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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

FOFOCAR,FAZER TRICÔ E ESSE TIPO DE COISA DE MULHERES

PUBLICADO EM SOCIEDADE POR 

"O machismo é o medo dos homens das mulheres sem medo" Eduardo Galeano




Recentemente um episódio menos feliz fez ­me ferver o sangue, afiar a língua e confrontar um colega sobre a sua atitude. Lamentavelmente o machismo no meio laborar ainda tem um papel predominante nas relações entre companheiros de trabalho. Na verdade o problema é o machismo em geral, na sociedade e na nossa vida.
Sou feminista, não escondo e serei até morrer! Para mim não tem sentido ser mulher e não ser feminista, não defender com unhas e dentes o meu gênero; nem que seja porque sofremos as “passas do Algarve” durante séculos, e ainda hoje somos discriminadas e não temos nem os mesmos direitos, nem as mesmas oportunidades que os homens.
Às vezes quase tanto como um homem machista, irritam-­me as mulheres que se põem do lado deles e acham que estamos a exagerar. Acham que rir de uma piada machista, porque era “só uma piada” não é ser permissiva e benevolente com uma atitude de desrespeito para com a mulher.
No momento em que um homem, colega de trabalho ou seja quem for, me diz uma expressão pejorativa que diminui ou denigre a imagem das mulheres; eu não posso rir e fingir que estou de acordo. Não é porque a sociedade fez com que culturalmente se aceitasse falar das mulheres de forma ofensiva desde sempre, que eu vou ouvir e calar. Não vou!
A ausência de igualdade no meio laborar causa-­me náuseas. O facto de eles ganharem mais do que nós, muitas vezes tendo menos habilitações e estando menos qualificados, só por serem homens, dá­me voltas ao estômago.
Por vezes nem temos a oportunidade de nos candidatarmos a um determinado posto, porque automaticamente só procuram homens. Conheço casos de mulheres, que não querem trabalhar com homens na mesma equipa, porque sabem que eles terão um salário superior, com menos tempo de serviço e menos experiência. A situação devia ser preocupante, já que não há dúvidas que é visivelmente discriminatória
Também a questão da gravidez, é ainda hoje, um dos ‘calcanhares de Aquiles’ das grandes empresas, geridas por homens que se esquecem de onde vieram e menosprezam a conciliação da vida laboral com a vida materna.
As mulheres continuam a ser assediadas na rua, nos transportes, no trabalho; continuam a ser vistas como o sexo fraco, frágil e débil e os homens continuam a achar que têm o direito de fazer piadas e comentários sobre as mulheres, porque é socialmente aceite e todos acham normal.
Se numa reunião de trabalho, um homem faz uma piada sobre mulheres, todos riem; se alguma mulher faz uma piada sobre homens, todos ficam parados a olhar.
Lamento sinceramente que ainda haja tanta mulher a achar normal um tipo de trato machista, que aceitam, porque sempre foi assim. O que sempre foi assim também se muda. Só depende de nós!

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