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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

BRITÂNICO REVERTE DIABETE COM DIETA DE APENAS 11 DIAS

Na Grã-Bretanha, mais um caso de sucesso na reversão do diabetes tipo 2 voltou a chamar a
atenção para a teoria de que por meio de uma dieta de restrição calórica, feita por um período
determinado de tempo, é possível se livrar da condição que afeta cada vez mais pessoas em
todo o mundo.
O jornalista britânico Robert Doughty, de 59 anos, que até o ano passado estava entre os 371 milhões de
portadores do diabetes no mundo, reverteu o quadro da própria condição com uma dieta de apenas 800
calorias por dia.
Num período de apenas 11 dias, Doughty enfrentou o duro regime de ingerir três doses diárias de shakes de
reposição alimentícia com 200 calorias cada, somada a uma uma porção de legumes e vegetais de mais 200
calorias. Como parte da dieta, ele também teve que tomar um total de três litros de água por dia.
O drástico regime, que para efeito de comparação tem menos calorias do que apenas um dos lanches
vendidos pela rede de fast food McDonalds – o Big Tasty tem 843 calorias – não foi "nada fácil de enfrentar",
contou o jornalista em entrevista à BBC Brasil.
"Frequentemente me sentia muito cansado... Uma noite, depois de ir ao teatro, quase não consegui subir as
escadas da minha estação local de trem, e caminhar para casa parecia praticamente impossível. Também
sentia muito frio, chegando a colocar quatro camadas de roupa no meio do verão, quando sentia meus dedos
ficarem dormentes", disse o jornalista.
Doughty seguiu a dieta depois de procurar na internet estudos referentes ao diabetes tipo 2. Antes de
começar o regime, ele procurou o pesquisador Roy Taylor, da Universidade de Newcastle, autor da teoria da
dieta de 800 calorias, além do próprio médico, de quem obteve o aval para cortar as calorias diárias.
Ele já havia tentando uma dieta considerada menos radical, com cerca de 1.500 calorias por dia, com a qual
emagreceu, mas não reduziu a glicose no sangue para o nível adequado.
A teoria
O diabetes tipo 2 se desenvolve quando o pâncreas para de produzir insulina em quantidades suficientes para
manter o nível normal de glicose no sangue. No caso do diabetes tipo 1 - também chamado de diabetes
congênito -, o pâncreas para totalmente de produzir insulina, que precisa ser injetada no paciente.
Nos dois casos, sem o controle adequado, o nível de glicose no sangue alcança um patamar de risco, o que
pode gerar a longo prazo diversas complicações nos rins, pressão arterial alta, perda parcial ou total da
visão, problemas no coração, dentre outros males.
No caso da diabetes tipo 2, a condição está fortemente associada à obesidade, uma condição que se alastra
em todo o mundo.
Foi justamente a associação com a gordura que intrigou professor Roy Taylor, da Universidade de Newcastle,
no norte da Inglaterra, quando iniciou seus estudos sobre o diabetes tipo 2 há dois anos.
Ele notou que pacientes que se submetiam à cirurgia para redução de estômago passavam por um período
de transição, logo após a cirurgia, de redução drástica da quantidade de calorias ingeridas.
"Até se acostumarem com a redução do próprio estômago, os pacientes comiam muito pouco, porque se
sentiam saciados muito rápido e tinham náuseas. Com isso eles perdiam muito peso, num espaço de tempo
bem curto", afirmou Taylor em entrevista à BBC Brasil.
Passados alguns meses depois do emagrecimento, o pesquisador notou que a maioria dos pacientes que
tinham diabetes tipo 2 tinham se livrado da condição.
Todos eles tinham algo em comum: haviam perdido uma grande quantidade de gordura na região abdominal.
Estudos preliminares mostraram, então, que esse tipo de gordura, localizada na barriga, próxima de órgãos
como o pâncreas e o fígado, tinha uma associação com o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
"Descobrimos que a gordura na região abdominal provoca uma reação metabólica que dificulta a digestão da
glicose pelo pâncreas. A simples presença da gordura nessa região causa uma mudança no metabolismo,
que dificulta a produção de insulina", explicou Taylor.
Ao fazer a relação entre calorias ingeridas, tempo gasto para perder peso e a quantidade de gordura
perdida, principalmente na região abdominal, Taylor chegou à teoria da dieta de hiper redução calórica.
"Cada pessoa é diferente, mas notamos que a redução calórica para algo em torno de 800 calorias por dia
causava a reversão do diabetes. Alguns pacientes demoram mais que outros, mas todos conseguem reverter
a condição dentro de oito semanas", afirmou o pesquisador.
O estudo de Taylor foi divulgado em 2011, na publicação científica Diabetologia

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