é. É apenas apego, a demonstração de um sentimento de dependência. Se o outro por acaso for embora, precisamos continuar vivendo, temos que nos sentir inteiros… Nada de sentir que me falta um pedaço! Embora muitas vezes a sensação seja justamente esta… Então o trabalho é juntar os meus “caquinhos”, juntar os pedaços de mim mesma(o) e seguir em frente mais plena(o), mais inteira(o), mais forte. Afinal, “o que não me mata me torna mais forte”, não é verdade?
Outra coisa muito importante é resgatar a criança, o adolescente que há dentro de nós. O que você gostava de fazer quando era criança ou adolescente? Desenhar, cantar, dançar, praticar algum esporte? Que tal revisitar antigos sonhos, voltar a praticar alguma atividade da qual você goste? É preciso buscar o que alimenta a alma! Quantas pessoas estão insatisfeitas no trabalho? Que tal pensar em um “plano B” e nos passos que dará para chegar lá?
Também devemos ir além dos rótulos, deixar de lado o que os outros pensam, dar valor às nossas próprias opiniões. Afinal, os outros frequentemente estão errados! A nossa sociedade muitas vezes está errada, está doente em vários aspectos… “A massa é ignorante”, é o que dizem. Então, é importante “não ir com o rebanho”, ter os seus próprios valores. É inquestionável que na nossa sociedade há a inversão de valores! Se nós pararmos para pensar é o que está ocorrendo! Os amores são líquidos (Sugestão de leitura: obra "Amor Líquido" ‐ sobre a fragilidade dos laços humanos, de Zigmunt Bauman), valoriza‐se a aparência, o “ter” em detrimento do “ser”...
Já fiz alguma observação sobre a espiritualidade anteriormente. Ora, a espiritualidade abrange o reconhecimento de que sou um(a) filho(a) de Deus. É o que nos ensinam mestres da Seicho‐no‐ie. Isto é fundamental para a autoestima, lembrar que sou um(a) filho(a) de Deus e que, portanto, a minha essência é divina. Na minha essência, sou perfeito(a), feito(a) à imagem e semelhança de Deus!
Finalmente, sou apenas uma caminhante, como a maioria de vocês leitores. Depois de ler um pouco e fazer anos de terapia é até fácil escrever sobre o processo de construção da autoestima, outra coisa é trilhar o caminho, que não tem fim. Continuo caminhando...

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

VOCÊ É A METADE DE ALGUÉM E TAMBÉM ESTÁ SENDO PROCURADA

Você está pronta para ser encontrada?

por Rosana Braga


Este  é  o  título  deste  livro: Alma  Gêmea,  você  está  pronta  para  ser encontrada? Podemos  começar  com  uma  pergunta  mais  simples:  você  já  se  deu conta de que é a metade de alguém, de que é essa tão procurada “Alma Gêmea” de uma pessoa? Já parou para pensar que precisa estar pronta para ser amada quando essa  pessoa  chegar  e  que talvez  não  seja  você  quem  a  encontre, mas  sim  ela  que encontre você? Todos  estão  procurando  –  conscientemente  ou  não  –  por  sua Alma  Gêmea.  É  algo inerente ao ser humano, ao ser vivo.
Todos buscam uma parte que completa o todo, que dá à vida um sentido mais amplo e significativo. Mas são  realmente poucos, ou melhor, são raros os que estão se empenhando em tornar-­se a melhor metade a ser encontrada:  uma  metade  consciente,  madura,  serena,  bonita  por  fora  e, principalmente, por dentro... uma metade tranqüila, fiel ao outro, mas principalmente, fiel à si mesma, respeitando suas verdades, seus limites, suas “regras” (aquelas das quais falamos um pouco antes... sobre as características que se procura e as que se abomina). Uma metade que vale a pena ser encontrada é aquela que não se molda às regras do outro para ser passageiramente aceita. Ela sabe respeitar o hoje acima de tudo, mas conhece as exigências do amanhã: sabe que somente o que está baseado na verdade e na transparência pode durar até o amanhã. Portanto, creio que seja este o grande segredo, o princípio da busca: que você possa olhar para você mesmo e se conscientizar de que você é uma Alma Gêmea e de que existe  alguém,  neste  imenso  mundo,  que  está,  neste  momento,  procurando  por você... E a partir de então, reflita: o que você tem feito para cultivar o melhor que existe em você? Acha que já pode abrir as suas portas para a sua metade sem assustá-­la com um vazio ou uma escuridão inexplicável? Acha que já conhece bem os seus próprios caminhos, já poderia conduzir sua metade facilmente pelos seus tesouros internos? O que  teria  para  conquistá-­la,  envolvê-­la,  enfim,  para  encantá-­la  e  fazê-­la  sentir vontade de ficar por hoje, por mais alguns meses, alguns anos e até pela vida inteira?
Saiba  e  acredite:  você  não  pode  fazer  nada  disso,  ou  seja,  não  pode  encantar  ou envolver  ou  conquistar  quem  quer  que  seja  se  nem  você  mesma  conhece  os  seus encantos, a sua exclusividade, a sua capacidade de amar e recepcionar o outro. Como poderá mostrar à sua metade a pessoa especial que você é se nem você sabe, se não dedicou sua vida a se descobrir, a se conhecer, a desvendar suas particularidades...?
Você  espera  uma  Alma  Gêmea  interessante,  bonita,  inteligente,  encantadora, diferente,  carinhosa,  sincera...  mas  e  você?!  Tem  se  empenhado  em  crescer, aprender,  melhorar,  transmitir  o  “pedaço”  precioso  que  existe  em  você  (e  só  em você)? Exigir que a vida nos dê o melhor é o que temos feito sempre. Mas precisamos olhar para dentro de nós e perguntarmos o que é que temos dado à vida para merecermos o melhor. Sim! Porque é preciso merecer para ter! O Universo é absolutamente justo e temos somente aquilo que merecemos, por mais que seja doloroso admitirmos isso em algumas circunstâncias...

VOCÊ JÁ SE RELACIONOU COM UM NARCISISTA PERVERSO?

Você já se relacionou com um Narcisista Perverso?

por Silvia Malamud


Aqui estão alguns breves relatos, questionamentos de alguns pacientes e de pessoas queridas que constantemente me enviam suas dúvidas pela via da internet, incluindo algumas considerações da minha parte a  respeito deste difícil tema. Desejo que tais relatos e discussões possam beneficiar o despertamento e fortalecimento da vida.
Narcisismo  perverso  é  um  tema  extremamente  necessário  de  ser  conhecido.  Um relacionamento  pode  ser  violento,  altamente  destrutivo  e  perverso  mesmo silenciosamente,  quando  se  está  diante  de  um  narcisista  perverso.  Eu  já  vivi  esse inferno. É um inferno solitário porque a personalidade encantadora dos narcisistas não permite,  primeiro,  a  nós,  compreender  o  abuso  que  passamos.  E,  depois,  quando compreendemos,  a  sedução  do narcisista  torna  suas  vítimas  desacreditadas  diante dos  outros.  O  discurso  perverso  é  hábil  em inverter  os  polos  e jogar  para  a  vítima toda  a  culpa,  a  vergonha,  a  confusão  e  a  loucura.  Mas  saí  dessa  com  vida  ­­  sim porque  ela  é  posta  em  risco  paulatinamente  nesses  relacionamentos. Revelação  de Renata Gama, jornalista, sobrevivente.
Se  a  vítima  não  consegue  se  salvar, todo  mundo  acredita  na  história  contada  pelo narcisista e por quem está em volta, que nem de longe imagina o que acontece nos bastidores. E mesmo quando consegue se libertar, ainda muitas vezes também pode se causar dúvidas sobre quem de fato seria vítima ou o vilão. Quem nunca ouviu falar a  respeito  deste  tipo  perverso  de  manipulação  emocional,  muitas  vezes  fica tendencioso a acreditar no narcisista pelo grau de encantamento  e  sedução que ele exerce sobre todos, o que aliás é a sua marca  registrada. Acostumado a jogar sujo, inverte  verdades  se  colocando  como  o  coitado  das  histórias  por  não  ter  sido reconhecido nos supostos bons tratos e cuidados que espalha aos quatro ventos, que teve  com  a  parceria  afetiva.  Para  as  vítimas,  são  vivências  enlouquecedoras  e extremamente  crueis  que  apenas  aquele  que  viveu  e  chegou  no fundo  de  um  poço aparentemente  sem  possibilidade  de  resgate  é  que  sabe  do perigo  real  que  pode significar esse tipo devastador de relacionamento. Por ainda não saber deste tipo de manipulação perversa, as vitimas correm o risco de serem mal interpretadas  e não poucas  vezes  são  vistas  com maus  olhos  por terem estragado com relacionamentos onde a unidade familiar parecia ser perfeita aos olhos da sociedade.
Eu  passei  muito tempo  tentando  convencer  as  pessoas,  sobre  a  real  dimensão  da minha  situação  e  descobri  ser  quase  impossível,  a  não  ser  que  a  outra  pessoa  já tenha  passado  por  alguma  situação  similar  ou  já  conheça  e  saiba  que  este tipo  de manipulação e tortura psicológica existem. A única opção que eu tive foi a de romper para me salvar, para salvar a minha vida, mesmo sabendo que a possibilidade de ser acreditada  era  praticamente  nula. Relato  de  paciente  que  não  quis  ter  seu  nome revelado. Precisei ser a rainha do gelo para não sucumbir ao olhar dos outros e mesmo assim continuar sendo sensível, até que aos poucos fui me encontrando mais e mais através da  terapia  e  também  pude  me  encontrar  com  outras  pessoas  que  igualmente passaram por isso e que antes eu achava que não existiam. Relato de paciente. 'Como as vítimas deste tipo de abuso emocional correm  risco severo de perderem a sua  identidade  e  tiveram  de  alguma  forma  sua  vida  roubada,  podem  tentar  se autorrecuperarem abusando de outras pessoas? Talvez não seja uma atitude que ela consiga  perceber.  No  entanto,  na tentativa  de  autorresgate,  apropria-­se  da  vida  de outro alguém (amizade, filhos, por exemplo) para se sentir liberta, pois dentro da sua relação  abusador ­abusada  não  conseguirá  até  se  determinar  a  isso. Daniele Marchionno Resposta para este tipo de dúvida que pode ocorrer: penso que seria uma espécie de dependência emocional exatamente porque no período onde a identidade ainda não se encontra  resgatada,  até  se  poderia  inconscientemente  fazer  uso  indevido  da identidade do outro para preencher um vazio ainda não preenchido quando as partes da  própria  personalidade  ainda  não  foram  iluminadas  novamente  e  nem amalgamadas. Quanto mais despertos, melhor!

O QUE VOCÊ ANDA ENXERGANDO?

O que você anda enxergando?

por Andrea Pavlovitsch


Assisti um filme chamado "Truque de Mestre" outro dia e uma frase me encucou. Um "mágico" fazia um truque de cartas e falou "Olhe para as cartas, tente entender o truque. Quanto mais de perto você olhar, menos você vai ver". A frase me chamou muito a atenção e ela se explica ao longo do filme, mas me fez pensar em outros aspectos.
A pior hora para se resolver um problema é quando você está dentro dele. Já reparou como é fácil resolver a vida da sua amiga, do seu irmão ou da sua vizinha? Em 10 minutos de conversa você já enxergou todos os pormenores. Já achou meia dúzia de soluções e não entende porque a pessoa está tão aflita. É olhar a vida do lado de fora. Afastar‐se como se não fosse com você e criar a tal empatia real. Ir para trás no tempo, para entender as atitudes das pessoas. Movimentar‐se no espaço, entender o lugar que aquilo ocupa.
Não estamos estagnados, mas nos sentimos árvores. Julgamos munidos de um sistema fechado de crenças que não admitimos mudar ou ver de outra maneira. Mas tenho uma surpresa incômoda para você, meu amigo: nem tudo o que você pensa é real. Na verdade, bem pouco é. Porque vivemos pelas crenças e não pela realidade em si. E para ver a realidade é preciso se afastar.
Veja você além de você, como se estivesse analisando a vida de um amigo. O que você diria para esse amigo sobre as questões dele? Como você o aconselharia? Você avaliaria o passado e o que o levou a fazer determinadas escolhas? Você analisaria como ele se colocou naquela situação? Se seu amigo fosse uma criança, tomando decisões, você seria duro com ele pelas suas escolhas erradas? Você xingaria? Bateria? Culparia seu amigo pelos erros dele e jogaria isso na cara dele todo santo dia? Nunca, né?
Do amigo estamos afastados emocionalmente e seguros. Mas fazemos todas essas coisas com a gente mesmo. Nos condenamos sem olhar o todo. Condenamos nossa criança pelas escolhas que ela fez num momento de fraqueza e medo. Olhamos para nós mesmos tão de perto, que nos perdemos.
Às vezes, é preciso se afastar. Ouvir, de verdade, algumas opiniões que nos ajudem. Escutar verdadeiramente os elogios. Eliminar qualquer crença que nos segura e fazer as pazes com o seu passado e com as pessoas e coisas envolvidas nele. Afaste‐se do problema se quer ver a solução. Deixe seu cérebro respirar longe daquilo. Ele vai continuar trabalhando em segundo plano na solução, não se preocupe.
E assim, olhando de longe, todas as soluções ficarão muito mais fáceis e acessíveis. "Quanto mais de perto você olhar, menos vai ver", mais vai olhar com olhos impregnados de você. Tire seus óculos, limpe a lente dos julgamentos e sinta. Sentir é sempre limpo. Seu corpo responde às suas emoções, então deixe ele falar. Respire e deixe passar. Afaste‐se do ego para enxergar o espírito. Tudo vai ficar bem mais fácil, acredite!

EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL DA IMPERMANÊNCIA

por Marcos Porto

Autotransformação é a característica central da vida em evolução. Poderá ser emocionante, assustadora, desgastante, provocar alegria ou tristeza, resistência ou entrega. Impermanência é sermos sábios na forma de como responder ao que vem e vai nesta dinâmica. Vamos lá refletir sobre o tema? Algumas tradições espirituais equiparam o mundo da impermanência com a dos infortúnios. Por outro lado, há os que consideram a decepção diante das adversidades como não sendo inerente ao mundo da impermanência. A decepção surge quando nos apegamos. Quando o apego desaparece, a impermanência não dá origem ao desalento. A resposta então, é lidarmos com o apego, não tentando escapar do mundo transitório.
É possível encontrarmos motivação na nossa autotransformação; é confiarmos na capacidade de desapego da mente, e assim encontrarmos nossa libertação na experiência espiritual da impermanência. A forma de controlarmos o apego é observarmos a natureza transitória sem nos apegarmos. Essa percepção pode nos mostrar a futilidade em tentarmos encontrar felicidade duradoura no que é impermanente, encorajando‐nos a examinarmos profundamente porque nos apegamos. Faz sentido?
Impermanência pode ser compreendida de diferentes maneiras. Desde o entendimento comum de impermanência, ou seja, o que não é permanente, sendo instável, e inconstante, nos dando compreensão da nossa percepção, do nosso enxergar intuitivo, da natureza de nós mesmos e assim a reflexão sobre impermanência nos levando à libertação.
O entendimento da impermanência é acessível a todos nós seres humanos espirituais criados na Graça do Ser Maior Criador Deus; entretanto estamos culturalmente presos aos paradigmas da velhice, doença e morte. Os processos mudam, vivemos em um planeta caracterizado pela transformação; assim é com as estações climáticas do ano, as mudanças político‐econômicas na sociedade, e até nossos sentimentos mudam.
Às vezes, percebendo que uma experiência é impermanente, podemos relaxar com a forma como ela é, incluindo o seu ir e vir. Outras vezes, percebendo que a mudança é inevitável nos ajuda a deixarmos ir, ao invés de nos agarrar em como as coisas são ou resistindo às transformações. Ao reconhecermos que somos todos iguais, estando sujeitos ao envelhecimento, doença e morte formamos a base para a compaixão conosco. Correto?
Embora possamos entender intelectualmente o fato da impermanência, não podemos senti‐la conosco como concreta. Resistimos emocionalmente à ideia. Nossa resistência à impermanência é a razão básica do porque a vida é tão frustrante. Tendemos a esperar que as coisas permaneçam como estão. Não gostamos que elas tenham um final, ou se transformem, mas isto sempre acontece.
Quando nossas expectativas são ilusórias, a frustração é inevitável, e nas mudanças nos sentimos inseguros e ressentidos. Essas emoções são dolorosas. Caso não houvesse impermanência, nada poderia acontecer.
A sabedoria poderá advir com a idade, e não apenas a partir da experiência de vida, mas também da consciência de que somos Alma e que a nossa vida no corpo físico é finita. Isso nos encoraja a olharmos atentamente para nossos valores espirituais. Elevação para o nível mais profundo de impermanência poderá nos revelar profunda sabedoria espiritual.
Mestre Jesus em sua Divina Sabedoria nos diz: “Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu onde nem a traça nem a ferrugem consomem e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver vosso tesouro, aí também estará o vosso coração”. Mt 6: 19‐21.
A experiência espiritual da impermanência nos ajuda a acessar sua dimensão menos perceptível, ou seja, nossa visão sobre o momento‐a‐momento da origem e cessação de toda experiência perceptível. Na plenitude de consciência, observamos tudo como em constante fluxo, até mesmo experiências que parecem persistentes. Percebemos que nosso apego e resistência têm muito pouco a ver com a própria experiência, pois principalmente nos apegamos a ideias e crenças, e não às experiências em si. Por exemplo, não nos apegamos ao dinheiro, mas às ideias do que o dinheiro significa para nós.
Não podemos resistir ao envelhecimento, tanto quanto resistimos em abrirmos mão dos conceitos enraizados em nós mesmos e em nossos corpos físicos. Um dos nossos apegos mais arraigados é para nossa, própria imagem e identidade. Na experiência mais profunda de consciência, vemos que a ideia de ‘própria’ é uma forma de apego a conceitos; na experiência espiritual da impermanência nada em nossa vivência direta poderá qualificar‐se como ‘própria’ para nos apegarmos. Como podemos perceber na impermanência, nada é real, para que possamos realmente nos agarrar. Está claro? Percebemos que nossas experiências não correspondem às nossas expectativas, crenças ou imagens e que a realidade é mais fluida do que quaisquer das nossas ideias sobre o assunto. Refletindo a experiência espiritual da impermanência desta forma, poderemos nos abrir para a libertação. O nível final libertador da experiência espiritual da impermanência é o movimento no sentido de deixarmos ir na dimensão mais profunda de nossa psique.