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terça-feira, 30 de novembro de 2010

EU SUPEREI MINHA DOR...

Era um lindo sábado de sol!O outono cobria a terra de folhas amareladas que davam um colorido todo especial ao dia que seria o meu casamento com aquele noivo adúltero...Abri a janela do meu quarto e olhei o céu azul,o sol dourado,tudo me convidava a viver,a levantar e sacudir a poeira.E,foi o que fiz.Tomei uma atitude muito inusitada e corajosa!Olhei meu vestido de noiva,o véu comprido bordado de flores de laranjeira.Lindo!Me vesti de noiva...Me olhei no espelho.Estava deslumbrante! Veio novamente a lembrança da tragédia.Um ponta de tristeza turvou a visão linda da noiva diante do espelho!Mas,não deixei uma gota de lágrima estragar aquele momento mágico...A Rejane me observava em silêncio na porta do meu quarto...Quando eu a vi pelo espelho,tive um enorme susto!Ela me incentivou numa idéia estranha e "macabra" que tive naquele momento...Fomos até a sua casa e lá novamente coloquei o vestido de noiva por cima do jeans e uma blusa simples que usava.Ela chamou um táxi.O motorista achou estranho uma noiva ir de taxi para a Igreja.Mas,quando soube que o nosso destino era um cemitério,ficou ainda mais apavorado!Tentamos acalmá-lo.Mas,quem precisava de muita calma era eu.Ele para disfarçar seu nervosismo,ligou um pequeno rádio de pilhas, que levava no taxi. Tocava um grande sucesso do momento: "I Started A Joke",com os Bee Gees.Essa música até hoje mexe comigo.Lembra aquele sábado,aquele último adeus que daria ao meu sonho.Ainda sinto uma grande emoção quando ouço essa música!Chegando no portão do cemitério,desembarcamos e o fomos procurar o túmulo dele.Eu havia anotado o número do túmulo num pedaço de papel ao abraçar a mãe dele durante missa de sétimo dia!Disse a ela que levaria umas flores no seu túmulo.Depois de várias voltas,encontramos finalmente o túmulo.Fiz uma oração,disse algumas palavras de despedida e fui me despindo aos poucos.Tirei primeiro o véu e a grinalda.Coloquei-a na cruz da cabeceira do túmulo.Depois o vestido,a aliança e o buquê...Deixei tudo bem arrumadinho.Ficou até muito bonito!Quando saimos,dei a última olhada e acenei com muitas lágrimas!Nunca mais voltei lá...E a música ficou na lembrança!

SUPERAR A DOR

Superar a dor
:: Elisabeth Cavalcante ::

Segundo os mestres budistas, a vida é constituída de duas matérias essenciais: o prazer e a dor. Desde muito cedo aprendemos a evitar qualquer experiência que nos cause sofrimento, e a buscar as que aumentem nossa sensação de prazer.

Como fazer, então, quando a vida nos apresentar situações que gerem dor? Se não temos o poder de evitá-la, precisamos aprender a lidar com ela de modo a transcendê-la.

Uma das formas de fazermos isto é permanecermos alertas e receptivos, para perceber o que aquela experiência pode nos ensinar. Ao invés de nos afundarmos na angústia e na infelicidade, podemos, sim, fazer de qualquer sofrimento uma vivência transformadora.

Mas esta capacidade ainda está inacessível para a maioria de nós. Infelizmente, muitos se mantêm por longos anos aprisionados à situação geradora de sofrimento, esquecendo-se de outra verdade inexorável acerca da existência: nada é permanente.

A dor e o sofrimento podem também ter um fim. Entretanto, este é um resultado que depende muito de nossa própria atitude. Eles só se tornarão permanentes, se nos agarrarmos a eles de maneira cega, sem permitir que qualquer outra realidade possa ser criada em nossa vida.

Precisamos desejar, com toda a força de nosso coração, vivenciar o outro lado da moeda e recuperar a alegria. Estes dois opostos são essenciais para que possamos viver em plenitude.

O sofrimento, por mais que neguemos, ensina-nos lições fundamentais, fortalece nosso espírito e traz à tona um poder interior que nem sonhávamos possuir. E a alegria, por sua vez, renova nossa conexão com a fonte inesgotável de amor, de onde tudo emana.

domingo, 21 de novembro de 2010

POR QUE É TÃO DIFÍCIL COMEÇAR...

Por que é tão difícil começar?
:: Rosemeire Zago ::

Começar! Como parece difícil para algumas pessoas dar o primeiro passo. Seja para fazer o que for, uma atividade física, um programa de reeducação alimentar, um relacionamento afetivo, uma reforma de casa, um curso, ou seja, tudo que envolve mudança, mesmo que saibam que será para o próprio bem, resistem com unhas e dentes como se tivessem que dar um passo rumo a algo que as fará sofrer muito.

As desculpas e justificativas são inúmeras. Tudo passa a ser motivo de adiar para depois, para o amanhã, para segunda-feira, ou ainda desistem até antes de terem começado. Os sentimentos são dúbios; pois um lado, o racional, diz que deve fazer, que será bom; o outro lado, o emocional, faz que pense que será impossível e, diante de tal fracasso previsto, o melhor mesmo é nem começar.

Ao encontrar com um amigo que não via há tempos e vê-lo muito melhor do que da última vez, talvez o pensamento seja assim: ele, sim, consegue; é capaz, mas eu não vou conseguir, que vergonha ter encontrado com ele justamente nesse momento em que me encontro tão infeliz, tão feio, tão incapaz, sentindo-me tão sem valor... por que eu não consigo?... Você já deve ter se perguntado infinitas vezes por que você não consegue. Claro que você também consegue, mas talvez esteja cansado de ter que recomeçar, ou ainda, sequer sabe por onde e qual caminho trilhar. Você pode responder que já tentou tantas vezes e que não quer mais um fracasso em sua lista. Compreensível. Mas será que já não aprendeu o suficiente, não sofreu o bastante por estar tão insatisfeito consigo mesmo que agora poderá usar toda sua experiência a seu favor?
O que está esperando acontecer para começar a fazer algo para mudar o que não te faz bem? Seja seu casamento, seu trabalho, o curso que está fazendo, o peso que está acima do que gostaria... Será que vai acontecer algo e, de repente, tudo mudará num passe de mágica? Sabemos que não.
Ou prefere continuar triste, insatisfeito, doente?

Muitas pessoas cometem o erro de dizer que só vão começar quando tiverem vontade. Não! Primeiro devemos começar. Alguns dizem que só vão começar a atividade física quando o tempo melhorar, ou depois que comprarem aquele tênis que tanto desejam, ou só depois de eliminar alguns quilinhos. Outros dizem que só vão terminar o relacionamento que tanto os faz sofrer depois que tiverem forças. Errado! Só nos motivamos com o que estamos fazendo depois que começamos. É preciso antes começar para então sentir a energia de ter conseguido, e não o contrário. As pessoas ficam esperando ter vontade de começar. Mas como ter vontade quando nos sentimos sem chão, sem forças, sem saber qual o melhor caminho a seguir? Adquirimos energia por uma atividade, depois que começamos. A energia é o resultado do envolvimento. O segredo é começar!

Em alguns momentos, temos que trabalhar com prioridades e saber defini-las. Quais são as suas nesse momento? Seja o que for, comece e dedique-se de corpo e alma. Se sentir que algo o impede, que está sempre se dando desculpas, deixando para amanhã, sempre protelando, justificando... pare e reflita sobre isso. O que o faz protelar sempre para depois? Você aprendeu a ser assim com alguém? Com quem? Não fazer nada lhe causa mais segurança? É melhor ficar insatisfeito a ter que enfrentar mudanças? Reflita sobre essas perguntas e pense sobre as respostas. De cada resposta, faça outras perguntas, até que esgote o assunto e entenda os motivos que o fazem agir assim.
Se estiver sempre adiando o que precisa fazer, repense por qual motivo deve fazer. Faz por obrigação, por alguém? Ou sente-se incapaz de conseguir? Se deseja garantias sobre o resultado, esqueça, não temos garantias de nada na vida.

Pode ser que esteja sempre adiando algumas mudanças como uma forma de sentir que sempre terá algo para fazer. Mas, na verdade, está enganando a si mesmo. Lembre-se que cada vez que adia algo, aumenta mais ainda a sensação de incapacidade e incapaz nenhum ser humano o é, muito pelo contrário, a diferença está que alguns acreditam em si e outros, pelos mais diferentes motivos, duvidam que irão conseguir.

Em geral, a pessoa sente dificuldade em começar por diversos fatores:
- sente que não irá conseguir;
- acredita que não é merecedora;
- ao adiar algo, sempre terá o que fazer, ainda que não o faça;
- prefere conviver com a certeza que não irá conseguir do que correr o risco de conseguir;
- baixa auto-estima;
- insegurança;
- não confia em sua capacidade;
- nunca foi estimulado a arriscar, ousar;
- quando criança, tudo que começava era interrompido por alguém;
- comodismo;
- medo.

Enfim, os motivos podem ser muitos, mas explore cada um deles e veja qual está mais relacionado ao que sente. Lembre-se que coragem não é ausência de medo, ter coragem é agir apesar do medo. Medo todos nós sentimos, afinal é um instinto natural de segurança, mas não podemos nos paralisar diante do medo.

Procure ser mais flexível, mais aberto às mudanças. A rigidez é boa na pedra, não no homem, a ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

Ficamos motivados quando estamos fazendo as coisas e não quando apenas falamos sobre elas. O diferencial é a ação, agir em busca do que se deseja, sem dúvidas, sem medos, apenas com a certeza de que por fim foi capaz de... simplesmente começar! Afinal, não importa por onde você começa e, sim, como termina.

SERÁ VOCÊ SEU PRINCIPAL INIMIGO?

Será você seu principal inimigo?
:: Maria Isabel Carapinha ::

Cobranças excessivas, noites sem dormir, desgastes emocionais, discussões sem motivo, projeções futuras sem a mínima chance de concretização, seja no âmbito de relacionamentos ou profissional, sim, tudo isto pode estar destruindo seu campo emocional.

Hoje em dia, cada vez mais presenciamos situações de desequilíbrio, no trabalho, em casa e nas relações de amizade. O interesse se sobrepõe a tudo e a todos na grande maioria dos casos, e isto acontece quando escolhemos ou permitimos.

As pessoas equilibradas conseguem se manter à parte de tudo isso, e vivem na luz. Porém, quando estamos em fase de desequilíbrio energético, viramos inimigos de nós mesmos.
Criamos situações que não permitem crescimento ou felicidade, somente angústia, depressão e cobrança excessiva.

Quantas e quantas vezes já escutamos: se você não se ama, quem irá amá-lo?
Se você não se valoriza, quem irá valorizá-lo?
Se você não acredita em você, quem irá acreditar em você?
Mas e se todas essas respostas forem sim?

Você se torna seu principal inimigo quando cria e atrai situações que são semelhantes ao seu desequilíbrio energético.

Somos seres de luz que viemos para um crescimento pessoal, para sermos felizes e realizados, isto representa conexão plena com o Todo, com o Universo.

Podemos analisar como agimos de inimigos frequentes a cada situação exposta acima:
- será que você se ama em primeiro lugar? Os relacionamentos se tornam conturbados quando esquecemos de nós mesmos e somente enxergamos o outro como ideal de vida, isto é possível e comum. Como o outro amá-lo e valorizar se você não se enxerga como pessoa e ser de grande valor?
- o processo de rejeição trazido da infância também cerceia de forma impactante os relacionamentos, principalmente de duas formas, ou encontrando alguém que você ama e não lhe quer, e você passa a vida inteira atrás da pessoa e sofrendo... Ou encontra alguém que você não ama e convive pelo simples medo de estar só.
- no âmbito profissional não enxergamos nosso valor e competência e nos retraimos frente a desafios perdendo oportunidades de crescimento.
- em alguns casos, fazemos escolhas de empresas doentes e ambientes não sadios. Será que sua energia não estava desta forma quando escolheu esse local para trabalhar?
Por que não modificar tudo isso e mudar o padrão vibracional, tornando-o favorável em cada situação vivida?

A radiestesia atua nesse âmbito, analisando de maneira profunda e lhe ensinando a vibrar pelo que deseja, deixando de lado padrões vibracionais que não condizem com o seu propósito de vida. Quanto mais você entra em contato com seu propósito de vida Divino, mais você passará a agir de acordo com a sua intuição e haverá nesse momento um pleno equilíbrio entre espírito e matéria.

O estado de desequilíbrio se consolida em sua vida quando há uma desconexão entre espírito e matéria, ou seja, seu espírito tem propósitos e desejos que sua matéria não está realizando e nesse momento você se torna seu principal inimigo pois passa a haver um conflito em seu interior e a insatisfação começa a fazer parte do seu dia-a-dia.

Mudar tudo isso é fácil, só requer o seu desejo de modificar padrões, eliminar bloqueios e tornar-se um ser equilibrado através da modificação de seus padrões vibracionais e isto é possível com o auxílio da radiestesia.

CAPÍTULO X

Na força de um grande vendaval,minha vida mudou totalmente.Coloquei um ponto final no meu sonho de noiva...É muito cruel a destruição de um sonho!Agora era seguir com a vida...Levantar e ir adiante.Foi o que fiz.Voltar aos estudos,agora a minha meta era o Curso Normal.Queria ser professora!Esse era um sonho realizável,pois dependia apenas da minha vontade de lutar.Mas,no dia que seria o meu casamento,me vesti de noiva,peguei um lindo buquê de flores, chamei um taxi e fui até o cemitério...Pela primeira e única vez fui ver onde enterraram meu noivo.Foi uma despedida real!Eu,naquele túmulo fiz vários juramentos e promessas...Fui me despindo como se fosse das amarguras do passado.Deixei em seu túmulo meu vestido nupcial,minha aliança e o buquê para enfeitar o seu túmulo.Sai dali reanimada!Outra pessoa,mais guerreira,mais otimista,mais experiente.Agora estava pronta para enfrentar todos o obstáculos e as armadilhas do coração.Um dos meu juramentos era esquecer o grande amor da minha vida.Da estaca zero partia para uma nova vida...outra Claudete!Retomei os estudos com muito otimismo.Enfrentei muitas dificuldades...desde a financeira até os desestímulos de meus pais.Eles diziam que era muito distante esse sonho de ser professora.Que não iria conseguir chegar na metade do curso.Foi com muitas lágrimas e solidão que trilhava o longo caminho dos estudos.Mas,dessa forma,conseguia não pensar no Arnaldo,pois o curso ocupava toda minha cabeça e meu tempo.No final do curso,apareceu um rapaz que a princípio não me chamou a atenção.Era uma pessoa comum.Apenas simpático!Fui apresentada a ele por uma prima, numa festa de quinze anos.Ela estava encantada com ele.Mas,o jogo virava na hora exata em que apertamos as mãos.Ele se interessara por mim!Durante a festa inteira ele me procurava para conversarmos...Eu fugia dele,pois sabia que minha prima Verinha se apaixonara por ele.Não queria confusão!Mas,no momemto da despida,quando saíamos da festa,ele veio e marcou um encontro comigo...Fiquei sem graça ao ver minha prima decepcionada com a atitude dele...Ele me fez prometer que eu iria no local e na hora marcada para a gente conversar e se conhecer melhor.Diante da insistência,concordei com o tal encontro.Chegou o dia marcado,eu não fui.Disse à minha prima que não iria me encontrar com ele em hipótese alguma!Homem não me interessava naquele momento.Final de curso muuta coisa a fazer e me ocupar...O destino novamente me pregava outra peça.Esse rapaz,que se chamava Luiz,insistia muito que um dia não tive como escapar.Foi inevitável o nosso encontro depois de tantos desencontros!Para minha surpresa,fui flechada pelo cupido novamente.Ele me seduziu de uma forma que não resisti e aceitei ser sua namorada!Minha prima Verinha se declarava minha inimiga daquele dia em diante.A estratégia de ataque dela foi encher a cabeça de minha mãe a respeito do meu namoro escondido com o Luiz.Ela fez várias intrigas dele, muitas difamações a respeito de seu caráter e até de sua crença religiosa.A mãe enloquecia com todas essas informações carregadas de maldades!Novamente eu estava em guerra com meus pais!Final de curso,quase concretizando o meu sonho de ser professora e feliz com o Luiz que me fazia esquecer o Arnaldo...Era tudo o que desejava!O cerco de meus pais ia se fechando cada vez mais para que eu terminasse o namoro com o Luiz.As brigas eram constantes!Depois de muitas discussões e dilacerações de feridas do meu passado,chegávamos a conclusão que eu deveria namorá-lo em casa.Então combinei com o Luiz de apresentá-lo à família no dia da minha Formatura.Tudo combinado!Estava feliz e realizada...

COMO VER A CLARIVIDÊNCIA

Quando um monge é iniciado, ele sabe que o trabalho será difícil e que a iniciação é uma ação mais do discípulo do que do mestre e precisa prestar atenção em uma missão sem desistência: destruir o seu próprio ego.

Para saber o que é ego, é preciso realmente resolver parar a vida, mudar o olhar sobre a realidade, reorganizar toda a forma de entender o mundo, reeducar os sentidos - o paladar, o tato, o olfato, o olhar e, principalmente, a audição.
O primeiro exercício foi praticar a humildade, começando pelo cuidado absoluto com o próprio corpo, não ingerindo nada que fosse produzido com maldade ou mal-estar. Em seguida à limpeza do corpo, alguns de nós passavam a dormir no chão, o que foi meu caso, usava apenas um leve manto. A alimentação era sempre simples, cuidávamos o máximo para não ter nenhum tipo de prazer sensórial... Assim, os meses e anos se passavam.

Colher os frutos desse sadana não demorava muito, porque essa aparente austeridade, na verdade, nos desligava da realidade comum. Assim, com esses exercícios apareciam os primeiros sinais espirituais.
A alma se limpa porque a nossa animação e motivação passam a ser puras, queremos realmente voltar a ver o mundo como o paraíso original. O primeiro sinal é uma sensibilidade com as palavras à flor da pele, cada palavra agora não vem só preenchida por som, mas também de intenção. Então, escutamos um "oi" que pode ter milhares de entonações diferentes, mas a gente sabe o sentido desse "oi", se é afetivo, se é informal, enfim...

Começamos a sentir agora tudo com o próprio corpo, com o coração. Parece que o cérebro passa a ser no coração e tudo que importa dentro desse universo é o sentimento, a qualidade da vida; o tédio e a vontade de conversar sobre trivialidades desaparecem, e disso brota o voto de silêncio. Aquele silêncio da meditação agora é incorporado ao nosso olhar, porque passamos a observar o colorido dos objetos de fato, a luz refletida neles, que cada minuto do dia muda a leitura da realidade porque mudam as luzes, os ventos, a temperatura, mudam os humores e você começa a enxergar a sua vida do alto, ou do lado e se vê, literalmente, de fora... e se percebe observando não só aos outros, mas a si mesmo, como se andássemos ao lado da gente ou sobre a nossa própria cabeça. E quase que dá para nos chamar de "ele": ele fala, ele tem fome, ele tem as suas próprias necessidades... o corpo e o ego ficam à parte. Sobre o ego dizem que é morrendo que se renasce, exatamente porque o ego, acima de tudo, não é a nossa personalidade, mas a personalidade comum, aquela construída na convivência com as outras pessoas e que somos forçados a vestir, no momento em que chegamos próximo aos outros, como se fosse uma máscara.

Nesse distanciamento que a consciência tem do próprio corpo, a gente passa a ser mais exigente, a depender de menos coisas e querer que esses objetos, situações, alimentos e conversas sejam 100% verdade, que elas já não estejam em nossa própria mente, como na de quem que nos visita; então, reduz-se o som, porque você consegue senti-lo; os gestos, porque nenhum pensamento mais lhe visita para modelar gesto algum.

Na Índia, há uma prática chamada Mudras, a ciência dos gestos, que consiste em conseguir entender os outros pelo movimento das mãos, o desenho dos sentimentos no rosto, pela postura do corpo, e é um exercício sofisticado de reeducação, que acontece no momento em que a gente pára de pensar e apenas observa o vazio de si mesmo e os sinais de clarividência, no conceito mais simples de que tudo fica claro e evidente, começam a fazer parte do nosso viver, do nosso respirar.

Olhamos para as plantas e percebemos o fluido de vida sendo liberado, uma fumaça brilhante, densa, em alguns momentos, e transparente em outros. Todas as plantas têm isso, as plantas de mesma espécie se comunicam, é possível ver ventos caminhando de uma para a outra, como se elas trocassem fluidos, não só por debaixo da terra, mas também por cima e esses fluidos ignoram qualquer outro tipo de matéria; o homem anda e eles atravessam cada ser humano, atravessam paredes e vão se comunicando entre si como se houvessem rios multicoloridos, multivibracionais transitando por todo universo e nós estivéssemos mergulhados neles sem perceber.
Se é assim no reino vegetal, imagine no momento em que começamos a perceber que cada ser humano deixa um rastro de sentimento para trás, de emoções, mas esse rastro não é simplesmente deixado, como quando nós levantamos sem olhar para trás deixando tudo desarrumado, ou nos lugares em que a gente espera outra pessoa arrumar para nós, aquele movimento físico é 1% da sensação que um clarividente tem no momento em que ele olha para o movimento astral.
A palavra astral vem de astro, de plano astral que é entender o mundo dos nossos desejos, das nossas ações. O mapa astral nada mais é que uma carta de intenções de viagem, onde a gente consegue olhar o pensamento que deu origem a essa vida e ao mesmo tempo ver esta vida em movimento. O mais importante é perceber que a realidade que dá vida à vida desse corpo acontece fora dele. Aqui em cima, quando a gente vê o ego e os outros egos passeando percebe os sonhos de cada um materializados em suas palavras, sonhos que ainda estão por vir, mas já estão nas palavras. Ou sonhos que já existem, mas as pessoas não conseguem nem vivencià-los porque elas estão sempre desejando, sempre querendo e nunca sentindo, nunca vivendo.

Esses anos de monge e os momentos de clarividência são exatamente o caminho do aprendizado. Nunca consegui conceber monges que não fossem clarividentes, ou que não tivessem inspirações e não estivessem abertos a mundos espirituais e se comunicassem diretamente com estes. Era muito difícil entender religiosidade sem esse aparato espiritual, sem esses sentidos superiores, porque praticamente você aprende da fonte, da verdade, aquela que dá vida a todo universo fora. No momento em que resolvemos buscá-la, ela se manifesta no nosso coração, no nosso entendimento, em tudo fora da gente, estreitando a leitura de positivo e negativo, bem e mal. O exercício de clarividência mais importante foi começar a perceber que tanto os mundos inferiores - os infernos, como os mundos superiores, estão presentes, e não precisa de muita experiência para perceber isso e é desse exercício que vem a vida monástica, a vida que levou o Márcio a entender o viver entre esse mundo de pureza e perfeição, que conseguimos perceber ao desistir dessa realidade, e o mundo de agonia, que é quando acreditamos nas distorções do tempo em relação a sentimentos e verdades que estão presas no tempo.

O grande aprendizado é desistir das coisas que nos fazem mal e nos prendem ao passado, desistir dos sonhos que deram certo - esses são os que causam mais mal-estar, porque esses a gente quer -porque quer- repetir e essa desistência traz os primeiros sinais de iluminação... o exercício de clarividência.

sábado, 20 de novembro de 2010

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

(20/11) Vinte de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data - transformada em Dia Nacional da Consciência Negra pelo Movimento Negro Unificado em 1978 - não foi escolhida ao acaso, e sim como homenagem a Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695.

O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras.

Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco, localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.

Alguns anos após a sua fundação,o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Um recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.

O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo religioso, que lhe ensinou a ler e escrever, além de lhe dar noções de latim, e o iniciar no estudo da Bíblia. Aos 12 anos o menino era coroinha. Entretanto, a população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho, e não como servo.

Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.

Após caminhar cerca de 132 quilômetros, o garoto chegou à Serra da Barriga. Como era de costume nos quilombos, recebeu uma família e um novo nome. Agora, Francisco era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e coragem. Aos 17 anos tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.

Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.

Contudo, em 20 de novembro de 1695 Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então torturado e capturado. Jorge Velho matou o rei Zumbi e o decapitou, levando sua cabeça até a praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.

“Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”. Seja qual for a tradução correta do nome Zumbi, o seu significado para a história do Brasil e para o movimento negro é praticamente unânime: Zumbi dos Palmares é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e de sua luta por liberdade. Os anos foram passando, mas o sonho de Zumbi permanece e sua história é contada com orgulho pelos habitantes da região onde o negro-rei pregou a liberdade.

Fontes: Dpnet.com.br, O Dia On-Line, Feranet21.com.br

Artigo retirado do seguinte site: http://www.unificado.com.br/calendario/11/con_negra.htm

BONS OLHOS

Bons Olhos...
:: Rubia A. Dantés ::

Hoje estava pensando como muitas vezes a gente reclama das coisas que nos acontecem, e perguntamos porque nessa ou naquela área das nossas vidas as coisas não fluem de acordo com o que acreditamos ser o normal...

Poucas vezes percebemos que, onde as coisas não estão fluindo.... e temos problemas, se escondem as maiores riquezas de aprendizado que vão nos proporcionar mais possibilidades de ampliar a consciência...

Se imaginarmos que desde o nosso nascimento em determinada família, os nossos amigos... e todas as pessoas e situações que atraímos para nossa vida, têm a configuração perfeita para a nossa evolução... isso nos faria olhar para tudo de forma diferente...
Algumas pessoas e situações nos facilitam o caminho com leveza... outras, no entanto, nos trazem sofrimentos que, muitas vezes, nos fazem sentir que somos vítimas daquelas situações... onde a única coisa que podemos fazer é reclamar...

Com certeza tudo seria mais fácil se olhássemos para nossos problemas... com outros olhos... como diria minha mãe, com "bons olhos"... e o que poderia parecer a princípio ser só negativo... passaria a ser visto como um desafio que vai nos fazer crescer... um campo fértil de aprendizado...

Geralmente medimos nosso sucesso ou insucesso... nas diversas áreas das nossas vidas, comparando com que é considerado normal, ou aceitável... temos modelos prontos de sucesso em todos os campos, e a tendência da maior parte das pessoas é querer se enquadrar nesses modelos...
Nos esquecemos que cada um de nós se expressa de forma única e que seria loucura tentar nos adaptar, seja em qual área for, a modelos prontos... Com certeza não caberíamos em nenhum, sem que para isso precisássemos nos encolher daqui.... nos esticar dali... eliminar umas coisas e acrescentar outras... sempre abrindo mão da nossa natureza... sempre abrindo mão da forma única e especial que cada um de nós tem de se expressar e de se relacionar com o mundo...

Hoje estava pensando nisso e pensando em como somos abençoados por ter a oportunidade de sempre poder escolher a cada minuto, que caminho vamos tomar... se vamos continuar reclamando por julgarmos que tudo que nos chega não é o que queriamos, ou se vamos agradecer pela infinita generosidade do Grande Mistério que dá a cada um... no dia a dia... a rica matéria prima que possibilita a evolução...

Podemos olhar para os problemas como tintas de cores que não nos agradam muito, mas que, se nos dispusermos a tabalhar com elas, misturando aqui e ali, vamos fazer obras de arte... ou podemos ficar reclamando que não pintamos porque não temos as tintas que queremos... e nos tornar vítimas que não tem outra saída a não ser reclamar...

Não sei se algo mudou mais um pouco dentro de mim, mas hoje eu consegui olhar para os problemas com bons olhos... e sentir mais profundamente a riqueza de aprendizado que nos chega sempre através deles... e me deu mais ânimo de trabalhar com essas situações sabendo que, só depende de mim... fazer disso tudo uma linda obra de arte... assim como a ostra faz a pérola...
E vi claramente a grande diferença que faz a maneira com que recebemos cada coisa... a forma com que olhamos para ela...
O Olhar que temos para as coisas que nos chegam a cada dia... determina em muito a qualidade das nossas vidas...

Não adianta olhar para o lado tentando comparar a nossa história com a história do outro... porque não existe uma medida que serve para todo mundo... cada um tem que encontrar essa medida no coração porque ela é única, assim como nós somos únicos. Somos todos um... nos expressando com singularidade.

Foi assim que hoje... senti uma grande disposição de mergulhar profundo nos mistérios que a vida me traz... de uma forma... ou de outra...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CADA UM COM A SUA FORMA DE AMAR

por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br



Há vários anos, trabalho com homens e mulheres em Terapia de Vidas Passadas e quase sempre a sessão é muito reveladora. As pessoas se sentem confortáveis para falar de suas vidas, de suas escolhas e de sua forma de amar. Aliás, amor dá sempre muito assunto porque as pessoas estão sempre sofrendo por conta disso. Às vezes, porque amam demais e acabam se sentindo rejeitadas, o que faz com que muita gente saia de relacionamentos que consideram com pouco ou nenhum sentimento amoroso.
Mas será que existe um relacionamento realmente que nos complete? Ou será que apesar de todo conhecimento, abertura para coisas modernas como se relacionar pela internet, ainda continuamos esperando a alma gêmea?

Nesta semana, atendi várias pessoas nessa sintonia de carência por amor, e um profundo desejo de aceitação que quando não satisfeito se transforma em raiva, mágoa e ressentimento.

Júlia, psicóloga, bem sucedida, contou-me que ainda espera o amor após ultrapassar o número assustador de 5 casamentos. Claro que cada um sabe do seu mundo, dos seus desafios, das suas dores. Inclusive, devo dizer que a terapia ajuda demais a compreendermos que, de fato, cada pessoa tem o seu desafio na vida. Às vezes, a pessoa é afortunada em alguma área, mas, em outras fica patinando, sem conseguir se expressar ou se sentir completa e feliz. Era o caso dessa moça, beirando os 50 anos, de aparência jovial que carregava os olhos mais melancólicos que já vi. Objetivamente, não tinha motivos para ser tão triste, foi casada, foi amada, teve filhos, estudou, fez uma carreira...

A sessão mostrou uma jovem sonhadora que descobre que o marido saía com outras mulheres; sem mostrar que sabia do fato, sob pressão de um padrão antigo de realcionamento, onde as mulheres não tinham voz ativa; assim, ela se calou e guardou para si todos os desencantos. Fez de conta que era feliz, mas se sentia totalmente magoada. Jurou vingança, mas naquela vida nada fez. Apenas seguiu as convenções. Isso explicou sua forma de agir no momento atual, abrindo o coração, acolhendo, casando, e depois se separando sem dar muita chance para entendimentos e transformação da relação. Porque todas as relações podem se transformar.

É certo que hoje a vida é diferente, e que podemos nos separar quando não formos felizes, mas tudo tem um preço, um custo emocional, e precisamos pensar nos prós e nos contras. A vida é feita de uma seqüência de escolhas.

O que não podemos é fantasiar um parceiro ideal, alguém que nos arrebate de paixão, e que nos traga tudo aquilo que não temos.

Essa história de um amor que precisa nos completar pode trazer muita decepção. Porque as pessoas são únicas, cada uma tem algo especial, e também tem carências e erros dentro de si. Assim, num encontro afetivo quanto mais harmonizados e trabalhados no sentido da auto-aceitação, melhor. Porque dois incompletos, sofredores e carentes, somarão pessoas complicadas, infelizes e uma relação fadada a muitos tropeços.

O outro não tem como aliviar a nossa dor. Aquilo que precisamos resolver internamente é nosso compromisso, e não deve ser um peso que transferimos para alguém resolver.

Assim, amigo leitor, cuide-se, ame-se antes de esperar que o outro o faça.

CAPÍTULO IX

Os pequenos detalhes que um fato nos mostra são muito importantes para a resolução de um quebra-cabeça.Às vezes as peças não se encaixam completamente e são os pequenos detalhes que farão o perfeito encaixe...A história continuou.No devido momento a prima de Rejane,a Zuleica,soube da vida dupla de seu noivo e pôs um ponto final na bela história de amor!Eu,na minha busca por um namorado que me assumisse,acabei encontrando-o numa viagem de "Bonde",que diariamente fazia ao voltar da Escola.Numa dessas viagens ele estava naquele bonde e me observava,mas eu não percebia seu interesse.Até que um dia minha amiga Rejane me chamou a atenção para esse fato:"olha,Claudete como aquele rapaz te obsereva!"E,daquele dia em diante, comecei a prestar atenção nele e corresponder aos seus olhares e sorrisos...Um dia, Rejane resolveu nos aproximar,deixou que ele sentasse ao meu lado...Nesse dia meu pai estava no mesmo veículo e me viu conversando com ele.Ao descermos do bonde,meu pai nos abordou com veemência e bastante alterado ele pediu ao rapaz que fosse até minha casa e pedir licença para me namorar.Não deu outra:ele fez tudo o que meus pais exigiram.Daquele dia em diante, fui uma menina comprometida!Estava com um namorado firme que me levaria ao casamento.Cursava a última série ginasial e não voltaria aos estudos pois estaria noiva e teria que aprontar meu enxoval.Esse namoro e noivado teve a duração de um ano.Estava prestes a casar,vestido pronto,festa encomendada,convites encomendados,padrinhos,igreja,etc.Enfim,eu estava contando os dias para enviar meu convite de casamento ao meu primo Arnaldo em Santa Catarina.Essa seria a minha vingança cruel diante da traição dele!Iria me casar sem amor, mas, muito feliz por fazê-lo sofrer um pouco...O Destino novamente mudou meu rumo.Faltava exatamente quarenta dias para meu casamento e uma "tragédia" aconteceu na minha vida.Meu noivo tinha um caso com uma mulher casada com o seu melhor amigo e,numa noite fatal, seu amigo pegara os dois em flagrante,e, disparara cinco tiros nos dois.O destino quiz que meu noivo morresse pois dos cinco tiros, quatro pegaram nele.Ela escapara completamente nua e apavorada para a casa de vizinhos.Tinha apenas uma bala no seu ombro esquerdo.Foi socorrida imediatamente,mas,ele falecera antes de chegar ao hospital!Naquela noite,não sei porquê, eu estava muito mal... Apreensiva,agitada e muito ansiosa com esse casamento.Havia algo no ar! Ingeri dois comprimidos de calmantes para poder dormir naquela noite fatídica.Consegui dormir bastante.Me acordei com a vizinha que batia à nossa porta,mais ou menos às dez e trinta daquela manhã.Ela não quiz falar comigo estava a procura minha mãe.Não dei muita importância ao fato e chamei logo minha mãe que estava nos fundos da casa.Elas falavam muito baixinho,quase não se ouvia...De repente, minha mãe invade meu quarto e começa a me "xingar"dizia que eu era culpada por namorar um "adútero",um rapaz "mulherengo"e era "bem feito" o que havia acontecido.Ele teve o fim que mereceu!!!Dizia ela.Eu fiquei apavorada!Tomei conhecimento do crime um dia depois ao ler os jornais da época,por que minha mãe, no seu destempero, não me falava direito sobre o triste fato.Foi uma tempestade muito grande que desabou na minha vida!Naquela semana meus dias eram sombrios e sem graça!Acabava assim meu casamento!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O JOIO DO TRIGO

o joio do trigo





Todos nós quando viemos à Terra, trouxemos registrado no nosso Espírito nossas conquistas e também nossos débitos advindos das nossas mazelas, erros e enganos. Estamos aqui, não em recreio, ou passatempo, mas, sim, para repetirmos aquelas lições que não conseguimos aprender nas encarnações passadas.
Trazemos em nós uma grande bagagem de tristezas, desenganos, ódios, rancores, e também, alguns amores, algumas alegrias, algumas virtudes, talvez. Mas o que temos e conquistamos de bom não precisa ser modificado, mas sim exercitado, a fim de não permitir que aquelas ervas daninhas que existem dentro de nós, devido ao nosso grau evolutivo, venham a sufocar as flores e as sementes frutíferas que Deus deixou em cada um de nós.
Não deixe que o joio tome conta do trigo que há em você. Neste mundo tudo é passageiro. Temos pressa de crescermos e evoluirmos, pois não é crível que alguém possa querer
viver em sofrimento eternamente. Não pdemos nos esquecer de que Deus não tem pressa, ele tem a eternidade como tempo. Nós é que temos pressa, pois, quanto mais perpetuarmos os nossos erros e enganos, por medo da verdade, e por ser o caminho da porta estreita difícil, já que exige renúncia e humildade, muito nos arrependeremos pelo tempo perdido. Por que perdermos as oportunidades que nos são dadas por Aquele que tanto nos ama?
Estamos fazendo pirraça para quem? Para nosso Pai, com certeza não é...
Para aqueles que queremos torturar, sabe se lá por que? Não.
A pirraça é para nós mesmos. Por mais que tentemos destruir, arrasar com alguém, o maior prejudicado sempre seremos nós mesmos, pois tudo o que fazemos ao nosso próximo,
especialmente aquilo que é premeditado, com o intuito de prejudicar, retornará a nós com uma força imensurável. Dê angústia, incerteza, tristeza e dor ao próximo e receberá de volta, provavelmente em
proporções maiores. É a lei da vida, a Lei do retorno. Dê amor, paz e compreensão, e receberá de volta, em dobro, e terá motivos de alegria e paz na consciência. Procure se colocar no lugar do outro em todas as situações e verá que muitas vezes não tem motivos para reclamar. Aproveite as oportunidades, procurando praticar o bem, e não fazendo o papel de vítima, para se esconder de si próprio.
Deus sabe das nossas intenções e por elas seremos julgados.
A cada segundo, a cada minuto, é uma oportunidade de um novo começo, uma nova história. Nosso Pai Celestial nos ama e seu amor por nós é infinito. Não desprezemos esse amor.
Fique na Paz de Deus e na Paz de Jesus.

A POSIÇÃO DE NETUNO EM NOSSO MAPA ASTRAL

O caminho do meio
:: Graziella Marraccini ::

No meu artigo da semana passada, refleti sobre o vício, ou melhor, sobre o fator astrológico que indica que uma pessoa esteja propensa a se tornar 'viciada'. Explicando melhor: por que alguém se torna dependente de algum tipo de droga ou compulsão? A posição de Netuno sobre o mapa natal, os aspectos que ele forma com outros planetas e alguns outros aspectos planetários (já mencionados no artigo) indicam uma inclinação para que a pessoa caia na condição de 'addicted', ou seja 'dependente'.

É certo, porém, que nem sempre as pessoas que possuem todos aqueles aspectos astrológicos no mapa natal se tornarão viciados. Por que isso acontece?
A meu ver é porque algumas pessoas canalizam a energia negativa -netuniana neste caso- de forma positiva e outros não. Alguns estão no caminho da evolução ainda sob o domínio do destino coletivo; outros já estão se preparando para exercer o livre-arbítrio no destino individual, mas ainda se encontram inconscientes deste destino; outros ainda já se encontram no rumo para desenvolver o seu destino consciente e deste modo alcançar a meta individual de evolução.

O estudo da Cabala e a interpretação da simbologia contida na Árvore da Vida nos oferecem uma fantástica ferramenta de autoconhecimento, da qual já falei em vários artigos anteriores. (Vocês podem ler sobre o assunto Cabala no meu site pessoal). Essa ferramenta pode nos ajudar a encontrar nosso caminho de evolução que, certamente, irá nos libertar das amarras do vício, de maneira a não cair nos opostos.

A Árvore da Vida contém vários caminhos de evolução e cada um de nós possui o seu próprio. Porém, o certo é que devemos nos manter, sempre que possível, no caminho do meio, ou seja, não devemos cair nos extremos para manter o equilíbrio da Árvore. O 'mundo dos desejos' nos mantém acorrentados e nos impede de evoluir espiritualmente. Certamente, nem todas as pessoas se dão conta desse aprisionamento de sua alma e vivem muito bem assim. E nem sempre são pessoas ruins, que fazem mal ao próximo! Muitas vezes, estas pessoas estão simplesmente no início de sua caminhada espiritual.
No entanto, outras pessoas se dão conta de que necessitam evoluir espiritualmente e um belo dia despertam (às vezes, esse impulso dura anos!) com uma urgência interior que os incita a iniciar estudos esotéricos, filosóficos ou espirituais.

A busca pelo caminho certo pode ser longa, difícil, mas, no final, o Guia Espiritual pessoal (ciente da sinceridade de seus propósitos) encaminha esta pessoa para o caminho certo. E, então, as portas do entendimento se abrem, os caminhos se tornam mais fáceis e tudo parece se encaixar, ter um sentido.

A Cabala nos ensina que este seria, então, o Caminho do Meio, ou seja, o Caminho que desperta em nós a Consciência Crística.


No desenho acima, vemos três pilares contendo algumas esferas desenhadas. As esferas significam 'campos de energia' que se manifestam em maior ou menor grau de intensidade em nosso temperamento individual. Na seção Cabala do meu site, vocês poderão entender melhor o desenho acima em relação à Árvore da Vida.

- O Pilar da Esquerda é o da SEVERIDADE ou FORÇA, e representa a Atividade presente nas esferas de Hod (Mercúrio), Geburah (Marte) e Binah (Saturno).

- O Pilar da Direita é o da MISERICÓRDIA ou BELEZA e representa a Passividade, presente nas esferas de Netzah (Vênus), Hesed (Júpiter) e Hockmah (Urano).

- O Pilar central é o do EQUILÍBRIO ou SABEDORIA, (chamado também de Mansidão) é aquele do equilíbrio, presente nas esferas de Hesod (Lua), Tipheret (Sol), Netuno (Dahat - invisível) e Keter (Plutão).

Neste pilar central, encontramos uma esfera tracejada, a esfera de Netuno: o Conhecimento. Alguns cabalistas atribuem a esta esfera a energia de Plutão. Meu mestre de Cabala me ensinou que em certos períodos esses dois planetas 'trocam de lugar' ou seja, trocam sua atribuição para dar maior ou menor intensidade ao nosso 'Conhecimento'. É bem verdade que Plutão (este planeta-anão rebaixado pela astronomia) tem um enorme poder no inconsciente coletivo e ainda não está completamente desvendado; porém, a energia de Plutão é menos mística do que a de Netuno e mais metafísica também. Por isso, em minha opinião, Plutão se relaciona melhor com a Energia de Keter, a Coroa, já que, até agora, é o último planeta visível e catalogado de nosso sistema solar. Mas este é outro raciocínio. Voltemos a Netuno.

Netuno é posicionado no Caminho do Meio para nos indicar que é o Conhecimento (com C maiúsculo) que eleva nosso espírito diretamente para o Pai. O caminho da direita é o caminho dos artistas, dos criadores; o da esquerda é o caminho dos heróis, e o caminho do meio é aquele dos iluminados, sejam eles santos, avatares, lamas, ou simplesmente lideres espirituais. Este é o caminho do Equilíbrio, o caminho que nos livra dos vícios e que impede que nos tornemos escravos ou dependentes de nossos sentidos. Por essa razão, Netuno é considerado o planeta do 'vício e da virtude' e com ele não existe meio termo: quem está sob a influência deste planeta precisa evoluir espiritualmente, caso contrário cairá nas mais perigosas armadilhas.

ANO DE 2012 : O QUE PODEMOS FAZER?

2012: O que podemos fazer?
por Flávio Bastos - flaviolgb@terra.com.br


Hecatombe? Grandes catástrofes naturais no final do ano 2012? Improvável sob os pontos de vista científico e espírita!

As profecias dos maias, dos índios hopi, de Nostradamus, e as informações contidas no Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec, convergem em um ponto: no terceiro milênio, o planeta Terra passará por uma considerável mudança em sua vibração energética. No entanto, esta previsão não significa que ocorrerão destruições em massa, a ponto de diminuir drasticamente ou dizimar a população da Terra.

Por uma questão de origem cultural, era comum entre os povos antigos, mesmo entre os maias, a previsão de acontecimentos catastróficos. Fruto da cultura religiosa, que em forma de castigo, projetava a ira dos deuses sobre o homem e a natureza.

Portanto, o mais provável que ocorra em 2012 é o que, na verdade, já está ocorrendo: a sutil e gradual alteração da energia espiritual da Terra. 2012 seria apenas uma data-referência em que a fase de transição desta energia estaria em curso, tranformando o nosso mundo de provas e expiações em um mundo de regeneração.

A partir do término desta lenta fase de transição que continuará em curso mesmo após o ano de 2012, iniciará na Terra a fase de regeneração espiritual, que implicará na "assepsia" de toda energia que não estiver de acordo com a nova realidade vibracional do planeta.

Na atual fase de transição em que já experenciamos os seus efeitos, embora somente os indivíduos dotados de sexto sentido percebam-na, muitas consciências despertam para o desenvolvimento de virtudes, pois a energia que sutilmente toca os chacras relacionados à nossa sensibilidade, é a mesma que nos estimula ao despertamento para a formação de um novo homem em um mundo novo.

A transformação que se anuncia, não será catastrófica ou punitiva como imaginavam os povos antigos, baseados em suas convicções religiosas ou crenças, mas sutil, lenta e adaptada a uma nova realidade espiritual: a da regeneração no sentido da correção moral e ética, fundamentada em valores espirituais e virtudes de um novo homem transformado de dentro para fora.

Na chamada era da sensibilidade, o espírito que não estiver preparado para a nova realidade planetária, reencarnará em mundos que afinizem com a sua sintonia vibratória. A Terra, a partir do início da fase de regeneração espiritual, não terá mais lugar para espíritos atrasados no processo evolutivo.

O Criador do universo não seria radical em relação ao planeta Terra e a sua população, que apesar de inúmeros problemas, vem evoluindo lentamente com o passar dos séculos. Suas leis nos informam que cabe ao próprio ser inteligente decidir - através do livre arbítrio - se o seu caminho é o da autodestruição ou da evolução consciencial. Por este princípio - e lógica - haverá a separação natural através do ciclo reencarnatório do espírito e não por intermédio de catástrofes provocadas por um deus punitivo e cruel.

2012, portanto, é considerado um ano em que começa a contagem regressiva para que as consciências adormecidas no eu inferior, despertem para as virtudes do eu superior. Preparando-se, dessa forma, para as exigências do terceiro milênio que está no seu alvorecer.

Na fase de transição a qual nos encontramos, grande parte da população terrena tem as últimas oportunidades reencarnatórias para dar início ao processo de reforma moral. Findo o prazo estabelecido pela espiritualidade superior, haverá a separação natural, o que pode ser confundido com "juizo final" ou "fim dos tempos".

O surgimento do espiritismo, das terapias de vidas passadas, da alta tecnologia e das crianças e adultos índigo, são apenas alguns sinais da fase de transição que envolve o homem e o seu planeta. Na sequência dos acontecimentos que virão, quem viver aqui, verá!

Algumas pessoas, ao lerem este artigo, podem se perguntar: O que devo fazer diante das tranformações anunciadas para o terceiro milênio?

Muito simples e verdadeiro: Joanna de Ângelis em sua mensagem "A correta visão da vida", psicografia de Divaldo Pereira Franco, dá-nos uma preciosa dica sobre o que fazer para adaptar-se às mudanças que virão a partir deste século. É o que veremos a seguir.

Quando a consciência acorda e as interrogações surgem, aguardando respostas, as contigências do prazer fugaz e sem sentido cedem lugar a necessidades legítimas, que são as responsáveis pela estruturação do ser profundo, portanto, imortal.

Simultaneamente. os valores éticos se alteram, surgindo novos conceitos e aspirações em favor de bens duradouros, que são indestrutíveis e passíveis de incessantes transformações para melhor, na criatura.

Desperta-se-lhe, então, a responsabilidade, e a visão otimista do progresso assenhoreia-se de sua mente, estimulando-a a crescer sem cessar. A sensibilidade se lhe aprimora e seu campo de emoções alarga-se, enriquecendo-se de sentimentos nobres, que superam as antigas manifestações inferiores, tais a inquietação, a raiva, o ressentimento, a amargura, a insatisfação...

Porque suas metas são imediatas, a confiança aumenta em torno da Divindade e as realizações fazem-se primorosas, conquistando sabedoria e amor, de que se exorna a fim de sentir-se feliz.

MACONHA

Cannabis sativa (maconha)
por Mauro Kwitko - maurokwitko@yahoo.com.br



A Cannabis sativa é uma planta herbácea da família das Canabiáceas e o seu principal composto químico psicoativo é o delta-9-tetrahidrocanabinol, comumente conhecido como THC. Possui também outros canabinóides, como o Cannabidiol e o Cannabinol, todos eles responsáveis pelos seus efeitos a nível do Sistema Nervoso Central. Entre esses efeitos, que atraem muitas pessoas, estão o relaxamento muscular, uma sensação de calma, uma sonolência, uma melhora do humor, um aumento do otimismo, um estímulo da criatividade e uma certa euforia.

No início do uso dessa planta, tem-se uma sensação agradável e atrativa, pois acalma, relaxa, interioriza a pessoa, os problemas desaparecem, nada é mais tão sério, por isso torna-se a solução para o estresse diário, a tristeza, irritação, para as coisas chatas da vida e começa a intensificar-se porque seu efeito é tão bom que não se vê motivo para não usá-lo, afinal de contas, fica-se mais calmo, mais pacífico, mais alegre, por que não usar, então?

E o uso da Cannabis passa a ser um ato rotineiro e, aos poucos, essas sensações agradáveis começam a mudar: o relaxamento vai virando preguiça, a calma vai transformando-se em lassidão, a melhora do humor e do otimismo começa a virar postergação, a necessidade de fazer coisas que não se gosta de fazer, começa-se a deixar para mais tarde "Depois eu faço...", "Amanhã eu faço...", o aumento das idéias criativas vão se tornando uma criatividade apenas teórica "Tudo bem..."

Quando seu uso começa na pré ou na adolescência, com o tempo, a entrada no mundo adulto, que nada mais é do que tornar-se uma pessoa séria, responsável, dinâmica, trabalhadora, engajada no mundo, começa a demorar para acontecer... E o jovem estagna e não amadurece, os anos vão passando e ele, na mesma, mas já não é tão jovem e aí começa o pior: vai ficando ridículo. Veste-se como um adolescente e já é um adulto, mas não se vê como tal, sente-se ainda um jovem, mas não é mais... Os seus antigos amigos, "caretas", tornaram-se adultos, e ele não. Quem estudou, esforçou-se, acabou a Faculdade, está trabalhando, ganhando dinheiro, fazendo coisas, e ele? Ainda morando e dependendo financeiramente dos pais, que passam a ser, então, os culpados por sua situação. Ou se não são os pais, é a sociedade, o mundo, os políticos...
Suas metas e idéias vão se transformando em apenas uma viagem mental, sem uma concretização prática das mesmas; vai ocorrendo uma tendência ao isolamento, à solidão, ou a um excesso de sociabilização, sem critérios, com uma perda da autocrítica. O usuário em ruína evolutiva do seu aspecto físico, vai perdendo o cuidado com a aparência e atitudes, a ponto de todas as pessoas verem que ali está uma pessoa viciada em maconha, menos ela própria, pois vai a lugares com o odor característico da planta sem perceber isso, acha que colocar desodorante ou um perfume vai disfarçar o cheiro; ou some, e depois volta com o sorriso infantilóide característico, falando bobagens ou escondendo-se pelo cantos.
Sua fala e conduta começam a revelar que ela está substituindo sua saúde, sua energia positiva, por uma atividade egocêntrica, infantil, teórica, de quem não consegue amadurecer, numa viagem mental por mundos pseudo-espirituais que não irão beneficiar nem a ela nem às pessoas com quem convive ou necessitadas de sua atenção e cuidado, como os doentes, os pobres, os deficientes, num exercício de caridade, que exigiria uma atitude ativa, madura, pró-ativa, e não passiva, adolescente, introvertida, como o uso dessa planta cria.

A felicidade que a pessoa sente, vai se tornando uma alegria infantilóide porque o uso cotidiano dessa planta impede a pessoa de amadurecer; um jovem de 18 anos comporta-se como um de 14, ou menos, um adulto de 20 e poucos anos parece um adolescente, na linguagem, na maneira de vestir-se, e isso começa a refletir-se nos estudos, no trabalho. Além disso, o uso de uma substância proibida por lei pode ir criando sintomas paranóicos e esquizofrênicos, como uma ilusão de perseguição, surgirem visões, aflorarem idéias espirituais estranhas, principalmente, se o usuário começa a ser (mal) acompanhado por espíritos desencarnados, ex-usuários, que passam a influenciá-lo em seus pensamentos, em seus hábitos, até dominarem completamente a sua mente e vontade.
Muitas pessoas afirmam que o seu uso, pela expansão da consciência que ela provoca, traz consigo uma abertura espiritual, uma nova visão a respeito da realidade, uma libertação da informação materialista da nossa sociedade egóica e capitalista, como se fosse um reencontro consigo mesmo, com a nossa identidade espiritual e por isso ela é considerada como uma "planta sagrada" e o seu uso é defendido como se fosse um direito espiritual, até baseando-se na liberdade de culto e opção religiosa.

Uma das alegações dos seus usuários é que essa planta é "pacífica" em sua mensagem, que ninguém sob seu efeito torna-se violento, nem agressivo, que a pessoa fica mais espiritual, mais calma e amorosa. E a comparação com a bebida alcoólica, que é legalizada e até incentivada, e o seu efeito desrepressor, liberalizador de características escondidas, que muitas vezes degeneram em agressividade, em posturas auto e heterodestrutivas é um dos argumentos dos usuários da Cannabis, e não se pode tirar deles totalmente a razão desse raciocínio.

Chega-se a argumentar que se todas as pessoas a usassem, terminaria a violência na Terra. Pode ser... Então, fico pensando, quem sabe o uso sacramental da Cannabis poderia realmente ajudar a erradicarmos a nossa violência, a domesticar o ser humano, a amansar o nosso Ego, a nos espiritualizar? Talvez sim, mas infelizmente, pelo uso inadequado dela, a qualquer momento, de qualquer maneira, sem nenhum respeito que exigiria, então, a "sacralidade" dessa planta, sem respeito por suas características de "planta sagrada", o que se vê nas ruas, nos colégios, nas universidades, nos consultórios, é que essa abertura espiritual se revela numa experiência meramente teórica, numa espiritualidade egocêntrica e egoísta, numa busca de viagens internas de descobertas fantásticas, num exercício infantil de busca de prazer e curtição, de ampliação da capacidade de sentir os sons e as cores, visando apenas viajar...
A "espiritualização" virou somente uma teoria, de idéias espirituais, um desejo de interiorizar-se mais e mais, ser calmo, pacífico... Isso me lembra uma história budista:

"Uma vez um aprendiz se ofereceu como discípulo de um monge num templo nas montanhas. O monge perguntou o que ele sabia fazer. O aprendiz se sentou e entrou em estado meditativo. Passava o tempo e o candidato a aprendiz, ali, sentado, meditando, interiorizado... Os dias passando e ele ali, sorrindo, feliz, meditando... O monge num certo momento, resolveu interromper aquele exercício egoísta e perguntou se ele queria ajudar no templo, tinha que varrer o chão, limpar a cozinha, o banheiro... O candidato respondeu que queria iluminar-se, preferia ficar ali, meditando... O monge pegou a vassoura que estava lhe oferecendo para trabalhar e o expulsou a vassouradas dizendo que já tinha suficientes budas de pedra para enfeitar o templo..."

SOLIDÃO

Por que estou sozinho?
por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br



Muitas pessoas já me fizeram esta pergunta em terapia. Mas, é claro, que nem todas as respostas são iguais. Pode ser que a pessoa esteja sozinha porque se afastou da família, ou porque se separou e ainda não encontrou outro alguém; pode ser também que esteja só porque precise da solidão. Mas o que normalmente vejo são pessoas que estão sozinhas, mas que não desejam permanecer assim.

Janete chegou ao meu consultório extremamente carente, após terminar um relacionamento de quinze anos em que se sentiu traída e abandonada por alguém a quem tentou oferecer o melhor.
Acostumada a ouvir muitos relatos, abri o coração, mas ao mesmo tempo deixei a sessão transcorrer para absorver melhor o conteúdo, pois aprendi que não devemos comprar prontamente as histórias que as pessoas nos contam porque, muitas vezes, a pessoa pode estar focada na sua versão dos fatos, ou até mesmo na mágoa, sem conseguir ver as coisas como elas são.

A captação das Vidas Passadas mostrou um casamento cheio de altos e baixos, com minha cliente sempre tentando provar que era boa, correta e seu marido a deixando em posição ruim, às vezes frustrada, ou com raiva. Continuaram casados, mas ela cada vez mais desgastada. Uma história triste, no entanto, bem comum, pois muita gente como Janete mantém um casamento por conta dos compromissos e das pessoas envolvidas. Muita gente sofre por maus tratos, mantendo sentimentos de mágoa e revolta reprimidos e chega a adoecer em função deste aprisionamento.
Ficou claro que ela era uma mulher guerreira e determinada como numa outra vida que apareceu mostrando essa moça, hoje com 40 anos, como um jovem de vinte e poucos anos lutando armado com lanças e espada. Ele dizia que era capaz de grandes sacrifícios para defender seus ideais e que era obstinado pela vitória e se sujeitaria a ficar sem nada, desde que cumprisse seus objetivos.
Janete carregando essas memórias em seu inconsciente tinha feito uma mistura muito infeliz, pois usava sua determinação e seu espírito de luta e sacrifício para manter uma relação afetiva falida há anos.

Quando terminamos a sessão, ela se sentia mais aliviada e já aceitava melhor suas atitudes e afirmou estar pronta para começar a entender a solidão de uma outra forma. Explicou que durante toda sua vida se sentiu forte, mas que não sabia usar este potencial para criar coisas boas para si mesma. Ao contrário, ela se empenhara o tempo todo em tentar se equilibrar na relação, para manter o silêncio, para não brigar com o marido e isso muitas vezes tinha causado crises de dor de cabeça etc. Explicou que depois de tanto esforço não aceitava ter levado um fora. Sentia muita raiva, pois tinha feito de tudo para ficar casada. Sentia-se traída, mas agora compreendia que estar sozinha era um prêmio e uma libertação.
Tudo isso veio num clima de compreensão, mas também de uma certa euforia, sabendo que as coisas não se resolvem da noite para o dia...
Assim, sugeri que ela pensasse em investir no seu crescimento pessoal, em fazer cursos, e em dar continuidade à terapia. Porque em certos momentos todos nós temos que rever nossas crenças, repensar apostas, rever padrões. Fazer isso é muito saudável.

Como ensinam os mentores, nascemos para nos desenvolver e nos transformar, e a solidão pode ser uma oportunidade de redirecionar a nossa vida.

Se você desejar mergulhar um pouco mais nesse mundo acesse meu Blog: http://mariasilviaporlovas.blogspot.com/

Confira os ensinamentos e meditações curativas que Maria Silvia ensina participando de um dos seus grupos.
Venha participar do seu Grupo de Meditação Dinâmica que acontece todas as quartas-feiras no seu espaço em São Paulo. Venha ouvir pessoalmente as canalizações

TRAIÇÃO...

Traição: O começo para o Perdão?
por Daniele Alvim - contato@danielealvim.com.br



Traição: O começo para o Perdão?

Você já foi ou já se sentiu traído?
Por que será que atualmente vivemos em um mundo tão fácil de trair?
É muito difícil perdoar quando se ama? Ou, pelo contrário, é mais fácil?
Será que somos obrigados a perdoar?

Perdoar uma traição é o caminho para que obtenhamos paz de espírito, eu acredito. Não se deixar abater, seguir em frente com a cabeça erguida, vivenciar o luto (também de cabeça erguida), ter integridade é o caminho. Mas como esperar um comportamento completamente ilibado de quem é traído? Vingança é tudo que vem à cabeça num primeiro momento por todos os mortais. O que há de se esperar de nós quando o que a alma sente é a necessidade de uma compensação por todo sofrimento imposto pela outra pessoa? Mágoa, ressentimento, estresse, sensação de perda, sensação de ter sido feito de palhaço, de não ter sido respeitado.

Esse é um assunto tratado pela cor verde, que tem a ver com o coração; mas também está relacionado com os três primeiros chacras, os mais básicos. É verdade que quando há o amor verdadeiro, não há espaço para a traição; quando há o respeito, não há o espaço para a traição; quando há integridade, a traição se torna impossível; quando se está verdadeiramente no coração, além dos três primeiros chacras, não sentimos a necessidade de trair. Os três primeiros chacras são os chacras do dinheiro (primeiro), sexo (segundo) e poder (terceiro), quem está somente sintonizado nestes três primeiros e ainda não abriu o quarto chacra (coração), ainda não ama verdadeiramente, então, trai.

A maioria de nós cai em desespero quando descobre uma deslealdade. Então... se vinga ou mesmo entra em depressão. Outros até se matam. Não sou a favor da vingança, mas da compreensão, do papo aberto, da sinceridade, da honestidade, da franqueza. E por que não? A franqueza é melhor do que alimentar um comportamento falso que pode ocorrer em qualquer situação de vida: amoroso, amizade, profissional, familiar...

Mas de uma coisa tenho certeza: nossa paz e felicidade internas dependem - e muito - do bem que fazemos ao nosso próximo. Nosso equilíbrio, apesar das tempestades, depende de nossa consciência em direção ao bem. Nossa consciência, sempre leve, depende de nossa elevação interna sempre constante. Nossa fé na vida depende da fé que depositamos em Deus e da certeza de que Ele sempre está nas rédeas de tudo.

As traições nos fazem sofrer, mas manter a serenidade em uma hora dessas é o melhor caminho, e quanto a isso podemos seguir a Oração da Serenidade que em um trecho diz:

"Concedei-nos Senhor a Serenidade necessária para aceitar as coisas como são, Coragem para modificar as que podemos e Sabedoria para distinguirmos umas das outras..."

Serenidade, coragem e sabedoria, então, são as palavras-chave para que possamos superar uma traição. Serenidade, calma, tranqüilidade, paz para aceitá-la que alcançamos com o perdão... Coragem, bravura, audácia, força para enfrentá-la, que conseguimos com uma vontade determinada... E Sabedoria, elevação e bom senso para resolvê-la, alcançamos quando estamos conectados com nossa Luz Interior, que é o que irá nutrir a nossa consciência para nos orientar a uma decisão que seja a melhor possível para todos os envolvidos.

E que Assim Seja.