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domingo, 29 de maio de 2016

AS 3 PIORES ARMADILHAS DA AUTOESTIMA!

As 3 piores armadilhas da autoestima!

 :: Rosana Braga

 Você se sente ansiosa demais, sempre preocupada com o futuro e com medo de que as coisas não aconteçam como você espera, principalmente quando tem a ver com sua vida amorosa? Tem a impressão de que, por mais que tente e se esforce, alguma coisa vai sair do seu controle e vai dar errado? Parece que tem algo apertando seu peito, como uma angústia, um medo inexplicável ou ainda uma sensação de vazio?
E, por fim, tudo isso a leva a acreditar que você não tem qualidades suficientes para ser considerada uma pessoa atraente, segura e interessante? Se tivesse que dar uma nota de 1 a 10 para o quanto se sente feliz e realizada consigo mesma, satisfeita com seu jeito de ser e autoconfiante para ser quem você é e se gostar, que nota seria? Se respondeu algum sim para as primeiras perguntas ou qualquer nota abaixo de 6, muito provavelmente você sofre de baixa autoestima. E isso certamente tem feito você perder oportunidades maravilhosas em sua vida. Tem feito você se sentir cansada, irritada e sem motivação para conquistar seus objetivos. Mas o fato é que baixa autoestima não passa de um sintoma que aparece quando importantes questões internas não estão bem resolvidas.
Quando você está tão inconsciente de si mesma e tão sem recursos ­ psicológicos e emocionais ­ que vive caindo em algumas armadilhas realmente perigosas! Para começar a mudar essa dinâmica, é essencial conhecer que armadilhas são essas e quais perigos exatamente elas representam! E existem 3 consideradas as piores e que mais podem afundar você nessa sensação tão paralisante e autodestrutiva que é a falta de autoestima.

A armadilha número 1 é o ALÇAPÃO DA ANSIEDADE
Se você sofre de ansiedade, sabe o quanto seu corpo todo sente e dói quando você se deixa tomar por pensamentos de fracasso, de não realização e de que tudo vai dar errado. Ou talvez de que a pessoa que você quer que ligue para você, talvez não ligue, e de que você não sabe como agir ou o que dizer para fazer a coisa certa, pra não estragar tudo mais uma vez. Mulheres que não sabem lidar com sua ansiedade amargam uma autoestima cada vez mais fragilizada, mais baixa, mais instável. Vão se tornando cada vez mais inseguras e vivem um conflito interno que machuca demais. São impulsivas, metem os pés pelas mãos, tomam decisões e se arrependem depois.
Por exemplo, mulheres que não sabem lidar com sua ansiedade costumam cobrar demais do parceiro. Às vezes, mal começaram a sair com alguém e já estão dando um jeitinho de cobrar, de acelerar as coisas. Porque elas não se aguentam e querem saber se o outro está mesmo interessado, se vai ligar, se eles vão sair de novo, e por aí vai. E o pior é que essas mulheres cobram demais, mas aceitam de menos. Falam que não são como as outras, que não vão aceitar isso e aquilo, mas... diante da menor possibilidade de o cara sumir ou não gostar, elas aceitam migalhas, qualquer coisa para ele não desaparecer. Para não viverem mais um fracasso amoroso.
Essa ansiedade descontrolada detona completamente sua energia, sua motivação e sua autoestima. Muitas dizem que tem dedo podre pro amor, que são radar de confusão e não tem sorte. Conclusão? Você acredita mais e mais que não nasceu pra ser feliz e vai desistindo, dia após dia, de ser a Diva que você pode ser!

A armadilha número 2 é a FORCA DAS EMOÇÕES
Um conjunto de desastres na sua vida. Quando você não mostra o que sente, seu corpo reage com uma verdadeira cascata de efeitos negativos.
Só pra você ter uma ideia, mulheres com baixa autoestima tendem a sofrer de problemas intestinais, ficam enfezadas, tem dores de estômago, gastrite nervosa, depressão, pânico, dores musculares, insônia ou excesso de sono e principalmente, instabilidade de humor, o que prejudica demais seus relacionamentos amorosos.
Não sei o que você acha de todos esses males físicos que a baixa autoestima causa, mas eu tenho certeza de que você não quer levar uma vida assim, cheia de tristeza, conflitos internos, distúrbios emocionais, remédios e gastos altíssimos na farmácia e em médicos de todos os tipos.

A armadilha número 3 é o POÇO DO DESAMOR
Uma mulher que cai nesse poço sente medo de não ser amada o tempo todo, de não ser interessante, de não ser atraente. Entra num verdadeiro redemoinho de emoções confusas e todo seu comportamento, todos os seus pensamentos, ficam comprometidos.
Essa armadilha termina aparecendo sorrateiramente, fazendo com que você não assuma o que quer, o que sente e o que pensa, porque acha que suas vontades podem não agradar o outro e que se você se colocar, o outro pode não gostar e terminar perdendo o interesse.
Talvez você também tenha dificuldade de falar 'não'. Acredita que se não fizer tudo o que o outro quer, não vai ser importante ou necessária. Que o outro vai procurar alguém mais solícita, mais legal. E quando não consegue atender um pedido, imediatamente se sente egoísta, errada, culpada e cheia de remorso.
 E o pior é que se você é assim, talvez nem se dê conta do quanto tudo isso pesa e faz com que você se sinta cansada, desanimada, irritada e com mais medo ainda de não ser amada por ser tão cheia de conflitos, insegura e sem confiança em si mesma.
Por último, uma mulher que cai no poço do desamor está o tempo todo tentando agradar, fazer mais, fazer melhor. Ela se oferece para ajudar, se desdobra, faz surpresas, se adianta e resolve os problemas do outro, mas sente que não é retribuída, que não é reconhecida e muito menos valorizada por tudo o que faz, pelo tanto que se doa, que se sacrifica! Muito triste isso, não é? Muito triste viver sempre assombrada por essas armadilhas, consumida pelo medo, pela confusão e pela dor.
Mas saiba que isso tem solução! É totalmente possível deixar de ser assim e aprender a ser uma Diva! Uma mulher segura, autoconfiante, atraente, que sabe falar o que sente e quer, que consegue dizer não para o outro e, por isso mesmo, é muito valorizada e amada.
No nosso próximo artigo, vou trazer ferramentas e técnicas específicas para você não cair mais nessas armadilhas. Vou contar os 3 maiores segredos de uma mulher que tem a autoestima elevada e que está de bem consigo mesma. Como são suas atitudes e como ela pensa e sente.

domingo, 22 de maio de 2016

O SOL INGRESSA EM GÊMEOS E MERCÚRIO RETORNA À MARCHA DIRETA

O Sol ingressa em Gêmeos e Mercúrio retorna à marcha direta
:: Graziella Marraccini ::


Esta semana inicia sob nova energia, pois o Sol acaba de ingressar no terceiro signo do zodíaco, o signo de Gêmeos. Este ingresso aconteceu no dia 20/05 às 11h36. Gêmeos pertence ao elemento Ar e tem como regente o planeta Mercúrio que se relaciona com as experiências de aprendizado e comunicação do indivíduo. Esse planeta permaneceu em retrogradação nos últimos 23 dias, mas finalmente, essa energia reprisada será liberada, em 22/5! Como você percebeu essa retrogradação? Teve dificuldades para se comunicar? Ficou preso em engarrafamentos monstruosos? Precisou refazer percursos, revisar textos, recuperar e­mails ou objetos perdidos? Ficou envolvido em fofocas e qui pro quo que causaram confusões? Em vários artigos anteriores, expliquei como esse fenômeno de retrogradação dos planetas acontece e como isso influencia a nossa vida, dependendo da energia particular do planeta em questão e da área de experiência (signo e casa) onde o planeta se encontra. No caso de Mercúrio, ele estava no signo de Touro, salientando os assuntos financeiros e econômicos de maneira particular.
Mercúrio é um planeta rápido e a sua retrogradação acontece várias vezes ao ano. O arquétipo desse planeta se relaciona com o Deus grego Ares (Mercúrio para os romanos) que rege o intelecto, o raciocínio, a comunicação, o comercio, a mídia, a imprensa, a educação infantil, os relacionamentos sociais, as viagens; enfim, representa a capacidade de armazenar conceitos abstratos e utilizá­los de forma prática em nossa vida. A curiosidade, o desejo de saber e de se informar são também atribuídos a esse planeta.
Sobre o significado da retrogradação de Mercúrio, costumamos alertar nossos leitores no STUM e no Céu da Semana, porque ele atrapalha a comunicação (a mente lógica e racional), seja verbal que física, o trânsito fica perturbado por causa de acidentes e manifestações que causam enormes engarrafamentos, ou então enviamos emails que não chegam ao destino ou vão para a pessoa errada, ou ainda temos dificuldade de concluir acordos e contratos porque as partes não se entendem entre si. Sabe aquelas confusões causadas pela língua solta? Ou quando a gente tem a impressão de não sermos devidamente compreendidos? Tenho certeza de que muitos de vocês devem ter passado por isso nos dias passados, mas agora essa energia retrógrada acabou e você vai se sentir mais alerta, mais intelectualmente ativo, irá perceber que poderá ser melhor compreendido e poderá ainda terminar todas as tarefas intelectuais que você deseja com bom êxito. Esse planeta, o menor de nosso sistema solar, transita muito próximo ao Sol do qual nunca se afasta mais do que 30°. Muitos Mapas Natais possuem Mercúrio no mesmo signo do Sol; outros podem ter Mercúrio no signo anterior ou posterior, modificando assim a manifestação energética do planeta.
Quando o símbolo de Mercúrio possui um R no mapa Natal de uma pessoa, isso irá significar que esse planeta estava em retrogradação quando a pessoa nasceu, causando especialmente nos primeiros anos de vida (até a juventude) as dificuldades de aprendizado e de comunicabilidade descritas acima, consequentemente precisará de um esforço suplementar para contorná­las. Se, além disso, Mercúrio estiver a menos de 5° do Sol, fenômeno chamado de combustão essa pessoa poderá ter pensamentos repetitivos e obsessivos, dificuldades de raciocínio e outros distúrbios mentais, dificuldade de locomoção ou de coordenação e até mesmo dislexia, síndrome de falta de atenção e hiperatividade. Todos esses distúrbios podem ser detectados em análise de Astromedicina. Esses fatores negativos, assim como aqueles relacionados com aspectos tensos de Mercúrio com outros planetas, causa desperdício de energia, nervosismo, agitação e hiperatividade física e mental, superficialidade, falta de foco, além de possíveis acidentes, especialmente interessando mãos e braços, além de fraqueza respiratória e pulmonar.
O planeta Mercúrio que se encontra num signo diferente daquele do Sol, indica que a pessoa se expressa diferentemente de sua identidade espiritual, considerando que em Astrologia Cabalística o Sol representa o Padrão de Identidade Espiritual. Vou fazer um exemplo: uma pessoa com o Sol em Touro e Mercúrio em Gêmeos irá manifestar a sua identidade taurina (qualidades e defeitos) mas com pensamentos, forma de raciocínio e expressão geminianos.
Quero lembrar aos meus leitores que a interpretação de um Mapa Natal é algo muito complexo e que requer anos de estudo e muita dedicação. Uma interpretação superficial e um uso inadequado das técnicas astrológicas podem causar mais malefício do que beneficio! Gostaria principalmente de esclarecer algumas definições que irão facilitar a sua compreensão:
a) Os Planetas indicam manifestações e dimensões especificas de experiência;
b) Os Signos indicam as qualidades especificas dessas manifestações;
c) As Casas indicam os campos ou áreas especificas de experiências onde operam as energias dos planetas nos signos;
d) Os Aspectos (relacionamentos angulares entre planetas) revelam como as varias dimensões de experiências se relacionam e se elas se integram ou não no temperamento do indivíduo.
Esses quatro fatores representam o alfabeto astrológico que irá ajudar na arte da interpretação que, como a sequência das letras do alfabeto, irá formando as frases da linguagem astrológica e, consequentemente, a interpretação de um Mapa. É por essa razão principal que o estudo da astrologia é tão importante! Afinal, não escrevemos bem numa linguagem se não a estudamos profundamente: consulte sempre um astrólogo profissional!
A esse propósito, quero convidar desde já os meus leitores, amantes e estudantes de astrologia a deixar reservado o domingo dia 19/06 para o XI CIRCUITO DA CNA CENTRAL NACIONAL DE ASTROLOGIA que terá como palestrantes convidados 7 astrólogos competentes com assuntos imperdíveis! O evento acontecerá na Livraria Cultura do Shopping Market Place, em São Paulo e será gratuita para associados da CNA e com ingresso módico para não associados. Estarei publicando mais detalhes em breve!

SERÁ QUE VOCÊ REALMENTE SABE DEIXAR ALGUÉM TE AMAR?

Será que você realmente sabe deixar alguém te amar?

Rosane Braga


Você reclama que os homens não são mais gentis e carinhosos e raramente demonstram o que sentem? Já ouviu mulheres reclamando que seus maridos não fazem nada em casa, não trocam a lâmpada e sequer escolhem o que e onde vão sair para jantar? É ou conhece mulheres que fazem tudo? Cuidam da casa, dos filhos, das contas, da roupa do marido e de todos os infinitos detalhes de uma vida familiar? E mais do que isso, essas mulheres se tornam o pilar de sustentação de tudo o que sobrevive ali? Sim, é o que mais tem ultimamente. Mulheres super­heroínas cujo troféu é um profundo poço de frustrações, tristeza, cansaço, irritação e vulnerabilidade emocional. Ou seja, elas tiram dinheiro e soluções não se sabe de onde, resolvem os problemas custe o que custar, mas não se dão conta de que o preço dessa desumana eficiência é a destruição de sua autoestima dia após dia. É a cavação de sua própria cova de lamentações e decepções. Reconhecimento? Nem pensar! Valorização? De quem?
Ok, quando tem filhos, elas se conformam de que mãe é assim mesmo e que essa é sua missão. Porém, o vazio interior não diminui por causa disso. Sabe por quê??? Porque falta elas mesmas dentro delas. Falta simplesmente aprender a relaxar e deixar o outro cuidar delas. Na tentativa de provar o quanto sao importantes e necessárias, elas se perdem de si mesmas e se recusam a dar espaço para que o outro possa amar quem elas são de verdade. Pedem, mas antes que o outro faça, elas já fizeram. Querem ajuda, mas no tempo ultra mega veloz delas. No fundo, estão apenas se deixando enganar! Estão mentindo para si mesmas que se não fizerem, ninguém vai fazer. Elas se justificam dizendo que se relaxaram, a casa desaba.
Pode ser mesmo que desabe. Mas se desabar, então será que estava mesmo firme e forte? Será mesmo que um relacionamento ou uma família pode ser sustentada apenas por uma pessoa? Por uma mulher que também tem desejos e sonhos? Que também precisa ser amada e reconhecida? Só que é o seguinte: enquanto você não deixar o outro cuidar de você, não der espaço e tempo para que ele te ame e demonstre isso por meio de atitudes, ele simplesmente vai se acomodando e percebendo que, no fundo, você está tão focada em ser importante e necessária que ele não vai se atrever a te atrapalhar!
Quer ser amada e cuidada? Neste caso, contrariando a máxima de que quem sabe faz a hora e não espera acontecer, minha sugestão é para que você apenas se sente e espere! De preferência, com um sorriso nos lábios e toda a sua beleza acesa e disponível! Com toda a sua autoestima brilhando e se fazendo notar! Como quem merece e sabe se deixar ser amada!

domingo, 1 de maio de 2016

SOBRE SEXO: O QUE NÂO FALAMOS...



PUBLICADO EM RECORTES POR 




Vivemos um período de uma pseudo liberalidade sexual: nunca se fez tanto sexo e de forma tão impensada e inconsequente, mas mesmo assim falar sobre sexo ainda é um tabu. Mais uma hipocrisia social: fazer com quem quiser e quando quiser, pode. Contanto que não se comente. Contanto que não se fale sobre o assunto. Falar é feio. Fazer piadas a respeito é vulgar.
Não falar sobre um assunto não o torna inexistente. Não tocar no tema "suicídio" por exemplo, não impedirá que muitas pessoas pensem a respeito ou tentem cometê-lo. Não falar sobre sexo em família e na escola não impedirá que os jovens façam sexo. Não falar sobre drogas, não impedirá que os adolescentes se interessem pelo tema.
Muitas vezes, o não falar só aumenta a curiosidade sobre um tema e o desejo de vivenciá-lo. Muitas vezes, não debater sobre um assunto, induz à atitudes irresponsáveis pois a informação consistente e o debate lúcido ainda são os mais eficazes mecanismos para reduzir gestações indesejáveis, tentativas de suicídio, relacionamentos abusivos e abuso de substâncias químicas.
Em uma sociedade que cultua o corpo e a sexualidade por um lado e a sataniza por outro, o resultado não pode ser grande coisa: adolescentes fazendo sexo cada vez mais cedo e sem saberem usar devidamente os meios anticontraceptivos. Mulheres que ainda se sujeitam a relacionamentos abusivos por pensarem que ter um homem ao lado delas é determinante para uma boa imagem social. Jovens consumindo cada vez mais substâncias químicas para escamotear crises existenciais , que incluem quadros depressivos moderados ou graves , ansiedade e um extremo tédio sobre a vida.
O sexo ainda é tema maldito. Deve ser omitido das conversas e vivenciado às escondidas, muitas vezes, de forma dissociada da afetividade. Falar sobre um tema com assertividade e leveza, sem tabus e meias palavras, os desmitifica. Sim, falar sobre suicídio de uma forma aberta e tranquila não aumentará a quantidade de tentativas. Muito pelo contrário. Pode até reduzir.
Conversar sobre substâncias entorpecentes não aumentará o desejo de consumi-las de forma abusiva. Muito pelo contrário. Talvez, até diminua a vontade de usá-las quando elas deixarem de ser um assunto mitificado. Falar abertamente sobre sexo, com leveza e alegria, não fará jovens perderem a virgindade mais cedo. Muito pelo contrário. Farão as pessoas entenderem o sexo como algo natural e talvez por isso menos urgente. Tudo aquilo que é proibido demais acaba se tornando um obscuro objeto do desejo. Basta um filme ser censurado para muitas pessoas desejarem vê-lo.
Se a sociedade se abrisse mais para diálogos mais francos sobre temas complexos, possivelmente seríamos mais capazes de tomar decisões conscientes para a nossa vida.


VIVER É UM ATO DE CORAGEM





Estamos a 20 de Dezembro e tradicionalmente, entre amigos e familiares trocam-se mensagens de carinho e presentes. Ninguém sabe ao certo o que vai ganhar, daí que gerir momentos de muita ansiedade é imprescindível. Felizmente, sou o amigo oculto de um amigo que me conhece bem e, eis que se anuncia que acabo de ganhar o melhor presente do ano, um livro. O livro já em minhas mãos, só aguça minha ansiedade, sobretudo porque não conheço o autor. O título é desafiador: "Coragem: a alegria de viver perigosamente". Confesso que sempre gostei de algumas pitadas de perigo e, navegar pelas entrelinhas desta obra pode ser uma promessa de encantamento. O autor é OSHO, Professor Catedrático de filosofia, que nasce na Índia, superdotado e dedica sua vida estudando espiritualidade. Aliás, OSHO foi considerado pelo Sunday Times de Londres como sendo integrante dos "1000 edificadores do Século XX" e pelo Sunday Mid-Day da Índia como um dos 10 personagens que mudaram o rumo daquele país, a semelhança de Gandhi, Neru e Buda. Morre em 1990 e deixa mais de 600 livros traduzidos em várias línguas.
Cheiro a papel, café desenhando vapores pelos ares da sala de estar, Isabel Novela lidera a playlist de músicas que disfarçam aquele silêncio emprestado durante o meu mergulho a obra de OSHO. Muita expectativa, imagino que vá aprender a reduzir minha falta de coragem que muitas vezes me oprime. Não sei bem que mudanças esta obra irá gerar em mim, mas cá vou eu, mais uma vez submeto-me ao desejo que a paixão pela leitura me cria, buscando sempre por borrifadas de fascinação.
A vida é insegurança, contém incertezas e é um perigo, diz OSHO. Ou imitamos as avestruzes, fechando os olhos e escondendo a cabeça para nos sentirmos seguros por meio da ignorância ou, abrimos os olhos, encaramos a vida e aceitamos que enquanto vivos não podemos estar totalmente seguros. Apenas os idiotas se sentem seguros. Estes criam uma zona de conforto, de fronteiras conhecidas, onde o improvável não tem espaço e fazem desse aprisionamento, o seu mundo, repleto do previsível: acordar, ir trabalhar, passar pelo supermercado, voltar a casa, ver televisão, esperar por um casamento arranjado, dormir e repetir a rotina.
Percebe-se nesta belíssima obra que fechar-se a uma rotina é ser idiota, é rejeitar a vida, é uma forma de tentar proteger-se de incertezas. Mas como fugir de incertezas? Mesmo dentro do previsível existem mistérios. Entrar no carro, fazer a ignição e pôr-se em marcha não significa chegar ao destino, por maior certeza que a gente tenha do local onde pretende ir. OSHO é mais ousado e afirma que inclusivamente nem Deus sabe o que irá acontecer no instante que se segue. Deus não sabe do futuro. Se ele soubesse, significaria que tudo está escrito e predestinado e, com tudo escrito não pode haver liberdade, não pode haver erro, não pode haver fracasso, não pode haver glória, não pode haver grandeza, não pode nem haver pecado porque apenas vivemos do destino, do cumprimento de escrituras. Se Deus programasse nosso destino, então não passaríamos de robôs funcionando a base do ON, Play, Pause e OFF. E porquê das nossas lutas diárias se Deus já predestinou tudo e é só esperar que se cumpra?
A vida é liberdade e a liberdade alimenta-se de incertezas. Mas as incertezas geram medo, o qual só pode ser enfrentado se tivermos um elemento essencial: coragem. Mais fácil seria pensar que coragem significa ausência de medo. Mas não, isso não é coragem, é imprudência, é inconsequência. Coragem é o acto de aceitar incertezas, aceitar o medo e enfrentá-lo com raça. A vida é uma questão de entrega à aventuras, é a aceitação do desconhecido. Como espera conquistar algo novo se não quer sair da sua zona de segurança?
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A falta de coragem torna-nos submissos ao medo e é isso que faz-nos escravos. A falta de coragem de bater uma porta buscando uma nova oportunidade de emprego nos mantém escravos do actual patrão e do mísero salário; a falta de coragem de abrir o coração para amar e ser amado nos mantém escravos de um relacionamento imprestável; a falta de coragem de dizer não aos filhos, nos mantém criadores de filhos mal-educados e despreparados para a vida; a falta de coragem de exigir que suas contribuições nos impostos te beneficiem de facto, mantém-te escravo de um regime político opressor; o medo de que as pessoas se riam de ti torna-te escravo de pessoas que nem são importantes na tua vida. É preciso aceitar o medo para começar a viver sua liberdade. É unicamente o seu medo que faz de si um escravo. Como escravizar uma pessoa que aceita o que a amedronta, que aceita sofrer, que aceita perder, que aceita ficar sem ninguém, que aceita viver a descoberto, que aceita que se riam dela, que sabe que morrer é a única certeza da vida? Impossível.
Geralmente gente que convive pacificamente com o medo, não tem receio de consequências e tem consciência de que a vida é o equilíbrio de causa e efeito. Devemos então ser inconsequentes? Definitivamente não. OSHO nos lembra, "faça todas as asneiras que poder, mas não se esqueça de apenas uma coisa: para crescer, nunca repita o mesmo erro". Isso me remete a Leandro Karnal, quando em mais uma das suas brilhantes palestras, referenciando Hamlet, um personagem de uma das peças de Shakespeare, diz "a consciência nos torna covardes, quanto mais eu envelheço mais eu tenho medo, quanto mais eu tenho medo, mais eu vou tendo a consciência sobre o mundo", relembrando que a consciência, que tende a aumentar com a idade, desperta em nós preocupações excessivas: um jovem por exemplo, segundo Karnal, geralmente não leva guarda-chuva a rua porque não acredita que choverá sobre ele e se chover ele saberá se proteger mas em idade mais avançada, acreditamos que sempre choverá sobre nós, exactamente naquele momento em que decidimos sair à rua. Para Karnal, com a idade ganhamos consciência de que a vida tem riscos e é esta consciência que nos torna covardes.
Então eu diria que a vida tem dois momentos importantes: um primeiro momento, em que somos ignorantes e levemente influenciados pela consciência, o momento da criancice, da adolescência e da juventude, um momento em que nos entregamos a tudo e mais alguma coisa, um momento de aprendizagem intensa. Depois, entramos a um segundo momento, em que devido à nossa anterior exposição destemida aos eventos da vida, nos tornamos reféns da nossa própria consciência. Quanto mais adultos nos tornamos, menos riscos queremos correr, provavelmente porque nosso corpo a certa idade não pode responder eficientemente a alguns "caprichos" da mente, já que nos sobra uma forcinha física apenas residual. Nossa consciência nos acobarda e o medo ofusca a coragem de continuar a viver em pleno. Com a idade, entramos para uma fase em que fazemos de tudo para não perder o que nos sobra da vida, mesmo que para isso desperdicemos momentos únicos.
De acordo com OSHO, em nenhuma fase devemos viver menos prazerosamente, e ele socorre-se a uma estória em que um velho monge estando à beira da morte teve o privilégio de lhe perguntarem que mensagem queria deixar aos seus discípulos. Podia-se esperar de tudo, menos que ele dissesse, "Ah, este bolo é delicioso". Nos seus últimos minutos, ele não deixou de fazer o que gostava, comeu seu bolo favorito, oferecido por um dos seus discípulos, viveu seus últimos minutos apreciando aquele momento, completamente despreocupado com a morte. Ficou então a mensagem de que é preciso viver prazerosamente até ao último suspiro. Não deixe de viver por medo nem mesmo da morte. A morte é certa para todos. Muitas vezes a gente vive a morte de tanto não desejá-la, mas a morte não é para ser vivida, devemos sim viver a vida e esquecer a morte naquele lugar incerto e imprevisto onde ela própria prefere esconder-se. Um lugar que todos desconhecem, provavelmente para que ninguém se ocupe senão com o próprio dom de viver. Para isso precisamos ter coragem.
A palavra coragem deriva do latim cor que significa coração, daí que ser corajoso significa viver com o coração. Os inteligentes vivem do coração, vivem de incertezas e, com amor e confiança, aceitam o desconhecido. Os covardes vivem da cabeça, são calculistas, são negociantes, astutos. Viver com a cabeça é coisa de fracos, de medrosos, que inventam lógicas de vida para simular segurança, esquecendo-se completamente da imprevisibilidade. Escondem-se por detrás de teologias, conceitos, palavras, teorias. Viver da cabeça é de "nesmas" porque a cabeça vive do pensamento e o pensamento é algo conhecido e se é conhecido é porque pertence ao passado. O pensamento está sempre ultrapassado. Uma criança ao nascer não pensa, porque não conhece nada, não se lembra de nada, simplesmente porque a vida é o presente e o futuro e não o passado. Só é possível pensar no que se conhece. Desta forma, fica então demonstrado, que nossa existência precede o pensamento. O pensamento é uma imposição social, que só começa depois de nascermos. Nós apenas podemos pensar naquilo que fomos expostos depois de nascer. O pobre pensa na pobreza e em lutar contra a pobreza, o rico pensa na riqueza e em gerar riqueza, o astronauta pensa num planeta semelhante à terra e com traços de vida. É tudo uma questão de ambiente a que fomos expostos.
O pensamento é calculista, mas o coração não. O coração é aventureiro, é futurista, gosta de arriscar. Apenas o coração pode permitir-te entrar para um relacionamento com uma pessoa que de certeza nunca chegas a conhecê-la completamente. Para isso é necessário amor. É por isso que o amor é cego. O segredo do amor é escutar e seguir o coração e não a consciência. É verdade que o coração pode levar-nos ao perigo mas lembre-se que os perigos são necessários para nos amadurecer. Sem coragem não é possível amar, daí que o oposto do amor não é o ódio, o oposto do amor é o medo. Para se libertar deste medo é preciso desligar-se do pensamento e aprender a ouvir e a seguir o coração. Isso requer a maior das inteligências, a confiança. Confiar significa aceitar incertezas. Quem não é inteligente protege-se no medo e na dúvida, nunca é capaz de dizer "independentemente do que venha a acontecer, aceitarei o desafio e saberei responder de forma adequada". Tu escolhes um dos dois rumos da vida: a via do amor ou a via do medo. Não existe outra rota.
Enfim, coragem é deixar que o coração nos conduza e aceitar que se algo der errado sairemos mais maduros, e se não repetirmos o mesmo erro, isso nos fortificará. A vida é aceitar o desconhecido e por causa disso só pode ser vivida arriscadamente, não há outro jeito. Enquanto não tivermos coragem, continuaremos a perder muitas oportunidades. Para ser desgraçado não precisamos de esforço, é só ser covarde. Se não está na prisão mas sente-se miserável, recorde-se que ninguém o prendeu aí nessa situação, ganhe coragem e busque novas aventuras. Ser feliz é ser livre e, ser livre é um acto de coragem. A vida é mesmo um Karma, onde de forma consciente ou cega, tu crias tudo o que te acontece. Quer aceites quer não, tu és o maior responsável pela tua desgraça ou glória. Só tendo coragem de reconhecer a tua culpa é que poderás pular deste barco que te parece seguro e desenhar a nado a sua nova rota de felicidade.

VAZIO EXISTENCIAL

por Regiane Reis em 30/04/16  

Sentir-se útil é algo de que todos precisamos para a harmonia de nosso estado mental e físico. Acreditar que o nosso trabalho ou nossas atividades fazem alguma diferença para as pessoas, apesar de todas as nossas limitações, é necessário para a manutenção de nossa estabilidade interna.
O descompasso ocorre quando não nos reconhecemos realmente úteis e quando percebemos que estamos perdendo o nosso tempo com ocupações que poderiam ser realizadas por qualquer outra pessoa no mundo. Vale dizer, quando sentimos que a utilidade daquilo que fazemos mais parece um teatro que justifica às pessoas que somos importantes mas não nos traz essa mesma convicção íntima a respeito de nós mesmos.
Sentimos uma dor sufocada no peito, às vezes transmutada em vazio existencial, quando temos de justificar posicionamentos que não condizem com aquilo em que verdadeiramente acreditamos. Choramos quando somos obrigados a usar máscaras para atingir objetivos que não nos satisfazem plenamente, pelo menos não do jeito como direcionados pela sociedade em que vivemos.
Largar tudo e viver como um nômade?
Não, quem realmente busca a si próprio não tem receio do trabalho árduo e da determinação e disciplina necessários para realizar-se. Embora nada de errado exista com quem precise passar por esse momento “zen”, nessa incessante busca por si mesmo.
O que precisamos delinear é que o assunto é muito sério, mal absorvido por inúmeras pessoas, deixando em cada um de nós um certo vazio existencial, que pode desabar para a depressão.
Não se sentir útil, importante dentro do compromisso profissional que assumimos, diante das peculiaridades intrínsecas a cada diferente ser humano, e trabalhar apenas pelo dinheiro que se ganha no final do mês, sendo até indiferente se esse é raso ou substancial, faz com que nos apercebamos vendidos naquilo que possuímos de mais belo, mais genuíno. Sentimo-nos prostituídos em nossos talentos mais preciosos, saindo do foco quanto àquilo que realmente nos traz satisfação e motivação na vida. Tudo para conseguir sobreviver, seja pagando o aluguel no fim do mês (diante de consideráveis dificuldades financeiras), seja para manter o alto padrão de vida que acreditamos ser imprescindível para a nossa felicidade.
Sentir-se vendido faz com que não alinhemos o nosso equilíbrio íntimo com o nosso relógio interno e, com isso, muitas vezes, o corpo nos mostra alguns sintomas. Somatizamos em nosso corpo físico aquilo que nosso corpo mental não conseguiu entender ou equilibrar.
Portanto, se vivenciamos um vazio existencial, há de se perscrutar a causa dessa ocorrência e procurar modificar a realidade. Se deixarmos a bola de neve aumentar, uma hora a avalanche nos alcançará e, talvez, mal conseguiremos levantar da cama, vitimizando-nos com nossos próprios pensamentos desalentadores. Que saibamos buscar ajuda no início de nossas dores internas, quando ainda temos forçar para gritar, para pedir socorro. Não esperemos que as pessoas adivinhem os nossos problemas interiores. Não nos esqueçamos que, por mais aguda que seja a nossa dor, usamos as máscaras sociais até para os mais íntimos. Além disso, eles também têm as suas dores. Quem não as tem?
Que saibamos expressar a quem nos ama a dor que não se mostra aparente. Que saibamos compreender a dor invisível de quem nos pede ajuda, ainda que de maneira indireta. Não subestimemos a dor da alma. Ela também precisa ser tratada.